A coleta de vestígios é um dos temas mais cobrados em concursos da área policial e pericial, especialmente para cargos da Polícia Federal. Compreender esse processo é essencial, pois envolve uma sequência de procedimentos técnicos que garantem a validade e a integridade das provas materiais no processo penal.
Muitos candidatos têm dificuldade em diferenciar as etapas e técnicas corretas, confundindo conceitos como preservação, acondicionamento e documentação. Dominar esses conhecimentos é importante tanto para resolver questões objetivas — onde detalhes costumam ser decisivos — quanto para responder questões discursivas sobre procedimentos e protocolos periciais.
Nesta aula, você será guiado pelo funcionamento, fundamentos e exemplos aplicados da coleta de vestígios no contexto da criminalística, com linguagem didática e foco total nos pontos frequentemente cobrados em prova.
Visão geral da coleta de vestígios
Importância na criminalística
Na criminalística, a coleta de vestígios ocupa lugar central porque viabiliza a transformação de indícios materiais em provas técnicas confiáveis e juridicamente válidas. Sem procedimentos rigorosos de coleta, um crime pode ficar sem solução ou, até mesmo, gerar dúvidas quanto à autoria ou dinâmica dos fatos. Imagine uma cena em que impressões digitais ou manchas de sangue não são corretamente coletadas; a oportunidade de realizar exames determinantes pode ser perdida para sempre.
A coleta de vestígios qualifica a perícia criminal ao garantir que todos os elementos relevantes do local do crime sejam preservados em suas condições originais. Ao respeitar protocolos, assegura-se que as características químicas, biológicas ou físicas do vestígio não sejam alteradas antes da análise laboratorial. Com isso, as informações extraídas — como tipagem sanguínea, perfis genéticos ou rastreamentos balísticos — mantêm seu valor científico e probatório.
Cada vestígio coletado de forma inadequada pode se tornar uma oportunidade perdida para elucidar a verdade dos fatos.
Entre os principais desafios encontrados pelos peritos está a necessidade de tomar decisões rápidas e criteriosas em ambientes muitas vezes hostis, com circulação de curiosos, risco de contaminação ambiental ou pressões pelo restabelecimento do local à normalidade. A habilidade técnica ao selecionar, retirar e acondicionar vestígios reduz o risco de adulteração, eliminação ou mistura de provas, ampliando a segurança da investigação.
- Proteger o vestígio contra contaminação física, química e biológica.
- Documentar detalhadamente cada etapa, garantindo a chamada cadeia de custódia.
- Utilizar equipamentos e materiais compatíveis com o tipo de vestígio, desde luvas e swabs até embalagens rígidas e lacres invioláveis.
A importância da coleta vai além do momento inicial da investigação. Em juízo, é comum que defensores contestem a lisura dos procedimentos de obtenção da prova. Nessas situações, o registro minucioso de como, quando e por quem cada vestígio foi coletado permite reconstruir a trajetória da evidência, conferindo credibilidade ao laudo pericial e blindando-o contra questionamentos processuais.
Vale ressaltar que, em muitos casos, a coleta de vestígios é a única forma de acessar informações que não podem ser obtidas por testemunhos ou confissões. Exames de DNA, comparação de microvestígios ou análises de resíduos balísticos, por exemplo, dependem integralmente da integridade e rastreabilidade do material desde o local do crime até o laboratório.
A ausência, contaminação ou descaracterização de vestígios pode tornar um crime impossível de desvendar sob a perspectiva técnico-científica.
Por esses motivos, a atividade de coleta é constantemente valorizada em editais de concursos e formações técnicas, sendo exigida tanto em conhecimentos teóricos quanto em habilidades operacionais. O domínio das boas práticas neste campo aumenta significativamente as chances de sucesso em perícias criminais, elucidação de delitos e nas avaliações oficiais para ingresso em carreiras policiais e periciais.
Questões: Importância na criminalística
- (Questão Inédita – Método SID) A coleta de vestígios é essencial na criminalística porque transforma indícios materiais em provas técnicas que podem ser utilizadas em juízo. Sem uma coleta adequada, as possibilidades de resolução de um crime podem ser comprometidas.
- (Questão Inédita – Método SID) Em ambientes hostis, a coleta de vestígios deve ser realizada sem considerar as pressões do local, focando apenas na eficiência do procedimento.
- (Questão Inédita – Método SID) A documentação detalhada de cada etapa da coleta de vestígios é necessária para garantir a cadeia de custódia e validar a integridade das provas em um processo judicial.
- (Questão Inédita – Método SID) Na coleta de vestígios, profissionais devem utilizar qualquer tipo de material disponível no local, pois isso não interfere na qualidade da prova coletada.
- (Questão Inédita – Método SID) A coleta inadequada de vestígios, como a contaminação ou descaracterização, pode inviabilizar investigações, tornando um crime impossível de ser solucionado.
- (Questão Inédita – Método SID) A coleta de vestígios, além de ser uma prática técnica, também é um conhecimento que não possui relevância em concursos e avaliações para carreiras policiais.
Respostas: Importância na criminalística
- Gabarito: Certo
Comentário: A coleta rigorosa de vestígios é fundamental para a elaboração de provas que conferem validade jurídica, e sua ausência pode resultar na impossibilidade de elucidar crimes.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: É crucial que os peritos considerem as pressões ambientais e a presença de curiosos, pois isso pode afetar a qualidade da coleta e a integridade das provas.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Certo
Comentário: A cadeia de custódia assegura que as provas coletadas mantêm seu valor probatório, garantindo que não tenham sido alteradas desde a coleta até a análise laboratorial.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: O uso de materiais compatíveis e adequados é imprescindível para proteger os vestígios e evitar contaminações que possam comprometer a análise.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: A integridade dos vestígios é crucial; qualquer alteração pode resultar na perda de evidências essenciais para a elucidação do crime.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: A coleta de vestígios é uma habilidade valorizada em concursos e formação de profissionais na área de perícia, sendo fundamental para o sucesso nas investigações criminais.
Técnica SID: SCP
Riscos de falhas e impactos na prova
Quando se trata da coleta de vestígios, qualquer erro, por menor que seja, pode comprometer toda a investigação e levar à invalidação da prova em juízo. Falhas na seleção, retirada, acondicionamento ou registro dos vestígios abrem brechas para questionamentos de defesa, contaminação ou mesmo perda de informação determinante para a solução do caso.
Imagine uma situação real em que um perito coleta sangue do local de um crime, mas utiliza uma embalagem de plástico para material biológico úmido. O acondicionamento inadequado pode favorecer o crescimento de fungos, degradar o DNA e impedir a realização de exames genéticos confiáveis. São situações como essa que demonstram como pequenas negligências podem inviabilizar o aproveitamento do vestígio.
A contaminação cruzada entre vestígios pode gerar resultados laboratoriais conflitantes, dificultando a individualização dos envolvidos ou até incriminando pessoas inocentes.
Entre os riscos mais frequentes estão a falta de uso de equipamentos de proteção (luvas, máscaras), o esquecimento de troca de materiais entre diferentes evidências, anotações imprecisas nas etiquetas ou falhas no registro fotográfico prévio. Além disso, a desordem na sequência de coleta facilita contaminação ambiental e mistura de vestígios frágeis com resíduos menos significativos.
Na ponta mais crítica, está o rompimento da cadeia de custódia. Sem um controle rigoroso do vestígio desde a coleta até a análise final, qualquer um pode alegar manipulação indevida ou substituição de prova. O resultado é a fragilidade jurídica do material apresentado e a possibilidade de absolvição de culpados ou condenação injusta.
- Registro fotográfico incompleto dificulta a reconstrução da cena pelo perito ou pelo juiz.
- Dados incorretos nas etiquetas comprometem a autenticidade do vestígio.
- Acondicionamento em recipientes errados pode alterar propriedades físico-químicas do material.
- Desorganização na coleta favorece contaminações e descaracterização do vestígio.
“Vestígio mal coletado não pode ser recuperado ou corrigido posteriormente, tornando irreversível o dano probatório.”
Esses riscos são pontos clássicos em provas de concursos e muitas vezes aparecem em enunciados que pedem ao candidato a identificação do erro na cadeia de procedimentos. O domínio sobre os impactos dessas falhas ajuda o candidato a perceber que, mais do que técnica, a coleta é uma etapa de responsabilidade ética e fundamental para a justiça.
Pense em quantas investigações criminais dependem exclusivamente de laudos periciais para “contar a história” do ocorrido. Vestígios contaminados perdem valor probatório e podem nem sequer ser aceitos como prova, prejudicando a elucidação e até permitindo recursos judiciais que anulam todo um processo investigativo ou condenatório.
No âmbito jurídico, o princípio da rastreabilidade exige “total controle e documentação da trajetória do vestígio, do momento da coleta à apresentação judicial”.
Em síntese, o aprofundamento nas rotinas e protocolos é o que separa o perito criterioso daquele que pode, inadvertidamente, sabotar a eficiência da perícia e afetar decisões judiciais. Em concursos, reconhecer os riscos de falha e seus impactos é diferenciar-se e evitar armadilhas recorrentes propostas pelas bancas.
Questões: Riscos de falhas e impactos na prova
- (Questão Inédita – Método SID) Qualquer erro na coleta de vestígios pode comprometer a investigação e invalidar a prova em juízo, pois falhas na seleção, retirada, acondicionamento ou registro dos vestígios abrem espaço para questionamentos da defesa.
- (Questão Inédita – Método SID) O acondicionamento incorreto de vestígios, como o uso de embalagens inadequadas, não possui impacto significativo na integridade dos materiais coletados para análise.
- (Questão Inédita – Método SID) A falta de uso de equipamentos de proteção durante a coleta de vestígios pode ser considerada um risco significativo, pois aumenta a possibilidade de contaminação do material.
- (Questão Inédita – Método SID) A presença de desordem na sequência de coleta de vestígios favorece a contaminação ambiental, mas não altera a evidência coletada.
- (Questão Inédita – Método SID) O rompimento da cadeia de custódia é um fator que não tem importância no contexto da validade jurídica das provas apresentadas em juízo.
- (Questão Inédita – Método SID) O registro fotográfico incompleto de uma cena de crime não impacta a análise do material coletado ou a elaboração de laudos periciais subsequentes.
Respostas: Riscos de falhas e impactos na prova
- Gabarito: Certo
Comentário: A assertiva está correta, pois erros mínimos durante a coleta podem levar à invalidação das provas, comprometendo a credibilidade da investigação e permitindo que elementos importantes para a solução do caso sejam perdidos.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: O enunciado é errado, pois o acondicionamento inadequado pode resultar na degradação dos vestígios, comprometendo a realização de exames laboratoriais e, consequentemente, a validade das provas em juízo.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: A afirmação está correta, pois o uso inadequado de equipamentos de proteção pode levar à contaminação dos vestígios e, assim, comprometer a prova, prejudicando a investigação.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: O enunciado é incorreto, pois a desordem pode sim permitir a mistura de vestígios, comprometendo a qualidade e a autenticidade da evidência coletada, gerando riscos significativos para a investigação.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: A afirmação está equivocada, uma vez que o rompimento da cadeia de custódia pode acarretar a alegação de manipulação indevida da prova, comprometendo a sua validade e integridade jurídica.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: A assertiva é incorreta, pois um registro fotográfico completo é crucial para a reconstrução da cena, e a falta dele pode comprometer a análise e a interpretação dos vestígios, afetando a justiça.
Técnica SID: PJA
Conceitos e princípios técnicos aplicados
Definição formal de coleta
No âmbito da criminalística, a coleta de vestígios é entendida como o conjunto de procedimentos técnicos destinados a retirar, selecionar e preservar evidências físicas do local de crime, visando assegurar sua integridade para exames posteriores. Não basta apenas remover o vestígio; é essencial respeitar cada etapa do protocolo, desde a escolha do equipamento adequado até o registro detalhado de todas as ações.
Coleta é o “ato de retirar vestígio de interesse criminalístico, utilizando procedimentos padronizados e materiais apropriados, garantindo a preservação de suas características originais para análise pericial.”
Ao tratar do conceito formal, é importante destacar a diferença entre localizar vestígios e efetuar sua coleta. Localizar corresponde ao reconhecimento visual ou instrumental da evidência no ambiente; a coleta engloba desde o planejamento do procedimento até o acondicionamento e documentação do material encontrado.
Cada tipo de vestígio — como sangue, fragmentos metálicos, impressões digitais, resíduos químicos ou equipamentos eletrônicos — exige um método de coleta específico e compatível com suas propriedades físicas, químicas ou biológicas. A ausência desse cuidado pode inutilizar a evidência para a perícia ou gerar resultados laboratoriais falsos.
- Vestígios biológicos: coletados com swabs estéreis ou corte preciso de tecidos, sempre preservando a umidade ou secando previamente, conforme o caso.
- Impressões digitais: extraídas por pós reveladores e fixadas em cartões próprios, garantindo que a imagem seja transferida sem distorções.
- Armas e projéteis: manipulados com luvas, sem contato em superfícies funcionais, embalados em caixas rígidas ou tubos apropriados.
Para ser considerada legítima, a coleta deve seguir quatro requisitos fundamentais: planejamento da ação, uso de equipamentos compatíveis, registro detalhado e encaminhamento seguro do vestígio. O descumprimento de qualquer desses pontos pode comprometer a validade jurídica e científica da prova.
“Nenhum vestígio deve ser coletado sem registro prévio, seja por fotografia, croqui ou descrição detalhada”, conforme manuais oficiais de perícia forense.
Nesse contexto, o conceito técnico de coleta não se restringe ao ato físico de pegar a evidência. Ele abrange desde a análise da cena até o preenchimento de formulários de cadeia de custódia, incluindo a etiquetagem padronizada com número de ordem, local, data, horário e identificação do responsável.
- Garantia de rastreabilidade do vestígio perante a Justiça.
- Prevenção de contaminação cruzada com outros materiais presentes no local.
- Manutenção das características originais até a apresentação do resultado pericial.
Dessa perspectiva, a definição formal de coleta é indispensável não apenas sob o ponto de vista técnico-operacional, mas também legal. O respeito às normas e procedimentos revela o compromisso do perito com a autenticidade dos laudos, a lisura do inquérito policial e, em última instância, a efetividade do processo penal.
A coleta correta é condição básica para que um vestígio seja aceito judicialmente como elemento de prova científica.
Questões: Definição formal de coleta
- (Questão Inédita – Método SID) No contexto da criminalística, a coleta de vestígios envolve não apenas a remoção de evidências físicas, mas também o planejamento e a documentação detalhada de cada etapa do procedimento. Essa abordagem visa garantir a integridade das provas para exames posteriores.
- (Questão Inédita – Método SID) Localizar vestígios é o mesmo que coletá-los, pois ambas as ações envolvem a retirada de evidências do local do crime.
- (Questão Inédita – Método SID) A ausência de planejamento e de registro detalhado na coleta de vestígios pode comprometer a validade jurídica e científica das provas no processo penal.
- (Questão Inédita – Método SID) Coletar vestígios biológicos exige o uso de materiais especiais que garantam a preservação de suas características, como swabs estéreis e procedimentos adequados de secagem.
