Vestígios físicos: conceito, classificação e importância pericial

Vestígios físicos são elementos essenciais no universo da criminalística, sendo responsáveis por grande parte das provas materiais em investigações de crimes. Eles abrangem desde impressões digitais e marcas de ferramentas, até fragmentos de materiais e objetos inteiros que podem associar pessoas, locais e instrumentos ao delito investigado.

O domínio dos conceitos e das técnicas de análise dos vestígios físicos costuma ser ponto de dificuldade para muitos candidatos, especialmente devido à variedade de exemplos práticos e procedimentos técnicos cobrados em concursos, como os promovidos para a Polícia Federal. Saber identificar, coletar e interpretar esses vestígios é fundamental para responder corretamente as questões, sobretudo na banca CEBRASPE.

Nesta aula, abordaremos os principais tópicos necessários para o entendimento aprofundado do tema, sempre alinhando teoria e prática aplicada ao contexto pericial.

Introdução aos vestígios físicos

Definição e relevância para a criminalística

Vestígios físicos são elementos encontrados em locais, objetos ou pessoas que apresentam características perceptíveis por inspeção direta ou indireta e têm importância fundamental para a investigação criminal. Eles incluem materiais, marcas ou impressões que podem ser observados sem necessidade inicial de métodos químicos ou biológicos. Em termos práticos, esses vestígios facilitam a reconstrução de eventos e a ligação de suspeitos a crimes específicos.

Na criminalística, a identificação, coleta e análise de vestígios físicos consistem em etapas centrais na apuração dos fatos. Esses materiais podem variar bastante, indo de impressões digitais em superfícies até marcas de ferramentas, fragmentos de vidro, resíduos de solo, fios de cabelo, vestígios de tintas e até marcas de calçados ou pneus deixadas em cenas de crime. Sua relevância reside justamente no caráter objetivo: permitem análises técnicas baseadas em propriedades físicas claramente mensuráveis.

Vestígio físico: material ou marca perceptível por características físicas, localizado em ambientes ou objetos ligados ao delito, e cuja análise contribui para a elucidação de crimes.

Imagine o caso de um arrombamento: ao analisar a porta danificada, o perito pode identificar marcas de ferramentas, traços de pintura transferidos ou fragmentos de madeira solta. Cada detalhe desses representa um vestígio físico valioso. Da mesma maneira, fragmentos de vidro encontrados em roupas de suspeitos, ou impressões digitais em armas de fogo, servem como ponto de partida para investigações técnicas robustas.

O estudo dos vestígios físicos permite associar autores, objetos e locais, formando o chamado vínculo material. A análise se baseia em propriedades concretas — dimensão, forma, textura, cor e resistência — que são verificáveis por métodos de inspeção visual, medições com escalas métricas, fotografia forense ou microscopia. Com isso, evita-se a subjetividade, reforçando o valor probatório dessas evidências.

Outro aspecto relevante é a capacidade de os vestígios demonstrarem a dinâmica do acontecimento, esclarecendo a sequência dos fatos em situações complexas. Por exemplo, a direção das marcas de frenagem em um atropelamento, ou o padrão das pegadas em uma cena, muitas vezes indicam movimentação, número de envolvidos ou até mesmo a provável rota de fuga.

  • Impressões digitais: permitem identificar quem teve contato com determinados objetos ou locais.
  • Marcas de ferramental: auxiliam na determinação do instrumento usado em arrombamentos.
  • Fragmentos: resíduos de vidro, tinta ou outros materiais podem vincular suspeitos ao local do crime.
  • Impressões de calçados e pneus: ajudam a esclarecer trajetos, direções e eventuais fugas.

Vestígios físicos, por serem duráveis e normalmente menos sujeitos a alterações rápidas, são frequentemente considerados os mais confiáveis para confirmação de materialidade e identificação de autoria criminosa. Seu correto manuseio, coleta, registro fotográfico e acondicionamento fazem parte dos protocolos essenciais da perícia, pois qualquer falha nessas etapas pode comprometer o valor probatório. Assim, dominar os conceitos e aplicações desse tipo de vestígio tornou-se exigência central em exames e concursos para carreiras policiais e periciais.

Questões: Definição e relevância para a criminalística

  1. (Questão Inédita – Método SID) Vestígios físicos são considerados fundamentais na investigação criminal, pois incluem todos os tipos de materiais e marcas que podem ser observados sem a necessidade de qualquer técnica de análise química ou biológica.
  2. (Questão Inédita – Método SID) A análise de vestígios físicos pode ajudar a esclarecer a sequência de eventos em situações complexas, permitindo que se determine, por exemplo, as direções de frenagem em um atropelamento.
  3. (Questão Inédita – Método SID) Vestígios físicos são considerados mais confiáveis para confirmação de materialidade e identificação de autoria criminosa, pois tendem a ser duráveis e menos suscetíveis a alterações rápidas.
  4. (Questão Inédita – Método SID) A identificação correta de vestígios físicos requer apenas uma inspeção visual, pois todas as características necessárias podem ser vistas diretamente pelo perito.
  5. (Questão Inédita – Método SID) Os vestígios, como impressões de calçados e pneus, podem ajudar não apenas a esclarecer trajetos, mas também a inferir a possível rota de fuga de um suspeito em um crime.
  6. (Questão Inédita – Método SID) A coleta inadequada de vestígios físicos pode comprometer severamente o valor probatório dessas evidências em um processo criminal.

Respostas: Definição e relevância para a criminalística

  1. Gabarito: Errado

    Comentário: Embora os vestígios físicos sejam, de fato, essenciais para a investigação, nem todos podem ser observados sem técnicas de análise. Alguns vestígios podem requerer métodos adicionais para serem analisados adequadamente.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Certo

    Comentário: Os vestígios físicos são cruciais para a compreensão dos eventos, pois as marcas podem indicar a movimentação e a dinâmica dos acontecimentos, como a direção das frenagens.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: A durabilidade e a resistência dos vestígios físicos contribuem para seu valor probatório, tornando-os evidências essenciais em investigações criminais.

    Técnica SID: SCP

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: A identificação de vestígios físicos muitas vezes necessita de técnicas adicionais, como medições e análise microscópica, além da inspeção visual.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Certo

    Comentário: Vestígios como impressões de calçados e pneus são úteis para rastrear movimentos de criminosos e estabelecer contextos sobre como os crimes ocorreram.

    Técnica SID: PJA

  6. Gabarito: Certo

    Comentário: O manuseio e a coleta corretos são essenciais, pois falhas podem resultar na contaminação ou perda de integridade dos vestígios, prejudicando a investigação.

    Técnica SID: PJA

Exemplos introdutórios de aplicação

O entendimento prático sobre vestígios físicos ganha vida à medida que estudantes e profissionais analisam situações reais em que esses elementos desempenham papel fundamental. Para começar, imagine um furto em residência: ao chegar ao local, o perito se depara com uma janela quebrada, fragmentos de vidro dispersos e marcas aparentes de ferramenta na moldura. Cada componente observado constitui um vestígio físico essencial para a investigação.