- (Questão Inédita – Método SID) O procedimento de coleta não requer a documentação do momento em que o vestígio foi encontrado nem a identificação do responsável pela coleta.
- (Questão Inédita – Método SID) A coleta de impressões digitais requer o uso de pós reveladores e deve assegurar que a imagem transferida não esteja distorcida, o que é fundamental para a análise forense.
Respostas: Definição formal de coleta
- Gabarito: Certo
Comentário: A afirmação está correta, pois a coleta de vestígios realmente requer um conjunto de procedimentos técnicos que asseguram a preservação das evidências, respeitando etapas rigorosas de planejamento e documentação. A omissão de qualquer etapa pode comprometer a validade das provas.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: A afirmação é incorreta, pois localizar vestígios refere-se ao reconhecimento da evidência, enquanto a coleta envolve o processo de retirada e documentação das evidências. São etapas distintas com objetivos diferentes dentro da investigação criminal.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: A coleta de vestígios exige o cumprimento rigoroso de procedimentos, incluindo planejamento e documentação. O descumprimento de qualquer desses requisitos pode invalidar a evidência coletada, comprometendo sua aceitação no âmbito judicial.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: A afirmação está correta, pois a coleta de vestígios biológicos requer métodos específicos para assegurar que as características originais sejam preservadas, o que é crucial para a análise posterior e a validade dos resultados.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: A afirmação é incorreta, pois a documentação é uma parte essencial do processo de coleta de vestígios. Cada etapa deve ser meticulosamente registrada, incluindo a identificação de quem realiza a coleta, para garantir a rastreabilidade e validade da evidência.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: A informação é correta, pois o padrão de coleta de impressões digitais deve assegurar a qualidade do registro, utilizando materiais adequados que não comprometam a análise posterior. A precisão na coleta é vital para a validade das provas.
Técnica SID: PJA
Preservação, individualidade, cadeia de custódia e documentação
Ao falar sobre princípios aplicados à coleta de vestígios, é fundamental compreender quatro pilares essenciais que sustentam a validade e a eficácia da investigação forense: preservação, individualidade, cadeia de custódia e documentação. Cada um desses princípios está interligado, e a falha em qualquer deles pode inutilizar a evidência ou comprometer a confiabilidade do processo penal.
Preservação é o princípio que determina que todo vestígio precisa manter as mesmas características físicas, químicas ou biológicas do momento em que foi encontrado, até o término dos exames. Isso significa evitar contaminações, alterações de temperatura, umidade ou contato inadequado. Um fragmento de vidro contaminado ou um resíduo biológico armazenado em material inadequado poderá perder seu valor probatório.
“Preservação consiste em adotar medidas para que o vestígio mantenha íntegra sua composição e estrutura do local de origem até sua análise.”
Individualidade garante que cada vestígio é único, possuindo características que o diferenciam de todos os demais, mesmo que pareça semelhante. Impressões digitais, padrões de fibras têxteis e perfil genético são exemplos práticos dessa individualidade. Assim, é responsabilidade do perito assegurar que um vestígio não seja confundido ou misturado com outro durante a coleta, o transporte e o armazenamento.
O próximo princípio, cadeia de custódia, é o conjunto de procedimentos que documenta toda a trajetória do vestígio, desde a sua coleta até a apresentação em juízo. Isso compreende identificação, lacre, registro de quem manipulou, horários e descrições precisas de cada etapa por onde o material passou. O rompimento desse fluxo permite alegações de manipulação indevida ou troca de provas, fragilizando a credibilidade dos laudos.
“A cadeia de custódia exige registro minucioso de cada transferência, manuseio ou análise realizada no vestígio, incluindo identificação de pessoas e horários.”
Por fim, documentação é o registro detalhado do vestígio e de todos os atos relacionados à sua coleta. Isso envolve fotografias panorâmicas e de detalhe, descrições técnicas, croquis do local, etiquetas padronizadas e formulários de acompanhamento. Sem documentação precisa, perde-se a rastreabilidade do vestígio e a possibilidade de reconstituir os atos periciais diante de questionamentos judiciais.
- Registro fotográfico antes de qualquer retirada do vestígio do local.
- Etiqueta individual identificando material, local, data, horário e coleta responsável.
- Preenchimento de formulários da cadeia de custódia para cada transferência do vestígio.
- Armazenamento em recipientes adequados com lacre inviolável e descrição clara do conteúdo.
A integração desses quatro princípios garante que o vestígio seja aceito em juízo como prova autêntica e confiável, reduzindo brechas para contestação e aumentando a robustez da investigação. Vale reforçar: qualquer etapa executada de maneira incompleta ou descuidada pode comprometer não apenas o exame laboratorial, mas todo o resultado do processo penal.
“A confiança na prova pericial depende da soma entre preservação, individualidade do vestígio, cadeia de custódia rigorosa e documentação completa.”
Questões: Preservação, individualidade, cadeia de custódia e documentação
- (Questão Inédita – Método SID) Preservar as características físicas, químicas ou biológicas de um vestígio até o término dos exames é fundamental para garantir sua validade como prova em um processo judicial.
- (Questão Inédita – Método SID) O princípio da individualidade assegura que os vestígios, mesmo semelhantes, são idênticos uns aos outros em suas características e podem ser usados interchangeavelmente em investigações.
- (Questão Inédita – Método SID) A cadeia de custódia abrange a documentação rigorosa de cada etapa do manuseio do vestígio, desde sua coleta até a apresentação em tribunal, sendo crucial para manter a integridade da prova.
- (Questão Inédita – Método SID) O registro fotográfico deve ser realizado após a coleta do vestígio para documentar as condições do local e a situação do material coletado.
- (Questão Inédita – Método SID) Quando se fala em documentação, entende-se que é necessário o preenchimento de formulários de cadeia de custódia para registrar a coleta e o manuseio do vestígio, garantindo sua rastreabilidade.
- (Questão Inédita – Método SID) A falha em manter a cadeia de custódia de um vestígio não impacta a sua admissibilidade em juízo, desde que o perícias técnicas sejam realizadas adequadamente.
- (Questão Inédita – Método SID) A documentação adequada de um vestígio deve incluir apenas os dados da coleta e a assinatura do perito responsável, desconsiderando o registro fotográfico e a descrição técnica do material.
Respostas: Preservação, individualidade, cadeia de custódia e documentação
- Gabarito: Certo
Comentário: A preservação é um princípio essencial na coleta de vestígios, pois garante que a evidência não perca suas propriedades que a tornam válida como prova, evitando contaminações e alterações que comprometam a análise.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: O princípio da individualidade afirma que cada vestígio é único, possuindo características que o diferenciam, impossibilitando sua troca ou confusão com outros, garantindo a autenticidade das evidências.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: A cadeia de custódia é vital para garantir que o vestígio mantenha sua credibilidade, pois qualquer falha na documentação pode resultar em alegações de manipulação ou troca de provas.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: O registro fotográfico deve ser feito antes de qualquer retirada do vestígio, assegurando que a documentação da cena do crime e as condições do local sejam preservadas para análise futura.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: A documentação é um aspecto crucial que suporta a validade da prova, pois garante que o histórico do vestígio esteja claramente registrado, aumentando a confiança nos resultados periciais.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: A cadeia de custódia é essencial para a admissibilidade do vestígio em juízo. Qualquer brecha nesse processo pode levar a contestação da prova, comprometendo a credibilidade dos laudos e do resultado do processo.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: A documentação deve ser abrangente, incluindo fotografias, descrições detalhadas e registros que garantam a integridade e a rastreabilidade do vestígio, fundamental para garantir sua validade em juízo.
Técnica SID: PJA
Etapas do processo de coleta de vestígios
Planejamento e preparação
O processo de coleta de vestígios em uma perícia criminal inicia antes mesmo de o perito entrar no local do crime. Planejamento e preparação são etapas estratégicas que evitam improvisos, reduzem riscos e aumentam a eficácia de todo o trabalho forense. Essa antecipação permite que a equipe atue com precisão, economia de tempo e minimização de chances de erro.
Planejar significa decidir de antemão quais equipamentos e materiais serão utilizados, montar roteiros de procedimentos e determinar a sequência mais adequada de coleta, conforme os vestígios encontrados. A preparação envolve também a definição de papéis dentro da equipe, o estudo das condições do local e a análise prévia de possíveis dificuldades, como acesso precário, ambientes insalubres ou risco de contaminação externa.
“O planejamento consiste em estruturar o processo de coleta considerando recursos, prioridades e restrições, com o objetivo de preservar a integridade e a rastreabilidade dos vestígios.”
Imagine um cenário em que a perícia é chamada para uma ocorrência envolvendo disparos de arma de fogo em ambiente residencial. Antes de qualquer retirada de vestígio, o perito avalia quais materiais serão necessários – luvas, máscaras, swabs, caixas rígidas, envelopes de papel – e define a ordem de atuação, geralmente começando pelos vestígios mais frágeis, como resíduos biológicos e rastros digitais.
- Listagem e checagem dos materiais e EPIs (luvas, máscaras, óculos de proteção, macacão descartável).
- Briefing da equipe para alinhamento de funções e estratégias conforme a cena.
- Avaliação de possíveis ameaças ambientais ou biológicas.
- Análise do histórico de acesso ao local antes da chegada da perícia (autoridades, vítimas, terceiros).
- Elaboração de um croqui preliminar sobre layout do espaço, distribuição de objetos e posição dos vestígios visíveis.
A ordem correta de coleta é planejada conforme a natureza dos vestígios, priorizando sempre aqueles que correm maior risco de degradação ou contaminação. Outro aspecto-chave é a preparação documental: formulários de registro, etiquetas de identificação, fichas da cadeia de custódia e dispositivos de registro fotográfico precisam estar prontos para uso imediato. Falhas nessa etapa podem atrasar todo o processo e provocar consequências irreversíveis para o valor da prova.
Não menos importante, a preparação psicológica da equipe garante foco e resistência diante de cenas sensíveis ou de difícil manejo. Ter clareza sobre objetivos, protocolos e condutas esperadas contribui para um ambiente de trabalho mais seguro, ético e produtivo.
O sucesso da coleta de vestígios está diretamente relacionado à qualidade do planejamento e da preparação prévios – etapas que, muitas vezes, diferenciam a atuação do perito eficiente e do improvisador.
Vale lembrar que, em situações complexas como desastres em massa, crimes ambientais ou atentados, o planejamento é ainda mais detalhado, exigindo interação multidisciplinar com outros órgãos de segurança, defesa civil e saúde pública. O perito deve estar preparado para adaptar seus planos diante de novas informações ou alterações imprevistas na cena.
- Planejamento de logística e transporte seguro dos vestígios até o laboratório.
- Previsão de comunicação rápida e efetiva com a autoridade policial responsável pela investigação.
- Estabelecimento de pontos de controle de acesso ao local para evitar transitórios não autorizados.
Em síntese, o planejamento e a preparação são a base sobre a qual se assenta todo o sucesso da coleta de vestígios, impactando diretamente na qualidade das análises posteriores e na credibilidade do laudo pericial.
Questões: Planejamento e preparação
- (Questão Inédita – Método SID) O planejamento prévio na coleta de vestígios em perícias criminais é desnecessário, pois é possível improvisar soluções no momento da coleta.
- (Questão Inédita – Método SID) A preparação da equipe durante a coleta de vestígios deve incluir a definição clara de papéis e responsabilidades de cada membro para evitar confusões.
- (Questão Inédita – Método SID) A ordem de coleta dos vestígios deve ser determinada aleatoriamente, sem levar em conta a natureza dos vestígios ou o risco de degradação.
- (Questão Inédita – Método SID) A elaboração de um croqui preliminar sobre a cena do crime é uma ação que pode ser dispensada, uma vez que a equipe pode memorizar os locais dos vestígios.
- (Questão Inédita – Método SID) A preparação psicológica da equipe envolvida na coleta de vestígios é irrelevante, pois o foco deve ser apenas nas etapas técnicas.
- (Questão Inédita – Método SID) Em situações de coleta de vestígios em desastres em massa, a interação com outras instituições de segurança é considerada uma etapa crítica do planejamento.
Respostas: Planejamento e preparação
- Gabarito: Errado
Comentário: O planejamento é uma etapa essencial que evita improvisos, reduz riscos e aumenta a eficácia do trabalho forense. A ausência de planejamento pode comprometer a integridade e a rastreabilidade dos vestígios coletados.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: Definir papéis dentro da equipe é crucial para o alinhamento de funções e estratégias, garantindo uma atuação mais eficiente e ordenada durante a coleta de vestígios.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: A ordem de coleta deve priorizar os vestígios que correm maior risco de degradação ou contaminação, garantindo que a integridade das provas seja mantida.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: A elaboração do croqui é uma parte importante da preparação, pois contribui para o registro visual da disposição dos vestígios, essencial para a documentação adequada e a análise posterior.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: A preparação psicológica é fundamental para garantir que a equipe tenha clareza sobre os objetivos e protocolos, contribuindo para um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo durante situações potencialmente difíceis.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Certo
Comentário: A interação multidisciplinar em situações complexas aumenta a eficácia do planejamento, sendo essencial para atender às especificidades desses cenários e garantir uma atuação coordenada.
Técnica SID: PJA
Registro prévio e documentação visual
O registro prévio e a documentação visual são etapas indispensáveis na coleta de vestígios, pois garantem a reprodutibilidade das análises e a credibilidade dos procedimentos periciais. Antes de remover qualquer vestígio do local, a equipe deve documentar minuciosamente a cena, utilizando registros fotográficos, vídeos, croquis e anotações técnicas detalhadas.
A função do registro prévio é permitir que, mesmo após a alteração ou remoção dos vestígios, seja possível reconstruir a disposição original da cena do crime para análises futuras, inclusive diante de questionamentos judiciais. Fotografias panorâmicas, médias e de detalhe — sempre antes de qualquer toque no local — são essenciais para registrar o contexto, a posição dos objetos e a relação espacial entre os vestígios.
“Nenhum vestígio deve ser coletado sem registro prévio fotográfico e descrição técnica detalhada.”
Esse princípio evita alegações de manipulação indevida ou adulteração durante a coleta, aumentando a confiança nas conclusões da perícia. Além das imagens, registros escritos como croquis e mapas do local complementam a documentação, facilitando a orientação dos laudos e a apresentação do material em juízo.
O perito deve adotar uma rotina padronizada para cada local de crime, observando três tipos principais de fotografia:
- Fotografia panorâmica: abrange toda a cena e evidencia a disposição geral dos ambientes e objetos relevantes.
- Fotografia média: focaliza áreas de interesse específico, demonstrando proximidade e relação entre vestígios.
- Fotografia de detalhe: capta vestígios ou elementos isolados, sempre com escala métrica para dimensionamento preciso.
Além da precisão visual, é importante identificar claramente, já no registro, a numeração dos vestígios, ângulos de tomada das fotos e condições do ambiente, como luminosidade e obstáculos. O objetivo é permitir que qualquer outro perito, com acesso ao documento, possa compreender perfeitamente como os vestígios se encontravam antes da coleta.
O registro prévio detalhado é ferramenta de defesa da prova pericial diante de eventuais recursos, revisões ou perícias complementares.
Nos casos em que se utilize vídeo, recomenda-se que esse material complemente as fotografias e o croqui, nunca os substituindo. O vídeo pode auxiliar na percepção de sequências, deslocamentos e manipulações, tornando a reconstituição da cena ainda mais fiel.
Cuidado especial deve ser dado à escala métrica posicionada na cena antes das fotos de detalhe, pois este registro permite dimensionar vestígios, avaliar distâncias e aferir relações espaciais, tornando a perícia mais objetiva e técnica.
- Anotações acompanhadas de fotografias são obrigatórias para cada vestígio individualmente.
- Croquis são desenhos esquemáticos que auxiliam na localização dos vestígios no ambiente.
- Documentação visual deve ser mantida em formatos padronizados, garantindo autenticidade e integridade.
Ao concluir o registro prévio e a documentação visual, o perito assegura que nenhuma dúvida sobre a disposição original dos vestígios prejudicará a validade da prova — protegendo, assim, todo o processo pericial e investigativo.
Questões: Registro prévio e documentação visual
- (Questão Inédita – Método SID) O registro prévio e a documentação visual são essenciais durante a coleta de vestígios, pois garantem a reprodutibilidade das análises e a credibilidade dos procedimentos periciais.
- (Questão Inédita – Método SID) Um perito pode coletar vestígios antes de realizar o registro fotográfico da cena, desde que tenha autorização legal para tal.
- (Questão Inédita – Método SID) A documentação visual deve incluir apenas fotografias panorâmicas, pois essas já abrangem a totalidade da cena do crime.
- (Questão Inédita – Método SID) O uso de escala métrica nas fotografias de detalhe é imprescindível, pois permite dimensionar vestígios e aferir distâncias com precisão.
- (Questão Inédita – Método SID) Croquis e anotações escritas são dispensáveis na documentação, pois a linguagem visual das fotografias é suficiente para descrever a cena.
- (Questão Inédita – Método SID) O registro prévio da cena do crime deve ser realizado independentemente das condições ambientais, que não influenciam na qualidade das fotografias.
- (Questão Inédita – Método SID) O material em vídeo deve substituir as fotografias na documentação visual da cena do crime, uma vez que a vídeo gravação é mais eficaz.
Respostas: Registro prévio e documentação visual
- Gabarito: Certo
Comentário: O registro prévio permite a reconstrução da cena do crime mesmo após a remoção de vestígios, fundamental para a análise e a confiabilidade dos laudos periciais. Isso demonstra a importância desse procedimento na proteção das provas.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: Nenhum vestígio deve ser coletado sem registro prévio fotográfico, conforme os princípios da documentação visual, para evitar alegações de manipulação ou alteração da cena do crime.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: Além de fotografias panorâmicas, é essencial incluir fotografias médias e de detalhe para registrar a relação entre os vestígios e as características do ambiente, proporcionando uma documentação completa da cena.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: A escala métrica é um elemento chave na documentação visual detalhada, pois garante a objetividade e a precisão das análises periciais, fundamentais para a validação das provas.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: Croquis e anotações escritas complementam as fotografias, oferecendo uma descrição mais clara e precisa da localização e disposição dos vestígios, essenciais para a compreensão do laudo pericial.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: As condições ambientais, como luminosidade e obstáculos, devem ser registradas, pois podem afetar a qualidade das fotografias e, consequentemente, a interpretação dos vestígios. Esse detalhe é crucial para garantir a integridade da documentação.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: O vídeo complementa as fotografias, mas não deve substituí-las. Enquanto as fotografias documentam detalhes específicos, o vídeo fornece uma visão dinâmica da cena, ambos são necessários para uma documentação visual completa.
Técnica SID: SCP
Técnicas de retirada e manipulação
A etapa de retirada e manipulação de vestígios no local do crime exige precisão e rígido cumprimento dos protocolos técnicos. Cada ação, desde o primeiro contato até o acondicionamento do material coletado, deve minimizar riscos de contaminação, perda e alteração das características originais dos vestígios.
O perito precisa conhecer as técnicas adequadas para cada tipo de evidência. Vestígios biológicos, como sangue ou saliva, são coletados preferencialmente com swabs estéreis — bastonetes com algodão — ou por corte controlado de fragmentos de tecido, sempre evitando o uso de instrumentos metálicos não estéreis. Já para fragmentos sólidos, como vidro ou metal, a utilização de pinças apropriadas é fundamental, bem como a proteção ocular durante o processo.
“Cada vestígio possui especificidade quanto ao modo de retirada e ao material de manipulação; escolha inadequada pode inutilizar a evidência.”
Impressões digitais, por exemplo, precisam ser reveladas com pós específicos e coletadas com fita adesiva, que transfere a imagem para um cartão próprio com indicação dos dados identificadores do local e coleta. Armas de fogo exigem manipulação cuidadosa, sempre com luvas, evitando encostar no cano ou nas áreas de funcionamento interno, para não comprometer impressões ou resíduos presentes.
Durante a manipulação, o número de contatos com o vestígio deve ser o menor possível, limitando-se ao indispensável para retirada e acondicionamento. Isso reduz as chances de alteração, contaminação cruzada ou prejuízos irreversíveis à análise posterior em laboratório.
- Manter vestígios frágeis protegidos do vento, umidade e calor durante toda a manipulação.
- Trocar luvas e instrumentos a cada vestígio — nunca manipular diferentes materiais com o mesmo equipamento.
- Usar embalagens compatíveis: envelopes de papel para vestígios biológicos secos; tubos plásticos rígidos para projéteis; caixas para armas.
- Lacragem imediata e identificação precisa do recipiente, assegurando rastreabilidade.
É essencial também que, durante a retirada, sejam evitados gestos bruscos, excesso de força ou procedimentos improvisados. Um exemplo clássico é o de projéteis alojados em superfícies rígidas: devem ser removidos delicadamente com pinça, sem raspagem, para não modificar suas estrias, que serão essenciais ao exame balístico.
O manuseio incorreto de um vestígio pode significar “perda definitiva de vestígios de DNA, impressões digitais ou microvestígios indispensáveis para a elucidação do crime”.
Além disso, vestígios úmidos não devem ser armazenados em sacos plásticos, pois essa condição favorece a proliferação de fungos e a degradação do material genético. Cada recipiente deve conter apenas um vestígio, identificado com etiqueta padronizada e lacre inviolável, facilitando a rastreabilidade e evitando trocas ou confusões posteriores.
A correta utilização dos equipamentos de proteção individual (EPIs) protege não só o perito, mas também mantém o vestígio íntegro para análise. Macacão, máscara, touca e óculos são exemplos de EPIs indispensáveis no processo de retirada.
- Proteger a cena do crime contra interferências externas durante toda a manipulação.
- Priorizar a coleta de vestígios mais suscetíveis a degradação, como fluidos biológicos e rastros superficiais.
- Evitar manipulação repetida do mesmo vestígio após o acondicionamento inicial.
Em suma, técnicas de retirada e manipulação fundamentam toda a cadeia de custódia, sendo a base para que a análise laboratorial se dê com vestígios íntegros e juridicamente válidos. Um detalhe esquecido nessa etapa pode anular a prova e comprometer o resultado de toda a perícia.
Questões: Técnicas de retirada e manipulação
- (Questão Inédita – Método SID) A correta manipulação de vestígios biológicos deve ser realizada com instrumentos estéreis, como swabs ou cortes controlados, evitando-se o uso de ferramentas metálicas não estéreis, a fim de preservar as características originais do material.
- (Questão Inédita – Método SID) Durante a coleta de vestígios, é aceitável utilizar a mesma luva ou instrumento para manipulação de diferentes tipos de evidência, desde que o movimento seja cuidadoso.
- (Questão Inédita – Método SID) O acondicionamento adequado de vestígios, como fluidos biológicos, deve ser realizado em embalagens apropriadas, evitando sacos plásticos que podem favorecer a degradação do material coletado.
- (Questão Inédita – Método SID) As impressões digitais devem ser coletadas com pó específico e transferidas para um cartão de coleta, que não precisa ter dados identificadores do local da coleta, pois esses dados podem ser recuperados posteriormente.
- (Questão Inédita – Método SID) O manuseio de projéteis deve ser feito com cuidado, utilizando pinças, e evitando qualquer forma de raspagem ou contato que possa alterar suas características, essenciais para a análise balística.
- (Questão Inédita – Método SID) As técnicas de retirada e manipulação de vestígios não têm impacto na análise laboratorial final, uma vez que todos os vestígios são tratados da mesma forma independentemente de sua natureza.
Respostas: Técnicas de retirada e manipulação
- Gabarito: Certo
Comentário: Essa técnica é crucial para evitar contaminações e garantir que as evidências biológicas mantenham suas propriedades. O uso de swabs estéreis e cortes controlados é recomendado para coleta correta de vestígios biológicos.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: O correto é trocar luvas e instrumentos a cada vestígio para evitar contaminação cruzada. Essa prática é essencial para manter a integridade das evidências coleta.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Certo
Comentário: Sacos plásticos podem gerar um ambiente propício a fungos e degradação do material genético. O uso de embalagens adequadas é fundamental para a preservação das evidências.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: É imprescindível que o cartão de coleta contenha dados identificadores do local e informações correspondentes da coleta. Essa informação é vital para garantir a rastreabilidade e a validade da prova.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: A preservação das estrias dos projéteis é fundamental para exames balísticos, e a remoção cuidadosa com pinças é a técnica correta a ser aplicada.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: A técnica de retirada e manipulação é fundamental para a preservação da cadeia de custódia. Um erro nessa etapa pode comprometer a validade da análise e, consequentemente, dos resultados periciais.
Técnica SID: SCP
Acondicionamento e etiquetagem
O acondicionamento e a etiquetagem dos vestígios coletados em cena de crime são passos determinantes para garantir a integridade, a rastreabilidade e a credibilidade da cadeia de custódia. O acondicionamento diz respeito à escolha do recipiente e à forma correta de armazenar o vestígio, enquanto a etiquetagem assegura a identificação inequívoca de cada material desde o local de coleta até o laboratório.
No acondicionamento, a palavra-chave é compatibilidade: cada tipo de vestígio exige um material de embalagem específico, que evite degradações físicas, químicas ou biológicas. Vestígios biológicos, por exemplo, devem ser postos em envelopes de papel ou tubos de ensaio adequados, jamais em sacos plásticos, para permitir a respiração do material e impedir o crescimento fúngico. Armas de fogo são acondicionadas descarregadas, separando-se eventualmente projéteis e estojos em tubos rígidos isolados.
“O acondicionamento inadequado pode comprometer totalmente o valor forense do vestígio, tornando seu exame ineficaz ou impossível.”
Impressões digitais devem ser fixadas em cartões apropriados, devidamente secos e separados. Fragmentos de vidro ou metal requerem embalagens rígidas ou envoltos em papel antes do armazenamento para evitar quebras ou perdas. Drogas, reagentes e produtos químicos são conservados em frascos herméticos, rotulados e protegidos contra alterações de temperatura, luz e contaminação externa.
A etiquetagem garante a individualização de cada vestígio: uma etiqueta padronizada contendo dados essenciais deve ser afixada na embalagem no momento da coleta. Essas informações incluem número sequencial, descrição breve do material, data, hora, local exato da coleta e identificação do perito responsável. Sem esses registros, a credibilidade e validade do vestígio ficam seriamente prejudicadas.
- Toda embalagem deve ser imediatamente lacrada após o acondicionamento, mantendo inviolabilidade.
- Cada vestígio é etiquetado de modo visível e irreversível, sem sobreposição de etiquetas ou rasuras.
- Os registros devem ser feitos à mão em letra legível ou por meio de impressões oficiais, conforme protocolo.
- A ausência ou erro em etiqueta pode gerar exclusão do vestígio no processo judicial.
No caso de múltiplos vestígios coletados, a organização é ainda mais crucial: não se devem acondicionar diferentes materiais em um mesmo recipiente e cada etiqueta deve corresponder rigorosamente ao vestígio que identifica. Essa conduta proporciona rastreabilidade total e reduz as chances de contaminação ou confusão futura.
“Vestígios distintos nunca devem ser acondicionados juntos, ainda que provenientes do mesmo local da cena.”
A lacração pós-identificação impede manipulações indevidas, além de integrar o controle formal da cadeia de custódia. Caso seja necessário reabrir a embalagem, deve-se registrar a quebra do lacre, justificando e relacando todos os envolvidos no procedimento.
Pense em situações de provas biológicas: uma amostra de sangue mal acondicionada, sem etiqueta correta ou com identificação confusa, pode ser descartada pelo laboratório e tornar impossível o exame pretendido, prejudicando a investigação e levando à impugnação da prova.
- Escolha recipientes apropriados: envelopes de papel, frascos de vidro, caixas rígidas, tubos plásticos.
- Preencha etiquetas padronizadas com todas as informações obrigatórias logo após a coleta.
- Lacre cada recipiente imediatamente, mantendo integridade do vestígio.
- Nunca reutilize embalagens ou etiquetas já utilizadas em outras cenas.
O rigor e a atenção dedicados ao acondicionamento e à etiquetagem refletem o profissionalismo do perito e são determinantes para a consistência do laudo pericial apresentado à Justiça.
Questões: Acondicionamento e etiquetagem
- (Questão Inédita – Método SID) O acondicionamento adequado dos vestígios coletados em cena de crime é irrelevante para garantir a integridade da cadeia de custódia, pois o exame pode ser realizado independentemente de como o material foi armazenado.
- (Questão Inédita – Método SID) Cada tipo de vestígio exige um material de embalagem específico que deve evitar degradações, tendo como palavra-chave a compatibilidade durante o acondicionamento.
- (Questão Inédita – Método SID) A etiquetagem de vestígios deve ser realizada apenas no momento em que o vestígio é enviado ao laboratório, pois não é essencial durante a coleta.
- (Questão Inédita – Método SID) À medida que múltiplos vestígios são coletados de uma mesma cena, é aceitável acondicionar os diferentes materiais em um único recipiente, desde que a coleta tenha sido feita com o mesmo rigor.
- (Questão Inédita – Método SID) A lacração pós-identificação das embalagens dos vestígios é uma prática recomendada que protege a inviolabilidade do conteúdo e evita manipulações indevidas.
- (Questão Inédita – Método SID) Impressões digitais coletadas devem ser armazenadas em qualquer tipo de material, desprezando a importância do uso de cartões adequados, independentemente das características do local de coleta.
Respostas: Acondicionamento e etiquetagem
- Gabarito: Errado
Comentário: O acondicionamento inadequado compromete o valor forense do vestígio, podendo tornar o exame ineficaz ou impossível, afetando diretamente a integridade da cadeia de custódia.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: A compatibilidade do material de embalagem é fundamental para preservar os vestígios, evitando degradações físicas, químicas ou biológicas, o que reforça a necessidade de acondicionar cada material em recipiente adequado.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: A etiquetagem deve ser feita no momento da coleta, com informações essenciais que garantam a individualização e a rastreabilidade do vestígio, sendo crucial para a validade da prova no processo judicial.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: Vestígios distintos nunca devem ser acondicionados juntos, mesmo que provenientes do mesmo local, para evitar contaminações e garantir a rastreabilidade adequada de cada material.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: A lacração é essencial para assegurar a integridade dos vestígios, e a quebra do lacre deve ser registrada caso o recipiente precise ser reaberto, documentando tudo para garantir a transparência do processo.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: Impressões digitais devem ser fixadas em cartões apropriados, secos e separados, pois o acondicionamento inadequado pode degradar o material e prejudicar a coleta das evidências.
Técnica SID: PJA
Registro na cadeia de custódia
O registro na cadeia de custódia é o mecanismo fundamental para controlar e documentar todo o trajeto percorrido por um vestígio, do momento da coleta até sua apresentação em juízo. Essa etapa garante não apenas a rastreabilidade, mas também a credibilidade e a validade jurídica dos exames periciais realizados sobre o material.
A cadeia de custódia exige registros formais e padronizados em formulários ou sistemas informatizados. A cada movimentação — seja ela coleta, transporte, recebimento em laboratório ou armazenamento intermediário —, o perito responsável deve anotar informações detalhadas sobre o vestígio. Isso inclui identificação do material, data, hora, local, nome do responsável por cada ação e eventuais observações sobre integridade do lacre ou identificação de não conformidades.
“A quebra na cadeia de custódia pode conduzir à exclusão do vestígio como prova judicial, pois qualquer dúvida sobre sua trajetória ou manipulação compromete a confiança no resultado pericial.”
O fluxo documental é contínuo: toda transferência do vestígio entre pessoas ou setores é registrada, inclusive as devoluções após exame ou reabertura de embalagens com devida justificativa oficial. Não há espaço para registros retroativos ou omissões, sob pena de anulação da prova. Cada formulário de cadeia de custódia utiliza um número único, associado à etiqueta do vestígio, assegurando o vínculo entre o objeto físico e os registros do procedimento.
- Anotação do número do vestígio, data e hora de cada transferência.
- Identificação do profissional ou setor de origem e destino.
- Conferência do estado do lacre, embalagem e possível anomalia observada.
- Assinatura, carimbo digital ou lançamento em sistema de cada envolvido na transferência.
Na prática, o registro na cadeia de custódia protege a idoneidade do trabalho pericial diante de questionamentos jurídicos, pois permite reconstituir toda a trajetória do vestígio e esclarecer, com precisão, quem foi responsável por cada etapa. Esse controle é também medida de responsabilidade ética e profissional do perito.
Todo ato não registrado na cadeia de custódia “não existe” para fins judiciais, sendo desprezado em eventual reconstituição dos procedimentos.
Além do valor probatório, a cadeia de custódia é requisito expresso nas normas técnicas nacionais e internacionais, estando presente em legislações brasileiras, como o Código de Processo Penal e a Lei nº 13.964/2019, além de orientações de órgãos como o Ministério da Justiça e a Polícia Federal.
Em síntese, o registro minucioso e continuado da cadeia de custódia é o que respalda juridicamente a prova material resultante da perícia, protegendo o trabalho técnico e garantindo a íntegra dos direitos das partes envolvidas.
Questões: Registro na cadeia de custódia
- (Questão Inédita – Método SID) O registro na cadeia de custódia é essencial para assegurar a rastreabilidade e a validade jurídica dos vestígios apresentados em juízo, contribuindo para a credibilidade dos exames periciais realizados sobre estes materiais.
- (Questão Inédita – Método SID) A cada movimentação de um vestígio na cadeia de custódia, é necessário que sejam registradas informações sobre o material, além da identificação do responsável pela ação e as condições em que o lacre se encontra.
- (Questão Inédita – Método SID) A quebra na cadeia de custódia não afeta a validade dos exames periciais realizados, pois os resultados são sempre confiáveis independentemente da documentação.
- (Questão Inédita – Método SID) O registro de cada transferência de um vestígio na cadeia de custódia deve incluir a assinatura e o carimbo digital de todos os envolvidos, garantindo assim a formalidade e a responsabilização técnica durante todo o processo.
- (Questão Inédita – Método SID) Informações sobre a integridade do lacre devem ser documentadas, mas não é necessário registrar a data e hora de cada movimento durante a transferência do vestígio, bastando a anotações genéricas.
- (Questão Inédita – Método SID) A responsabilidade ética e profissional do perito é garantida somente através do registro da cadeia de custódia, pois a reconstituição da trajetória do vestígio não é uma prioridade nesse contexto.
Respostas: Registro na cadeia de custódia
- Gabarito: Certo
Comentário: A segurança jurídica dos vestígios depende do controle documental rigoroso estabelecido na cadeia de custódia, que garante a manipulação correta dos materiais e a integridade das informações. Isso é fundamental para que os resultados periciais sejam aceitos judicialmente.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: O registro detalhado é imprescindível para assegurar que todas as etapas de manipulação sejam documentadas, evitando dúvidas sobre a integridade do vestígio e garantindo que a prova mantenha sua validade probatória em juízo.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: A quebra na cadeia de custódia compromete diretamente a confiança nos resultados periciais, pois gera incertezas sobre a trajetória e a manipulação do vestígio, podendo levar à exclusão da prova judicialmente.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: A formalização dos registros com assinatura e outras identificações assegura a rastreabilidade do vestígio, o que reforça a responsabilidade de cada profissional na manipulação do material e a validade jurídica da prova em processos judiciais.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: A documentação deve incluir a data e hora de cada movimentação, de forma a garantir um controle rigoroso e evitar omissões que podem comprometer a validade da prova. Sem esse registro, a manipulação do vestígio se torna questionável em juízo.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: A reconstituição da trajetória do vestígio é uma prioridade importante que reflete a responsabilidade ética e profissional do perito, sendo vital para manter a integridade do trabalho pericial e a validade das provas em julgamento.
Técnica SID: PJA
Técnicas específicas de coleta por tipo de vestígio
Materiais biológicos
Na coleta pericial, materiais biológicos são aqueles originados de organismos vivos — como sangue, sêmen, saliva, pelos, tecidos, dentes ou ossos — e possuem relevância especial na criminalística. Esses vestígios podem indicar identidade genética, contato físico ou sequência de eventos no local do crime. Justamente por sua importância, a coleta de materiais biológicos requer técnicas criteriosas e controle rigoroso para evitar contaminação ou perda de informações.
O primeiro cuidado é a identificação visual do vestígio presumidamente biológico, que nem sempre está evidente. Um pequeno resíduo avermelhado pode ser sangue, por exemplo, mas cabe ao perito, com auxílio de reagentes, testes preliminares e luz forense, confirmar a natureza do material antes da retirada. Após a identificação, o vestígio deve ser coletado utilizando swabs estéreis (bastões com algodão), espátulas ou cortes seletivos de tecidos — sempre com luvas e, de preferência, máscara e touca para evitar introdução acidental de material genético externo.
“Vestígios biológicos coletados em umidade não podem ser acondicionados em plástico, pois este favorece a proliferação de fungos e degradação do DNA.”
Os swabs usados para coleta devem ser deixados a secar em ambiente limpo, protegidos da luz direta, antes de serem acondicionados em envelopes de papel ou caixas apropriadas. O mesmo se aplica a tecidos, cabelos e outros materiais. O acondicionamento imediato e adequado impede que o DNA se degrade e permite posterior extração em laboratório para análises genéticas, como o teste de DNA.
- Sangue líquido: absorver com swab estéril ou colher amostra com pipeta descartável, acondicionar imediatamente.
- Sangue seco: fragmento do suporte, raspagem controlada ou swab úmido levemente.
- Saliva e sêmen: swab estéril, coletando o máximo de material possível e sempre com novo bastão para cada local.
- Pelos, fios de cabelo e unhas: pinça esterilizada, evitando contato para não misturar material genético.
- Pequenos fragmentos: retirar com espátula de plástico, preferindo locais de difícil acesso para contaminação.
Além do tipo de embalagem, a identificação correta de cada vestígio biológico é crucial: etiquetas padronizadas contendo número, descrição minuciosa, local exato de coleta, data, hora e responsável. Ao serem enviados ao laboratório, registros completos devem acompanhar o material, evitando equívocos que possam comprometer laudos forenses.
Vestígios biológicos coletados de maneira incorreta ou acondicionados em embalagens inadequadas perderão valor probatório e provavelmente serão descartados pelos laboratórios especializados.
Outro ponto importante é evitar o transporte de materiais em temperaturas elevadas, que aceleram a degradação do DNA. Caso não haja câmara fria disponível, é preferível armazenar por tempo mínimo em ambiente fresco e seguro. Atenção também ao uso de controles de qualidade com amostras padrão, essenciais para confiar nos resultados dos exames genéticos solicitados judicialmente.
- Nunca reutilizar instrumentos de coleta entre vestígios diferentes.
- Trocar luvas entre cada coleta para evitar contaminação cruzada.
- Registrar fotograficamente o vestígio antes da retirada do local.
- Encaminhar, se possível, parte do material para contraprova.
A coleta adequada de materiais biológicos pode ser decisiva para a elucidação do crime. Um único fio de cabelo, corretamente coletado e preservado, pode ser suficiente para individualizar geneticamente um suspeito ou vítima e, deste modo, transformar os rumos do processo penal.
Questões: Materiais biológicos
- (Questão Inédita – Método SID) Materiais biológicos são vestígios coletados em cena de crime que podem incluir elementos como sangue, sêmen e saliva, os quais têm importância crucial para o levantamento de identidade genética e eventos ocorridos. A coleta destes materiais deve ser realizada com rigor e técnicas específicas, a fim de garantir a sua integridade.
- (Questão Inédita – Método SID) É incorreto afirmar que a coleta de materiais biológicos pode ser feita utilizando qualquer tipo de recipiente, já que o acondicionamento inadequado pode acarretar a degradação do DNA e a perda do valor probatório do material.
- (Questão Inédita – Método SID) A coleta de sangue seco de uma cena de crime é feita preferencialmente por raspagem controlada ou utilizando um swab úmido, devendo o material ser acondicionado de forma a evitar contaminações.
- (Questão Inédita – Método SID) A coleta e a preservação de materiais biológicos não requerem o uso de luvas, já que o contato com o material biológico não oferece risco de contaminação cruzada durante o processo.
- (Questão Inédita – Método SID) A identificação e o registro adequado dos vestígios biológicos coletados são essenciais, pois informações como descrição do material e local de coleta devem acompanhar o envio para o laboratório a fim de assegurar a correção e validade dos laudos periciais.
- (Questão Inédita – Método SID) Ao manusear materiais biológicos, é adequado utilizar o mesmo instrumento de coleta para diferentes tipos de vestígios, pois isso não afeta a análise final do material biológico, garantindo assim a eficiência da coleta.
Respostas: Materiais biológicos
- Gabarito: Certo
Comentário: Materiais biológicos são, de fato, elementos fundamentais na investigação criminal, pois permitem a identificação de indivíduos e o sequenciamento dos fatos relacionados ao crime. A coleta criteriosa desses vestígios é vital para a preservação das informações que podem ser obtidas posteriormente.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: O acondicionamento dos materiais biológicos requer cuidados específicos. O uso de embalagens apropriadas e a escolha de materiais que não favoreçam a degradação são fundamentais para manter a qualidade do DNA, garantindo a validade das análises que serão realizadas no laboratório.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: A raspagem controlada ou o uso de swab úmido são técnicas adequadas para coletar sangue seco, e o acondicionamento deve ser feito com cuidado para evitar qualquer risco de contaminação, o que é essencial para a preservação do material e a confiabilidade na análise laboratorial.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: O uso de luvas é crucial durante a coleta de materiais biológicos para evitar contaminação cruzada. A troca de luvas entre diferentes coletas e o emprego de técnicas que limitam o contato com o material biológico são práticas necessárias para garantir a integridade do espécime coletado.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Certo
Comentário: A documentação detalhada dos vestígios biológicos, incluindo informações sobre a coleta e o acondicionamento, é fundamental para evitar erros no processamento e assegurar a autenticidade dos laudos periciais. Esses registros ajudam a manter a cadeia de custódia e garantem que o material coletado seja corretamente analisado laboraorialmente.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: É fundamental não reutilizar instrumentos de coleta entre vestígios diferentes, pois isso pode levar à contaminação e comprometer a integridade do material coletado. Cada tipo de vestígio deve ser tratado com instrumentos distintos para assegurar a validade dos resultados das análises subsequentes.
Técnica SID: PJA
Impressões digitais
As impressões digitais são vestígios de extremo valor para a identificação de pessoas em locais de crime, pois cada indivíduo possui um padrão único de linhas papilares. Por essa razão, métodos de revelação, retirada e acondicionamento precisam ser realizados com máximo rigor técnico e documentação detalhada, para garantir tanto a confiabilidade da prova quanto sua aceitação em análises futuras e em juízo.
O primeiro passo para a coleta de impressões digitais é a análise do suporte — vidro, metal, papel, madeira, plástico, entre outros —, pois esse fator determina o método de revelação. Para superfícies lisas e não absorventes, costuma-se utilizar pós reveladores (em pó preto, magnético, alumínio etc.), que aderem ao resíduo deixado pelo contato dos dedos. Após a revelação visual, emprega-se fita adesiva especial para levantar a impressão e fixá-la em cartões próprios de levantamento, acompanhados de etiquetas com dados do caso.
“Impressões digitais só possuem valor probatório se forem coletadas segundo procedimento técnico padronizado, com identificação precisa do local de coleta e da pessoa responsável.”
Em papéis ou superfícies porosas, técnicas químicas, como ninhidrina ou solução de prata, podem ser necessárias para tornar visível a impressão. Em ambientes úmidos, utiliza-se a revelação por vapores de cianoacrilato, adaptando o procedimento para não comprometer o vestígio.
- Toda coleta deve ser fotodocumentada: fotos panorâmicas e de detalhe mostram a impressão antes e após a retirada, com indicação de escala.
- No levantamento com fita, a pressão deve ser controlada para evitar distorção do padrão papilar.
- Cada cartão de levantamento recebe etiqueta padronizada contendo local, data, hora, descrição do suporte e identificação do perito.
- Nunca acondicionar diferentes impressões no mesmo cartão; preservar unidade de cada vestígio.
Após retirada, os cartões são guardados em envelopes rígidos ou caixas, protegidos de umidade, luz e manipulação excessiva. A rastreabilidade é garantida pela vinculação entre o cartão, o formulário de cadeia de custódia e as etiquetas aplicadas.
Impressões digitais manipuladas de forma inadequada — com toques, contaminantes ou armazenamento incorreto — perdem sua individualidade e valor forense.
Antes do envio ao laboratório, vale reforçar a dupla checagem das etiquetas, o fechamento correto dos envelopes e o registro formal de transferência, protegendo todo o percurso da evidência desde a cena até a análise especializada.
- Verificar integridade do cartão e da fixação da impressão.
- Mantê-lo identificado e separado durante todo o deslocamento.
- Registrar qualquer reabertura do envelope na cadeia de custódia.
Dessa forma, o processo técnico da coleta de impressões digitais é pilar fundamental para a validade dos laudos periciais e para a robustez das decisões judiciais apoiadas em provas papiloscópicas.
Questões: Impressões digitais
- (Questão Inédita – Método SID) As impressões digitais de um indivíduo são únicas e, por isso, são consideradas vestígios de grande relevância na identificação de pessoas em cenas de crime.
- (Questão Inédita – Método SID) A coleta de impressões digitais pode ser realizada em qualquer tipo de superfície sem a necessidade de técnicas especiais.
- (Questão Inédita – Método SID) Em superfícies porosas, como papel, é comum utilizar pós reveladores para a coleta de impressões digitais.
- (Questão Inédita – Método SID) O acondicionamento adequado das impressões digitais auxilia na preservação do vestígio, e todo cuidado deve ser tomado para evitar contaminação antes da análise laboratorial.
- (Questão Inédita – Método SID) Para garantir a eficácia na coleta de impressões digitais, é importante fazer o registro formal de transferência e verificar a integridade do cartão com a impressão.
- (Questão Inédita – Método SID) Na coleta de impressões digitais, a documentação fotográfica das evidências deve ser realizada apenas após a retirada da impressão da superfície.
- (Questão Inédita – Método SID) A manipulação inadequada de impressões digitais, como toques ou armazenamento incorreto, não compromete sua individualidade e valor forense.
Respostas: Impressões digitais
- Gabarito: Certo
Comentário: O enunciado está correto, pois as impressões digitais são, de fato, únicas para cada pessoa e desempenham um papel crucial na identificação em investigações criminais.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: A afirmação é incorreta, pois a coleta de impressões digitais depende do tipo de superfície, e métodos específicos devem ser utilizados conforme as características do material em questão.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: A coleta de impressões digitais em superfícies porosas geralmente requer o uso de técnicas químicas, como ninhidrina, não pós reveladores, que são aplicáveis a superfícies lisas e não absorventes.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: A afirmação é verdadeira. Um acondicionamento correto e a proteção contra contaminações são fundamentais para a integridade das impressões digitais e sua validade forense.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Certo
Comentário: A afirmação é correta, pois a verificação da integridade e o registro formal são essenciais para a rastreabilidade e a validade do vestígio coletado.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: A afirmação é errada, pois a fotodocumentação deve ocorrer antes e depois da retirada da impressão, garantindo o registro completo do vestígio em seu estado original e após a coleta.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: A coleta e o armazenamento inadequados, como toques indesejados, afetam diretamente a individualidade e o valor probatório das impressões digitais.
Técnica SID: PJA
Armas de fogo, projéteis e estojos
A coleta de armas de fogo, projéteis e estojos é uma das etapas mais sensíveis da perícia criminalística, exigindo atenção redobrada para não alterar, contaminar ou destruir características essenciais para o exame balístico e para a manutenção da cadeia de custódia. Cada elemento apresenta especificidades quanto à sua retirada, acondicionamento e documentação.
O primeiro cuidado ao lidar com armas de fogo é sempre considerar que podem estar carregadas. O perito deve usar luvas, evitando tocar no cano, gatilho ou superfícies internas, preservando impressões digitais, resíduos e marcas de uso. Sempre que possível, a arma deve ser descarregada de forma segura e acondicionada em caixa rígida, separando-se, quando necessário, munição e partes móveis.
“A manipulação inadequada da arma pode remover impressões ou resíduos de disparo, prejudicando a validade do exame laboratorial.”
Projéteis e estojos são vestígios frágeis porque armazenam marcas microscópicas do contato com o cano da arma e do percutor. A coleta deve ser feita com pinças apropriadas, priorizando contato mínimo e jamais se raspando ou esfregando a superfície. Cada projétil ou estojo é acondicionado individualmente em tubos plásticos rígidos ou caixas, com etiqueta identificadora que contenha local, data, número sequencial e nome do coletor.
- Sempre utilizar envelope ou recipiente limpo e rígido para cada vestígio.
- Evitar contato metal-metal, que pode modificar marcas de impressão e microestrias.
- Registrar fotograficamente a posição original do vestígio antes da retirada.
- Em situações de difícil remoção, como projétil alojado em superfície dura, realizar extração delicada, preservando estrias e marcas de impacto.
Tanto armas quanto munições coletadas em locais diferentes devem ser identificadas por etiquetas e registros distintos, impedindo cruzamentos ou confusões posteriores. A manutenção do vestígio íntegro, a inviolabilidade do recipiente e a precisão das informações registradas nas etiquetas garantem que, quando o material chegar ao laboratório, toda sua história e integridade estejam preservadas para o exame balístico ou químico.
Projéteis e estojos manipulados inadequadamente podem gerar laudos inconclusivos e comprometer investigações.
É importante, ainda, documentar a retirada, acondicionamento e qualquer procedimento especial adotado, relacionando as pessoas e circunstâncias que interagiram com cada vestígio, a fim de compor a cadeia de custódia e assegurar a admissibilidade da prova em juízo. Esse cuidado técnico distingue o trabalho da perícia criminal de abordagens leigas e fundamenta sua relevância no processo penal.
- Nunca misturar projéteis, estojos ou partes de armas diferentes em um mesmo recipiente.
- Lacre e identifique imediatamente após a coleta.
- Descreva minuciosamente as condições e o local de apreensão.
A coleta rigorosa de armas de fogo, projéteis e estojos é decisiva para a conclusão de investigações, identificação de autoria e reconstrução de dinâmicas criminais com respaldo científico.
Questões: Armas de fogo, projéteis e estojos
- (Questão Inédita – Método SID) A coleta de armas de fogo deve ser realizada com cautela, considerando que elas podem estar carregadas, sendo recomendado o uso de luvas e evitando contato direto com o cano e gatilho.
- (Questão Inédita – Método SID) Projéteis e estojos devem ser acondicionados em um único recipiente, independente do local em que foram coletados, desde que estejam claramente etiquetados.
- (Questão Inédita – Método SID) É permitido esfregar a superfície de um projétil durante sua coleta para maximizar a captura de marcas microscópicas.
- (Questão Inédita – Método SID) Toda arma de fogo coletada deve ser identificada e lacrada imediatamente após a coleta, preservando assim suas condições para a análise futura.
- (Questão Inédita – Método SID) Na coleta de estojos, é intercessário registrar fotograficamente a posição original do vestígio antes de removê-lo do local da coleta.
- (Questão Inédita – Método SID) A manipulação inadequada de estojos pode resultar em laudos inconclusivos, comprometendo investigações e análises balísticas.
Respostas: Armas de fogo, projéteis e estojos
- Gabarito: Certo
Comentário: Este procedimento é essencial para garantir a preservação das impressões digitais e evitar a contaminação da prova, sendo uma prática padrão na perícia criminalística.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: A norma determina que projéteis e estojos devem ser acondicionados individualmente em recipientes distintos para evitar qualquer confusão ou cruzamento de evidências, assegurando a integridade da cadeia de custódia.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: O esfregamento ou raspagem das superfícies de projéteis pode remover marcas essenciais para o exame balístico, invalidando a evidência. O contato deve ser minimizado na coleta.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Certo
Comentário: Seguir esse procedimento assegura que a arma mantenha sua inviolabilidade e que as informações relacionadas a ela sejam precisas, fundamentais para qualquer análise subsequente.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: A documentação fotográfica é crucial para validar a cadeia de custódia e permite a verificação da localização e condições do vestígio, mantendo a integridade da prova.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Certo
Comentário: Isso se deve ao fato de que qualquer alteração nas marcas e resíduos presentes nos estojos pode afetar decisivamente a validade dos laudos periciais.
Técnica SID: SCP
Fragmentos e materiais diversos
Fragmentos e materiais diversos englobam uma categoria ampla de vestígios, frequentemente encontrados em cenas de crime, e incluem pedaços de vidro, metal, plástico, tinta, solo, madeira, tecidos, papéis ou qualquer outro material fragmentado. Esses elementos podem carregar informações essenciais sobre dinâmica dos fatos, rotas de fuga, instrumentos utilizados, conexões entre ambientes ou veículos envolvidos.
O primeiro passo é identificar visualmente os fragmentos que possam ter valor probatório. Para fragmentos de vidro, metal ou cerâmica, a coleta é feita com pinças apropriadas, preferencialmente utilizando EPIs (luvas, óculos de proteção) para evitar acidentes e contaminações. O perito deve manipular cada peça o mínimo necessário, optando por apoiar o material sobre cartões rígidos ou superfícies limpas durante o transporte inicial.
“Fragmentos coletados sem proteção e acondicionamento adequados podem sofrer perdas, quebras, contaminação cruzada ou degradação.”
O acondicionamento segue regras de compatibilidade e segurança: vidros e metais são embalados, de preferência, em caixas rígidas ou envolvidos em papel limpo antes de serem postos em envelopes. Materiais biológicos em fragmentos (como tecidos com sangue ou cabelo) também seguem protocolos específicos. O fundamental é nunca misturar diferentes tipos de fragmentos em um mesmo recipiente, preservando a individualidade de cada vestígio coletado.
- Fragmentos de vidro: manipular com pinça, proteger olhos, embalar em caixa rígida ou entre folhas de papel.
- Fragmentos metálicos: coleta com pinça ou espátula, evitar contato com outros metais, embalar separadamente.
- Peças de plástico, tinta ou solo: acondicionar em envelope de papel limpo ou caixa plástica estéril.
- Papéis e documentos rasgados: encaixar cuidadosamente as partes sem dobrar, proteger contra umidade.
- Tecidos ou fibras: manter secos, guardar entre folhas de papel para evitar fungos.
A etiquetagem é obrigatória para cada unidade de fragmento, devendo conter o número sequencial, descrição detalhada, local e data da coleta, e identificação de quem fez o procedimento. Fotos de detalhe são altamente recomendadas, documentando o estado e a posição original do vestígio antes do deslocamento.
Vestígios classificados como “materiais diversos” só terão utilidade se forem rastreáveis desde a cena até o laudo, mantendo integridade e individualidade durante todo o processo.
Por fim, cuidados extras incluem o preenchimento do formulário de cadeia de custódia e o uso de lacres invioláveis em todas as embalagens. Assim, fragmentos e materiais diversos podem ser submetidos com sucesso a análises físico-químicas, comparação microscópica, identificação de procedência ou confronto entre locais distintos — auxiliando a investigação com robustez e segurança técnica.
- Jamais reutilize recipientes para vestígios distintos.
- Evite exposição à umidade, luz solar e calor excessivo durante o transporte.
- Anote no envelope qualquer observação sobre condições do fragmento ou dificuldades na coleta.
Questões: Fragmentos e materiais diversos
- (Questão Inédita – Método SID) Fragmentos de vidro, metal e cerâmica devem ser coletados com pinças apropriadas e acondicionados em caixas rígidas para preservar sua integridade, independentemente do seu tamanho ou estado.
- (Questão Inédita – Método SID) A menos que sejam evidências biológicas, fragmentos de materiais diversos podem ser misturados em um mesmo recipiente desde que sejam de tamanhos semelhantes.
- (Questão Inédita – Método SID) O acondicionamento de fragmentos de tinta ou solos deve ser feito em envelopes de papel limpo ou caixas plásticas estéreis para evitar a contaminação durante o transporte.
- (Questão Inédita – Método SID) Durante a coleta de fragmentos de materiais diversos, a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é opcional quando o perito se sente seguro em manipular os vestígios.
- (Questão Inédita – Método SID) Os fragmentos coletados precisam ser etiquetados com informações detalhadas, incluindo descrição, local da coleta e identificação do responsável, de forma a garantir sua rastreabilidade ao longo do processo pericial.
- (Questão Inédita – Método SID) Cada tipo de fragmento coletado deve ser acondicionado em recipientes reutilizáveis para diminuir o desperdício e facilitar a coleta.
Respostas: Fragmentos e materiais diversos
- Gabarito: Certo
Comentário: A coleta e o acondicionamento corretos de fragmentos de vidro, metal e cerâmica são essenciais para evitar degradação ou contaminação, como afirmado nas diretrizes de coleta. O uso de pinças e caixas rígidas é uma prática recomendada para garantir a proteção dos vestígios durante o transporte.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: A diretriz estabelece que é fundamental não misturar diferentes tipos de fragmentos em um mesmo recipiente, independentemente de seu tamanho. Isso é crucial para preservar a individualidade e a integridade de cada vestígio coletado.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: É correto que fragmentos de tinta ou solo devem ser acondicionados em envelopes de papel limpo ou caixas plásticas estéreis para garantir sua integridade e evitar que se contamine durante o transporte, segundo os protocolos de coleta.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: A utilização de EPIs, como luvas e óculos de proteção, é obrigatória para a segurança do perito durante a coleta de vestígios, independentemente de sua percepção de segurança. Ignorar essa recomendação pode levar a contaminações ou lesões.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: A etiquetagem dos fragmentos é crucial para sua identificação e rastreabilidade, conforme descrito nas diretrizes. Essas informações são essenciais para garantir a integridade dos vestígios e sua utilidade em análises futuras.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: Não se pode reutilizar recipientes para vestígios distintos, pois isso compromete a individualidade e a integridade dos fragmentos. Cada tipo de vestígio deve ser acondicionado de forma específica e em recipientes adequados, evitando qualquer forma de contaminação.
Técnica SID: PJA
Drogas, produtos químicos e equipamentos eletrônicos
A coleta de drogas, produtos químicos e equipamentos eletrônicos demanda cuidados específicos para garantir tanto a preservação do vestígio quanto a segurança do perito e do ambiente pericial. Cada um desses materiais pode apresentar riscos diferenciados, volatilidade, contaminação cruzada ou necessidade de documentação técnica detalhada.
No caso de drogas e substâncias químicas, a identificação inicial pode ser feita por testes de campo, mas sempre deve ser confirmada em laboratório. A coleta utiliza luvas, espátulas descartáveis ou pinças, e o material deve ser transferido diretamente para frascos herméticos, envelopes de papel ou sacos devidamente lacrados. Produtos muito voláteis, corrosivos ou tóxicos requerem recipientes compatíveis, vedação reforçada e, eventualmente, armazenamento sob refrigeração.
“Acondicionamento incorreto de drogas e produtos químicos pode provocar degradação do material, riscos à saúde e inadmissibilidade da prova.”
É fundamental etiquetar os recipientes logo após a coleta, incluindo descrição da substância, local, data, hora, quantidade aproximada e identificação do responsável. Para amostras líquidas, frascos estéreis e vedação dupla podem ser exigidos, bem como isolamento em caixas de transporte adaptadas a reagentes perigosos, conforme protocolos de biossegurança.
- Drogas em pó ou comprimidos: acondicionar em envelope de papel resistente, evitando contato com umidade.
- Líquidos ou substâncias voláteis: usar frascos vedados, identificar eventual odor ou cor característica.
- Misturas desconhecidas: coletar pequena fração e encaminhar para análise pericial, registrando riscos potenciais observados.
Quanto a equipamentos eletrônicos (celulares, notebooks, HDs, câmeras, drones), é imprescindível cautela para não alterar ou perder dados digitais. O perito deve desligar o aparelho observando procedimentos técnicos, documentar o estado original (ligado, protegido por senha, aplicativos abertos) e usar embalagens antieletrostáticas, envelopes metálicos (“faraday bags”) ou caixas blindadas quando necessário.
Antes da retirada, recomenda-se fotografar e identificar todos os conectores, mídias acopladas ou dispositivos encontrados, sempre preenchendo registro detalhado de modelo, série, aspectos externos e sinais de violação. A etiqueta deve constar informações individualizadas: número, localização, data e quem realizou a coleta.
- Nunca manipular eletrônicos sem proteção adequada e sem registro dos parâmetros iniciais.
- Evitar exposição a campos magnéticos, calor excessivo e umidade.
- Conferir e lacrar dispositivos logo após o recolhimento, com registro na cadeia de custódia.
- Preencher formulário detalhado de transferência, incluindo destino do material para perícia especializada.
Por fim, a manipulação desses materiais deve seguir rigorosamente normas de segurança e biossegurança, assim como fluxos institucionais definidos para resíduos perigosos, dados sensíveis ou provas digitais, a fim de garantir que toda a cadeia de custódia seja preservada e que a validade do elemento probatório seja mantida até sua análise e utilização em juízo.
Questões: Drogas, produtos químicos e equipamentos eletrônicos
- (Questão Inédita – Método SID) A coleta de drogAs e substâncias químicas deve ser realizada com o uso de luvas e ferramentas descartáveis, sendo fundamental a transferência do material para recipientes herméticos imediatamente após a coleta.
- (Questão Inédita – Método SID) A identificação de drogas e substâncias químicas pode ser realizada apenas por testes de campo, não necessitando de confirmação em laboratório.
- (Questão Inédita – Método SID) Equipamentos eletrônicos coletados para análise pericial devem ser manipulados sem a devida proteção, desde que o estado original do aparelho seja registrado adequadamente.
- (Questão Inédita – Método SID) Para a coleta de drogas em pó ou comprimidos, é indicado o uso de envelopes de papel resistente que garantam a proteção contra umidade.
- (Questão Inédita – Método SID) Todas as substâncias voláteis devem ser acondicionadas em recipientes simples, sem necessidade de vedação ou cuidados adicionais, para facilitar a coleta.
- (Questão Inédita – Método SID) É permitido documentar a coleta de equipamentos eletrônicos em caixas comuns, desde que as informações sejam anotadas posteriormente em um formulário adequado.
Respostas: Drogas, produtos químicos e equipamentos eletrônicos
- Gabarito: Certo
Comentário: A afirmação é correta, pois a coleta deve ser efetuada utilizando luvas, espátulas descartáveis ou pinças, e o material deve ser transferido diretamente para frascos herméticos, cumprindo assim as normas de segurança e preservação do vestígio.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: A afirmação está incorreta, pois a identificação inicial por testes de campo deve sempre ser confirmada em laboratório, garantindo a precisão na análise das substâncias coletadas.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: A afirmação é falsa, pois é imprescindível não manipular eletrônicos sem proteção adequada e sem o registro prévio dos parâmetros iniciais, evitando assim a perda de dados digitais e possíveis danos ao equipamento.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Certo
Comentário: Este enunciado é correto, pois a coleta de drogas em pó ou comprimidos deve ser feita em envelope de papel resistente, evitando o contato com umidade, o que pode comprometer a integridade do material coletado.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: A afirmação é falsa, uma vez que substâncias voláteis exigem recipientes compatíveis e com vedação reforçada, além de cuidados adicionais para evitar contaminação e degradação do material.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: A coleta de equipamentos eletrônicos deve ser realizada em embalagens antieletrostáticas ou caixas blindadas, e a documentação deve ser feita durante o processo, não permitindo o uso de caixas comuns que podem comprometer a integridade dos dados.
Técnica SID: PJA
Cuidados e boas práticas na coleta pericial
Uso de equipamentos de proteção individual
O uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) é um princípio básico e inegociável em qualquer procedimento pericial, principalmente durante a coleta de vestígios. O objetivo central é proteger o perito contra riscos biológicos, químicos ou físicos presentes na cena e, ao mesmo tempo, evitar a contaminação dos vestígios, preservando sua integridade para o exame e sua validade em juízo.
Os EPIs mais comuns para atividades periciais incluem luvas descartáveis (látex, nitrila), máscaras (cirúrgicas ou respiradores), óculos de proteção, toucas, macacões descartáveis, protetores faciais e botas impermeáveis. Cada material coletado pode exigir uma combinação distinta de equipamentos: vestígios biológicos demandam macacão, luvas e máscara; produtos químicos agressivos pedem acréscimo de óculos e, em alguns casos, respiradores específicos.
“A ausência ou uso inadequado de EPI pode resultar em contaminação do vestígio e colocar em risco a saúde do perito, invalidando toda a cadeia de custódia.”
No momento da coleta, as luvas devem ser trocadas a cada novo vestígio ou grupo de vestígios, evitando a chamada contaminação cruzada entre materiais distintos. O cuidado na colocação e remoção dos EPIs também deve ser observado para não transferir resíduos biológicos ou químicos das superfícies para o perito ou para outros objetos.
- Luvas: trocá-las sempre que passar de um local/vestígio para outro.
- Máscaras: usar de forma ajustada para evitar inalação de partículas, vapores ou respingos.
- Óculos e proteção facial: fundamentais em casos de fragmentos, produtos corrosivos ou risco de projeções.
- Macacão e touca: reduzem risco de queda de fios de cabelo e descamação de pele sobre vestígios sensíveis.
- Botas e capas protetoras: evitam exposição direta a líquidos e substâncias contaminantes presentes no solo.
O emprego correto dos EPIs demonstra não apenas zelo técnico, mas também respeito à saúde ocupacional e à legislação vigente (NR-6 e normas do Ministério da Justiça). Eles devem ser utilizados em todo o processo — desde a entrada no local de crime, passando pela coleta, até a finalização do acondicionamento e saída do ambiente insalubre ou hostil.
Vestígios que chegam ao laboratório sem confirmação do uso de EPI durante a coleta podem ter sua credibilidade questionada, fragilizando laudos e decisões judiciais.
Em operações complexas, com múltiplos peritos atuando simultaneamente, o uso correto e conjunto de EPIs é ponto de verificação obrigatório, servindo para auditar rotinas e garantir que erros individuais não comprometam todo o trabalho pericial.
- Estabeleça um protocolo de descarte seguro dos EPIs utilizados.
- Requisite reposição frequente dos estoques e fiscalize a qualidade dos materiais fornecidos.
- Orientações e manuais de biossegurança devem integrar o treinamento de todo perito iniciante.
Questões: Uso de equipamentos de proteção individual
- (Questão Inédita – Método SID) O uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs) é fundamental durante a coleta pericial, pois protege o perito contra riscos e assegura a integridade dos vestígios coletados.
- (Questão Inédita – Método SID) Equipamentos como macacões e luvas devem ser usados sempre que o perito manipular vestígios biológicos, independentemente da natureza da coleta.
- (Questão Inédita – Método SID) Durante a coleta de vestígios, é aceitável que um perito utilize o mesmo par de luvas para manusear diferentes amostras, desde que não haja risco de contaminação cruzada entre elas.
- (Questão Inédita – Método SID) O uso de EPIs, como óculos de proteção e respiradores, é recomendado principalmente em situações em que há risco de exposição a produtos químicos agressivos ou partículas perigosas.
- (Questão Inédita – Método SID) O protocolo de descarte dos EPIs utilizados durante a coleta pericial deve seguir orientações específicas para garantir que não haja riscos de contaminação após o término da investigação.
- (Questão Inédita – Método SID) As diretrizes sobre o uso de EPIs em atividades periciais englobam a necessidade de treinamento constante para que todos os peritos estejam preparados a manusear as ferramentas de proteção de forma eficaz.
Respostas: Uso de equipamentos de proteção individual
- Gabarito: Certo
Comentário: A utilização correta de EPIs é imprescindível para prevenir contaminação e proteger a saúde do perito, garantindo a validade dos vestígios em processos judiciais.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: O uso dos equipamentos deve ser adequado ao tipo de vestígio a ser coletado; em caso de vestígios biológicos, é necessário o uso de macacão, luvas e máscara conforme a situação.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: As luvas devem ser trocadas após cada novo vestígios para evitar a contaminação cruzada, sendo essa uma prática essencial em procedimentos periciais.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: É essencial o uso de óculos e respiradores em situações de risco, uma vez que estes equipamentos minimizam a exposição do perito a substâncias nocivas e previnem acidentes.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: Estabelecer um protocolo seguro para o descarte dos EPIs é fundamental para a segurança do ambiente pericial e para evitar a propagação de contaminantes.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Certo
Comentário: O treinamento que integra orientações de biossegurança é vital para que os peritos compreendam e sigam as diretrizes de uso correto dos EPIs, protegendo tanto a saúde deles quanto a integridade dos vestígios.
Técnica SID: SCP
Prevenção de contaminação cruzada
A prevenção de contaminação cruzada é vital para garantir que os vestígios coletados em uma cena de crime permaneçam puros e individualizados. Contaminar cruzadamente significa transferir traços ou resíduos de um vestígio para outro, voluntária ou involuntariamente, comprometendo a validade analítica e jurídica do material que será examinado posteriormente no laboratório.
Muitos equívocos ocorrem por falta de atenção a detalhes simples. Trocar as luvas apenas ao final do procedimento, manipular mais de um vestígio com o mesmo instrumento ou acondicionar materiais em embalagens já utilizadas são atitudes que aumentam de forma crítica o risco de mistura de material genético, químico ou físico entre evidências distintas.
“A confiabilidade da prova pericial depende da separação absoluta entre vestígios desde o momento da coleta.”
- Trocar luvas e instrumentos (pinças, swabs, espátulas) antes de cada novo vestígio ou local.
- Utilizar apenas recipientes e envelopes limpos e exclusivos, de preferência estéreis, para cada evidência individualizada.
- Evitar contato direto entre diferentes tipos de vestígios no mesmo plano de trabalho.
- Lacragem e etiquetagem imediata, sem manter materiais abertos lado a lado durante a triagem.
Atenção especial deve ser dada a materiais biológicos (sangue, saliva, cabelos), vestígios latentes (impressões digitais, resíduos químicos) e fragmentos que podem carrear partículas de outros vestígios. O perito deve, também, organizar a sequência da coleta de modo a começar pelos materiais mais frágeis e facilmente degradáveis, reduzindo o tempo de exposição ao ambiente e de manipulação.
O descarte dos EPIs usados em cada coleta deve acontecer em recipiente próprio e imediatamente após o procedimento, evitando a circulação do perito na cena com luvas ou instrumentos contaminados. Se possível, cada vestígio deve ser acondicionado por um perito diferente ou em etapas separadas.
Se houver dúvida sobre possível contaminação, é obrigatório registrar no laudo o fato, detalhando todos os procedimentos feitos para minimizar o risco.
- Analisar visualmente as superfícies de contato antes e depois de cada coleta.
- Orientar a equipe de apoio sobre a importância do trabalho limpo e segmentado.
- Reservar espaço físico distinto para armazenamento temporário dos diversos recipientes.
O controle rigoroso da prevenção contra a contaminação cruzada valoriza não apenas o resultado do exame, mas protege toda a credibilidade do processo pericial — beneficiando a Justiça e a sociedade como um todo.
Questões: Prevenção de contaminação cruzada
- (Questão Inédita – Método SID) A contaminação cruzada refere-se à transferência de traços ou resíduos de um vestígio para outro, o que pode comprometer a validade dos materiais analisados em procedimentos periciais.
- (Questão Inédita – Método SID) Trocar as luvas apenas ao final do procedimento pericial é uma prática adequada para a coleta de vestígios, pois garante que os resíduos não sejam transferidos entre os diferentes vestígios.
- (Questão Inédita – Método SID) A manipulação de diferentes vestígios com o mesmo instrumento, como pinças ou espátulas, é uma prática que pode aumentar o risco de mistura de materiais e comprometer as análises laboratoriais.
- (Questão Inédita – Método SID) A coleta de vestígios deve sempre ser iniciada pelos materiais mais resistentes, permitindo que os mais frágeis sejam manuseados posteriormente.
- (Questão Inédita – Método SID) A lacragem e etiquetagem dos materiais coletados deverão ser realizadas imediatamente após a coleta, a fim de garantir a integridade dos vestígios e evitar contaminações.
- (Questão Inédita – Método SID) Caso haja dúvidas sobre a contaminação de um vestígio durante a coleta, é desnecessário registrar no laudo os procedimentos adotados para minimizar os riscos de contaminação.
Respostas: Prevenção de contaminação cruzada
- Gabarito: Certo
Comentário: A contaminação cruzada é, de fato, a transferência indesejada de vestígios, o que compromete a integridade dos exames periciais. Manter a pureza dos vestígios é essencial para a validade técnica e jurídica dos resultados.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: Trocar luvas antes de cada novo vestígios é fundamental para evitar a contaminação cruzada. Falar que a troca apenas ao final é adequada desconsidera a necessidade de manter cada evidência isolada durante todo o processo.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: Utilizar o mesmo instrumento para diferentes vestígios aumenta significativamente o risco de contaminação cruzada, tornando a análise de cada evidência menos confiável e válida.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: Os materiais mais frágeis e facilmente degradáveis devem ser coletados primeiro. Iniciar pela coleta de materiais mais resistentes poderá comprometer a integridade das evidências mais delicadas.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Certo
Comentário: A etiquetagem e lacragem imediata são práticas essenciais para garantir que os vestígios permaneçam separados e livres de contaminação cruzada, mantendo a credibilidade e validade da prova pericial.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: Registrar qualquer dúvida sobre contaminação no laudo é obrigatório, detalhando os procedimentos adotados, pois isso assegura a transparência e a validade do processo pericial.
Técnica SID: PJA
Ordem e prioridade na coleta
Definir ordem e prioridade na coleta de vestígios é indispensável para assegurar que as evidências mais frágeis, sujeitas à degradação ou contaminação, sejam preservadas e aproveitadas ao máximo no exame pericial. A sequência das etapas nunca é arbitrária; cada cena de crime demanda avaliação do que pode ser perdido primeiro caso a cena seja alterada.
No protocolo técnico, recomenda-se iniciar sempre pelos vestígios mais frágeis e perecíveis — exemplificando: resíduos biológicos, impressões digitais latentes, fragmentos de vidro soltos ou marcas de pegadas em solo úmido. Caso haja fluxo de pessoas, vento, chuva ou condições ambientais desfavoráveis, a urgência se intensifica ainda mais, e a coleta desses materiais deve prevalecer sobre exames menos sensíveis.
“Ordem de coleta é o critério que prioriza a integridade dos vestígios mais suscetíveis à perda ou modificação, sendo ponto central do planejamento pericial.”
Após os vestígios frágeis, colhem-se materiais de média resistência, como estojos, projéteis e fragmentos não expostos às intempéries. Por último, retiram-se evidências robustas, como armas de fogo, objetos fixos e documentos em local seguro. Essa estratégia protege o valor probatório do material e preserva a sequência lógica dos fatos a serem reconstruídos.
- Sangue líquido, saliva e fluidos orgânicos: coletar imediatamente, pois evaporam ou degradam rápido.
- Impressões digitais em superfícies expostas: levantar antes de movimentar objetos ou abrir portas/janelas.
- Fragmentos frágeis: isolar área e priorizar coleta para evitar dispersão por vento, chuva ou contato.
- Armas, projéteis e estojos: coletar após vestígios biológicos ou rastros latentes, garantindo que suas superfícies não sejam manipuladas previamente.
- Documentos, objetos volumosos e peças robustas: tratar por último, evitando deslocamentos prematuros que podem alterar a cena.
Se houver necessidade de interromper a coleta por questões de segurança ou restrição legal, o perito deve registrar detalhadamente a condição dos vestígios ainda remanescentes e explicar, no laudo, o motivo da interrupção, preservando a transparência da análise.
Vestígios coletados fora da ordem recomendada correm risco elevado de perda, contaminação cruzada ou inutilidade no processo pericial.
Com planejamento, diálogo com a equipe e análise dos riscos ambientais e circunstanciais, a ordem e a prioridade na coleta tornam-se uma poderosa ferramenta para garantir a máxima eficácia da investigação forense e a robustez da prova técnica apresentada à Justiça.
Questões: Ordem e prioridade na coleta
- (Questão Inédita – Método SID) A preservação das evidências mais frágeis na coleta pericial é considerada fundamental para que os vestígios sejam aproveitados adequadamente durante o exame técnico.
- (Questão Inédita – Método SID) A coleta de vestígios robustos, como armas e objetos fixos, deve ser iniciada antes da coleta de vestígios mais frágeis, como impressões digitais e fluidos orgânicos.
- (Questão Inédita – Método SID) Em situações de condições ambientais desfavoráveis, como chuva ou vento, a coleta de vestígios fragilizados torna-se ainda mais urgente, devendo ser priorizada sobre exames menos sensíveis.
- (Questão Inédita – Método SID) A interrupção da coleta de vestígios, quando necessária por segurança ou restrições legais, deve ser documentada pelo perito para garantir a transparência na análise dos materiais remanescentes.
- (Questão Inédita – Método SID) A coleta de documentos ou objetos volumosos deve ser realizada antes da coleta de estojos e projéteis, devido à sua maior robustez.
- (Questão Inédita – Método SID) A ordem de coleta dos vestígios geralmente é aleatória, adaptando-se a cada necessidade específica da cena do crime.
Respostas: Ordem e prioridade na coleta
- Gabarito: Certo
Comentário: A proteção dos vestígios mais frágeis é crucial, pois sua degradação pode comprometer a análise técnica e a validade probatória. A ordem de coleta deve priorizar esses materiais para assegurar sua integridade.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: A ordem correta a ser seguida é coletar primeiramente os vestígios mais frágeis, que são suscetíveis à degradação, antes de realizar a coleta de evidências mais robustas. A sequência correta é essencial para garantir a preservação das provas.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: A urgência na coleta de vestígios frágeis, em função de condições adversas, é uma diretriz que visa prevenir a perda ou contaminação de provas, assegurando, assim, a eficiência da análise forense.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: É obrigação do perito registrar as condições dos vestígios que não puderam ser coletados e justificar a interrupção, preservando assim a clareza e a integridade do laudo pericial.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: A coleta deve se iniciar pelos vestígios mais frágeis, seguindo a ordem correta para evitar prejuízos na análise técnica. Objetos volumosos e documentos devem ser coletados por último para não afetar as evidências mais vulneráveis.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: A ordem de coleta não é arbitrária; ela deve seguir um protocolo específico que prioriza a integridade dos vestígios mais suscetíveis à degradação, garantindo uma abordagem sistemática na investigação forense.
Técnica SID: PJA
Restrições de acondicionamento
O acondicionamento correto dos vestígios vai além de escolher uma embalagem apropriada: é preciso respeitar restrições técnicas fundamentais para não comprometer a utilidade do material coletado. Diversos vestígios possuem limitações quanto ao tipo de recipiente, ao controle de temperatura ou à exposição a fatores ambientais, sob risco de degradação, alteração de composição ou inutilização total para exame pericial.
Materiais biológicos, como sangue ou saliva, nunca devem ser acondicionados em sacos plásticos, especialmente se úmidos. O plástico impede a evaporação da umidade, criando ambiente ideal para proliferação de fungos e acelerando o processo de decomposição do DNA. Opte sempre por envelopes de papel apropriado, permitindo aeração, ou tubos plásticos estéreis no caso de amostras secas ou líquidas devidamente protegidas.
“A restrição clássica é: nunca embale amostras biológicas úmidas em recipientes plásticos fechados.”
Produtos químicos voláteis, reagentes ou substâncias corrosivas devem ser acondicionados apenas em frascos compatíveis, hermeticamente fechados e devidamente rotulados, evitando vazamentos e contaminações acidentais. Substâncias incompatíveis jamais podem ser armazenadas juntas: misturar ácidos com materiais orgânicos ou bases fortes pode gerar reações perigosas e destruição das evidências.
- Não coloque diferentes vestígios em um mesmo envelope ou frasco, mesmo que de mesma natureza.
- Vidros, metais e fragmentos rígidos devem ser envolvidos em papel limpo ou embalados em caixas rígidas separadas, nunca a granel em sacos.
- Equipamentos eletrônicos precisam de embalagens antieletrostáticas ou caixas ajustadas, longe de campos magnéticos, calor e umidade.
- Amostras líquidas exigem frascos estéreis, vedações eficientes e, se necessário, refrigeração controlada.
- Evite o uso de embalagens reutilizadas que possam portar resíduos ou odores de materiais anteriores.
É obrigatória a lacração imediata dos recipientes após o acondicionamento, visando impedir adulterações e respeitar a integridade da cadeia de custódia. Cada recipiente deve receber etiqueta individualizada, com informações completas e sem rasuras, registrando inclusive qualquer restrição especial adotada.
Vestígio inadequadamente acondicionado poderá ser recusado para exame pelo laboratório, gerando prejuízos irreversíveis ao esclarecimento do crime.
O respeito absoluto às restrições de acondicionamento demonstra o domínio técnico do perito, protege a validade do laudo e assegura a lisura de todo o procedimento pericial perante o Judiciário e a sociedade.
Questões: Restrições de acondicionamento
- (Questão Inédita – Método SID) A retenção da integridade de amostras biológicas depende do acondicionamento correto, sendo proibido o uso de sacos plásticos para armazenar sangue ou saliva, mesmo que secos.
- (Questão Inédita – Método SID) Produtos químicos voláteis devem ser acondicionados em frascos hermeticamente fechados e rotulados para evitar contaminações e vazamentos, podendo ser armazenados juntos em recipientes apropriados.
- (Questão Inédita – Método SID) O manuseio inadequado de vestígios pode levar à sua recusa em exame laboratorial, o que pode comprometer a elucidação de um crime, destacando a importância da embalagem correta.
- (Questão Inédita – Método SID) A lacração imediata das amostras após o acondicionamento é um procedimento opcional, que pode ser realizado posteriormente pelo perito.
- (Questão Inédita – Método SID) Ao acondicionar fragmentos rígidos, estes devem ser embalados em sacos plásticos, pois isso proporciona maior proteção contra danos.
- (Questão Inédita – Método SID) O acondicionamento de amostras líquidas deve garantir que os frascos sejam estéreis e devidamente vedados, além de, quando necessário, a refrigeração controlada para preservar sua integridade.
Respostas: Restrições de acondicionamento
- Gabarito: Errado
Comentário: O acondicionamento de amostras biológicas, como sangue e saliva, em sacos plásticos é contraindicada principalmente quando estão úmidas, pois isso favorece a propagação de fungos e a decomposição do DNA. Sacos plásticos não devem ser usados, especialmente em condições inadequadas de umidade.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: É fundamental que produtos químicos voláteis e substâncias corrosivas sejam armazenados em frascos compatíveis e hermeticamente fechados, mas nunca juntos se forem incompatíveis, já que misturas podem causar reações perigosas. O acondicionamento deve sempre respeitar a natureza dos materiais.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: O acondicionamento inadequado de vestígios pode, de fato, resultar na recusa destes para exame pelo laboratório, o que gera consequências irreversíveis para a investigação criminal. A aparência e integridade da amostra são essenciais para que provas sejam aceitáveis durante o processo judicial.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: A lacração imediata dos recipientes após o acondicionamento é obrigatória para garantir a integridade da cadeia de custódia e prevenir adulterações. Essa prática é essencial e não opcional, pois mantém a segurança e validade das evidências coletadas.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: Fragmentos rígidos, como vidros e metais, devem ser acondicionados corretamente, mas nunca em sacos plásticos. É necessário envolver esses materiais em papel limpo ou usar embalagens rígidas e separadas, a fim de evitar que se danifiquem ou causem contaminação.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: Para amostras líquidas, é essencial que o acondicionamento utilize frascos estéreis e com vedações eficientes, além de garantir a refrigeração controlada quando necessário, a fim de preservar a integridade do material para exames periciais.
Técnica SID: PJA
Exemplo prático: coleta em local de homicídio
Sequência operacional na cena
A atuação da equipe pericial em um local de homicídio deve seguir uma sequência operacional orientada por rigor técnico e disciplina, a fim de proteger vestígios frágeis e garantir a reconstrução dos fatos com máxima fidelidade. Tudo começa com a confirmação do isolamento e preservação do local, seguido pelo planejamento conjunto das ações entre peritos, delegados e equipes de apoio.
O passo inicial é o registro visual da cena — com fotografias panorâmicas, médias e de detalhe, além da confecção de croquis, garantindo que todos os ângulos, posição do corpo e objetos de interesse estejam documentados antes de qualquer movimentação.
“Nenhum vestígio deve ser removido ou alterado antes do registro fotográfico e croqui detalhado da cena.”
Definidas as zonas relevantes (área de interesse imediato e perímetro de segurança), a coleta se inicia pelos vestígios mais frágeis: impressões digitais latentes em portas, janelas, móveis ou objetos próximos ao corpo. Em seguida, são colhidos fluidos biológicos (sangue, saliva), indicando dinâmica do evento e posicionamento da vítima ou agressor.
- Coleta de impressões digitais — revelação, levantamento com fita adesiva e fixação em cartão identificado.
- Coleta de sangue — swabs estéreis, secagem adequada e acondicionamento.
Posteriormente, procede-se à retirada de projéteis, estojos, fragmentos de vidro ou outros materiais perdidos pela cena, utilizando pinças e acondicionamento individualizado, sempre fotos de cada vestígio in situ. Armas de fogo, por sua vez, são manuseadas com luvas, descarregadas se necessário e acondicionadas separadamente, protegendo impressões, resíduos e microvestígios.
- Projéteis e estojos — recolhidos com pinça, embalados separados e etiquetados.
- Armas de fogo — evitar contato com superfícies funcionais e embalar em caixa rígida.
Após concluída cada coleta, as etiquetas de identificação são preenchidas e os dados lançados nos formulários da cadeia de custódia, relatando horários, condições e nomes dos responsáveis. Todas as etapas devem ser descritas em laudo pormenorizado, inclusive eventuais restrições ou dificuldades encontradas no ambiente, como alteração do local por terceiros ou presença de agentes ambientais (chuva, iluminação inadequada).
O respeito à ordem operacional e aos registros detalhados ampara a validade da prova pericial e a robustez da investigação criminal.
O fechamento da sequência envolve dupla checagem de todos os pontos da cena, conferência dos recipientes, lacração e encaminhamento ao laboratório de análise, encerrando o ciclo da atuação pericial no local de homicídio.
- Revisão final do ambiente levantando vestígios residuais.
- Confirmação de lacres e etiquetas antes do transporte dos materiais.
- Comunicação de conclusão à autoridade policial responsável.
Questões: Sequência operacional na cena
- (Questão Inédita – Método SID) A atuação da equipe pericial em um local de homicídio deve sempre começar pelo registro visual da cena, que envolve a coleta de impressões digitais antes de qualquer movimentação.
- (Questão Inédita – Método SID) Durante a coleta em um local de homicídio, os fluidos biológicos devem ser coletados antes de realizar qualquer levantamento de vestígios físicos, como projéteis ou armas de fogo.
- (Questão Inédita – Método SID) O isolamento e preservação do local de um crime são etapas essenciais que estabelecem os limites da cena e ajudam a proteger vestígios frágeis da degradação.
- (Questão Inédita – Método SID) Na coleta de projéteis e estojos, é aceitável manusear esses materiais com as mãos nuas, desde que estejam em local visível.
- (Questão Inédita – Método SID) Após a coleta dos vestígios em um local de homicídio, é necessário preencher as etiquetas de identificação e lançar os dados nos formulários da cadeia de custódia imediatamente antes de qualquer lacração dos materiais.
- (Questão Inédita – Método SID) O fechamento da sequência operacional na cena de um homicídio envolve uma revisão final para garantir que nenhum vestígio residual tenha sido deixado para trás.
Respostas: Sequência operacional na cena
- Gabarito: Certo
Comentário: O registro visual da cena é um passo inicial fundamental que deve ocorrer antes da coleta de qualquer vestígio, garantindo que todas as evidências estejam documentadas. Essa técnica é essencial para preservar a integridade da cena do crime.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: A coleta deve iniciar-se pelos vestígios mais frágeis, como impressões digitais, antes de passar para fluidos biológicos. Essa ordem é crucial para evitar a sua contaminação e garantir a evidência da cena do crime.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: O isolamento do local é uma medida de segurança que permite a proteção dos vestígios presentes, essencial para garantir a validade da prova pericial. Essa etapa deve ser realizada antes de qualquer coleta de evidências.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: É fundamental utilizar pinças para a coleta de projéteis e estojos, evitando o contato direto com as mãos. Isso ajuda a preservar as impressões e microvestígios que podem ser valiosos para a investigação.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: As etiquetas de identificação e os dados da cadeia de custódia devem ser preenchidos após a conclusão de cada coleta e antes do fechamento e lacração dos materiais, garantindo organização e rastreabilidade das evidências.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Certo
Comentário: A revisão final do ambiente é uma etapa crítica para confirmar que todos os vestígios foram coletados e que a cena está devidamente preparada para o transporte dos materiais. Esta prática é necessária para assegurar a integridade da prova pericial.
Técnica SID: PJA
Registro, coleta e identificação dos vestígios
O registro, a coleta e a identificação dos vestígios em local de homicídio formam uma tríade fundamental para a validade técnico-científica e jurídica de toda a investigação criminal. O primeiro passo é sempre o registro prévio: cada vestígio é documentado com fotos panorâmicas e de detalhe, croquis do ambiente e anotações detalhadas, sempre antes de qualquer retirada ou movimentação.
Durante o registro, o perito aponta a localização, estado e contexto do vestígio, utilizando escalas métricas, legendas e ângulos distintos para não deixar dúvidas quanto à posição original do material na cena. É comum o uso de placas ou marcadores numerados de fácil visualização, associados a cada evidência a ser coletada.
- Fotografias panorâmicas do ambiente, posicionando cada vestígio no contexto da cena.
- Detalhes fotográficos, sempre acompanhados de régua padronizada e marcador numérico.
- Croquis detalhado indicando a posição dos principais vestígios.
A coleta efetiva só ocorre após o registro completo. O perito utiliza instrumentos apropriados – swabs, pinças, envelopes limpos, caixas rígidas – conforme a natureza do vestígio. Cada item é manipulado o mínimo possível e embalado individualmente para evitar contaminação cruzada. Amostras líquidas são colhidas com pipetas ou aplicadores estéreis, enquanto fragmentos sólidos recebem proteção extra para não se perderem ou quebrarem no transporte.
A identificação finaliza o ciclo inicial da cadeia de custódia: cada recipiente recebe etiqueta padronizada contendo número sequencial, descrição precisa, local exato de coleta, data, hora e identificação do perito responsável. O mesmo código é lançado nos formulários de controle da perícia, criando vínculo inquebrável entre vestígio físico e documentação.
“Sem registro e identificação completos, qualquer vestígio poderá ser recusado como prova válida em juízo.”
- Preencher etiquetas e formulários imediatamente após o acondicionamento.
- Lacrar os recipientes com selo inviolável assim que possível.
- Registrar eventual dificuldade ou alteração na coleta, transcrevendo nos relatórios e laudos.
Esse rigor na rotina de registro, coleta e identificação permite que o vestígio percorrra, sem riscos de invalidade, toda a cadeia de procedimentos laboratoriais e judiciais necessários para transformar indícios materiais em elementos de prova técnica sólida.
Questões: Registro, coleta e identificação dos vestígios
- (Questão Inédita – Método SID) O registro dos vestígios em uma cena de crime deve ser realizado antes de qualquer movimentação ou coleta, garantindo que a localização e o estado dos vestígios sejam documentados de forma precisa.
- (Questão Inédita – Método SID) No processo de coleta de vestígios, a utilização de marcadores numerados é uma prática que visa esclarecer a posição original e o contexto de cada evidência no local da ocorrência.
- (Questão Inédita – Método SID) A coleta dos vestígios ocorre simultaneamente ao registro, utilizando qualquer tipo de material disponível para evitar perda de evidências.
- (Questão Inédita – Método SID) A identificação dos vestígios finaliza a cadeia de custódia, onde cada recipiente deve ser etiquetado com dados como local e data de coleta, assegurando a integridade da prova.
- (Questão Inédita – Método SID) O não preenchimento imediato das etiquetas e formulários após a coleta pode comprometer a validade da evidência durante procedimentos judiciários.
- (Questão Inédita – Método SID) Durante a coleta, é permitido usar instrumentos de qualquer tipo, desde que os vestígios sejam transportados sem danos.
Respostas: Registro, coleta e identificação dos vestígios
- Gabarito: Certo
Comentário: O registro dos vestígios é essencial para assegurar a validade técnico-científica da investigação, contendo documentação minuciosa da cena do crime e das evidências encontradas, antes de qualquer manipulação.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: O uso de marcadores numerados auxilia na visualização e identificação das evidências, fundamental para a correta interpretação do contexto em que foram coletadas durante a investigação.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: A coleta dos vestígios deve ocorrer apenas após o registro completo, utilizando instrumentos adequados e respeitando procedimentos que evitem a contaminação ou perda de evidências.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: A correta identificação e etiquetagem dos recipientes são cruciais para manter a relação inquebrável entre os vestígios e sua documentação, essencial para a validade das provas em juízo.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Certo
Comentário: A documentação precisa e instantânea das evidências é fundamental para assegurar que elas sejam reconhecidas como válidas durante o processo judicial, evitando qualquer contestações posteriores.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: A coleta deve ser realizada com instrumentos apropriados para cada tipo de vestígio, respeitando protocolos rigorosos para evitar a contaminação e assegurar a integridade das amostras.
Técnica SID: SCP
Relevância da coleta de vestígios para concursos
Cobrança em provas da Polícia Federal
A importância da coleta de vestígios não se restringe ao âmbito operacional da perícia, mas aparece fortemente nas provas objetivas e discursivas dos concursos da Polícia Federal, principalmente para os cargos de Perito Criminal, Agente Federal e Papiloscopista. Dominar este tema é passo obrigatório para diferenciar-se entre milhares de concorrentes e conquistar uma pontuação de destaque.
As bancas examinadoras procuram cobrar tanto o entendimento teórico dos protocolos quanto a aplicação prática, exigindo do candidato conhecimento detalhado sobre conceitos, etapas e normas que regulam a coleta. Itens sobre ordem de coleta, acondicionamento, cadeia de custódia e identificação do vestígio costumam aparecer de forma recorrente, inclusive sob a forma de pegadinhas semânticas.
“Em provas da Polícia Federal, é comum encontrar questões sobre consequências da violação de procedimentos técnicos na coleta ou sobre a incompatibilidade entre tipos de vestígio e recipientes de acondicionamento.”
Além de perguntas conceituais, os exames apresentam casos práticos: descrevem uma cena, simulam a sequência da coleta ou apresentam laudos e formulários, solicitando que o candidato identifique falhas técnicas ou aponte a conduta correta diante de situações-problema. A aplicação de situações reais, associada ao detalhamento normativo, cobra um olhar atento para pequenas palavras que mudam o sentido da questão.
- Exemplos de temas cobrados:
- Sequência recomendada para coleta em local de homicídio.
- Normas para acondicionamento de vestígios biológicos e impressões digitais.
- Identificação e rotulagem do material coletado.
- Conceito e etapas da cadeia de custódia.
- Falhas e riscos da contaminação cruzada.
Outro ponto frequente é a exigência de conhecimento atualizado em relação a legislações específicas da Polícia Federal, como portarias, manuais internos e procedimentos padronizados exigidos nos concursos. No âmbito discursivo, discute-se não apenas o conceito, mas também exemplos, justificativas técnicas e consequências jurídicas dos erros cometidos no campo.
O candidato aprovado é o que domina tanto a teoria quanto o detalhe prático operacional, interpretando enunciados complexos e reconhecendo o impacto de cada procedimento na validação da prova pericial.
Para se destacar, vale revisar questões anteriores, manter contato com fontes bibliográficas oficiais e praticar a leitura técnica e detalhada, pois pequenas exceções ou normas podem ser o diferencial para acertar as alternativas mais exigentes do certame.
Questões: Cobrança em provas da Polícia Federal
- (Questão Inédita – Método SID) A coleta de vestígios desempenha um papel fundamental não apenas na perícia, mas também nas provas do concurso da Polícia Federal. Para cargos de Perito Criminal, Agente Federal e Papiloscopista, esse tema é essencial para obter uma pontuação satisfatória.
- (Questão Inédita – Método SID) O entendimento sobre a cadeia de custódia não é relevante nas provas da Polícia Federal, pois as questões tendem a se focar exclusivamente em aspectos práticos da coleta de vestígios.
- (Questão Inédita – Método SID) Em relação às normas de acondicionamento, cada tipo de vestígio deve ser armazenado em recipientes adequados, evitando contaminações e garantindo a integridade dos materiais coletados.
- (Questão Inédita – Método SID) Os laudos periciais não são requeridos nas provas de concurso da Polícia Federal, pois as questões se concentram exclusivamente em conhecimentos teóricos e normativos sobre coleta de vestígios.
- (Questão Inédita – Método SID) A sequência de coleta de vestígios em uma cena de crime deve seguir uma ordem lógica e sistemática, sendo crucial para garantir a integridade da prova e a efetividade da investigação.
- (Questão Inédita – Método SID) A falta de conhecimento sobre as consequências da violação de procedimentos técnicos, como a contaminação cruzada, não impacta a validade das provas coletadas por agentes da Polícia Federal.
Respostas: Cobrança em provas da Polícia Federal
- Gabarito: Certo
Comentário: O domínio da coleta de vestígios é crucial para se destacar em provas e concursos, uma vez que esse conhecimento diferencia os candidatos e garante pontuação elevada em questões pertinentes. A relação entre a teoria e a prática é igualmente fundamental para a eficácia do concurso.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: O conhecimento sobre a cadeia de custódia é vital nas provas da Polícia Federal, pois envolve a compreensão das normas e procedimentos exigidos para garantir a integridade e a validade da prova pericial. Ignorar esse aspecto pode levar a lacunas no conhecimento necessário para a aprovação.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Certo
Comentário: O acondicionamento adequado de vestígios é um princípio fundamental na coleta e preservação de evidências periciais, sendo essencial para a validade da investigação. O uso correto dos recipientes ajuda a prevenir contaminações cruzadas e perda de material.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Errado
Comentário: Os laudos periciais são frequentemente abordados nas provas da Polícia Federal, especialmente em situações práticas onde se exige identificar falhas técnicas. Portanto, um candidato deve estar apto a interpretar e compreender a relevância dos laudos no contexto das investigações.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: O respeito à sequência recomendada para a coleta é essencial na investigação criminal, pois evita a contaminação de evidências e assegura que as provas coletadas sejam válidas e confiáveis. Essa ordem é conhecimento fundamental para candidatos aos concursos da Polícia Federal.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: A violação de procedimentos técnicos pode comprometer a validade das evidências e acarretar consequências jurídicas significativas em investigações. Portanto, é crucial que candidatos aos cargos da Polícia Federal estejam cientes dessas implicações para evitar erros que possam prejudicar a investigação.
Técnica SID: PJA
Competências técnicas exigidas
Para atuar na coleta de vestígios com excelência e obter desempenho acima da média em concursos públicos, especialmente na área policial e pericial, é fundamental desenvolver competências técnicas bem delimitadas. Tais competências envolvem conhecimento teórico, aplicação prática e domínio de protocolos oficiais, que são avaliados com rigor pelas bancas examinadoras.
Primeiramente, o candidato deve conhecer os fundamentos conceituais do processo pericial: diferenciação entre coleta, preservação, acondicionamento e documentação. Reconhecer as etapas, dosagem dos riscos e justificativa das escolhas técnicas é ponto alto das provas. O domínio dos manuais da Polícia Federal e instruções normativas faz toda diferença.
- Identificação dos tipos de vestígios (biológicos, físicos, químicos, digitais etc.).
- Relacionamento entre o vestígio, o local de crime e a cadeia de custódia.
- Domínio dos procedimentos adequados para registro fotográfico, croqui, coleta, embalagem e etiquetagem.
- Uso correto de EPIs, minimizando riscos para si e para a prova.
- Prevenção rigorosa da contaminação cruzada.
- Escolha e justificativa do acondicionamento ideal para cada material.
Discernir quando utilizar envelopes de papel, tubos plásticos ou caixas rígidas, saber quando e como trocar instrumentos, identificar materiais incompatíveis com determinadas embalagens, tudo isso exemplifica a competência operacional que a banca exige.
Candidato tecnicamente competente é aquele capaz de justificar as razões e consequências de cada escolha, inclusive em situações de exceção ou adversidade na cena do crime.
Além do conhecimento normativo, destacam-se competências de análise crítica e decisão sob pressão: priorizar vestígios frágeis, redigir laudos objetivos, lançar informações completas em etiquetas e formulários, explicar ações em laudo ou resposta discursiva.
- Capacidade de solucionar casos-práticos a partir de cenários simulados em prova.
- Atenção a detalhes: horários, identificação do coletor, descrição minuciosa.
- Diferenciar erros de coleta gravíssimos de meros deslizes burocráticos, apontando o que compromete a validade processual.
Exceder o básico, dominando o processo de ponta a ponta, torna o candidato referência para a banca e o mercado. O futuro perito, agente ou investigador deve apresentar perfil técnico pró-ativo, preparado tanto para executar quanto para justificar tecnicamente suas decisões, inclusive diante de imprevistos em campo.
Em concursos atuais, não basta memorizar etapas: é preciso demonstrar raciocínio técnico, justificativa fundamentada e atualização segundo os manuais e legislações mais recentes.
Questões: Competências técnicas exigidas
- (Questão Inédita – Método SID) Para a execução da coleta de vestígios no contexto pericial, é imprescindível que o candidato tenha um conhecimento sólido sobre as fases de coleta, preservação e documentação, podendo assim realizar um trabalho eficaz e em conformidade com os protocolos oficiais.
- (Questão Inédita – Método SID) O registro fotográfico e a elaboração de croquis durante a coleta de vestígios são etapas secundárias que não influenciam a validade da prova em inquéritos policiais.
- (Questão Inédita – Método SID) Um candidato que demonstra habilidade em priorizar vestígios frágeis e em redigir laudos objetivos está evidenciando competências de análise crítica, que são essenciais para o sucesso em condições de alta pressão durante a atuação pericial.
- (Questão Inédita – Método SID) Em um cenário de coleta de vestígios, a escolha do acondicionamento do material deve ser feita com base em protocolos balizados apenas pela experiência do coletor, sem necessidade de considerar as características do material coletado.
- (Questão Inédita – Método SID) Em concursos da área policial, além de dominar os procedimentos normativos, é crucial que o candidato também possua um perfil proativo, sendo capaz de justificar suas escolhas e decisões de forma técnica, principalmente em situações adversas.
- (Questão Inédita – Método SID) A compreensão da distinção entre erros graves de coleta e pequenos deslizes burocráticos é irrelevante para a atuação do perito, pois todos os erros têm o mesmo peso em uma investigação.
- (Questão Inédita – Método SID) O domínio das instruções normativas é secundário, uma vez que as situações de coleta de vestígios dependem principalmente da intuição e improvisação do coletor no local da ocorrência.
Respostas: Competências técnicas exigidas
- Gabarito: Certo
Comentário: A afirmativa está correta, pois o domínio das fases do processo pericial é fundamental para garantir a integridade dos vestígios coletados e a validade das provas em um eventual processo judicial.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: A afirmativa está errada, uma vez que o registro fotográfico e os croquis são essenciais para documentar a cena do crime e garantir a manutenção da cadeia de custódia, podendo impactar diretamente a validade da prova.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: A afirmativa está correta, pois a capacidade de análise crítica, aliada à habilidade de redigir laudos objetivos, permite ao profissional agir de maneira eficiente em situações exigentes, sendo uma competência valorizada nas avaliações de concursos.
Técnica SID: TRC
- Gabarito: Errado
Comentário: A afirmativa está errada, pois a escolha do acondicionamento deve levar em conta as características do material e as orientações dos manuais, sendo essencial para evitar deterioração e contaminação do vestígio.
Técnica SID: SCP
- Gabarito: Certo
Comentário: A afirmativa está correta, pois um candidato proativo que justifica suas decisões tecnicamente evidenciará a maturidade exigida nas avaliações, especialmente em situações complexas que possam surgir durante a coleta pericial.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: A afirmativa está errada, uma vez que a distinção entre erros graves e pequenos deslizes é vital para a avaliação da integridade da prova, impactando diretamente a validade processual e a condução da investigação.
Técnica SID: PJA
- Gabarito: Errado
Comentário: A afirmativa está errada, pois o conhecimento das instruções normativas é fundamental para garantir que os procedimentos de coleta sejam realizados dentro dos padrões estabelecidos, evitando contaminações e comprometimentos das provas.
Técnica SID: SCP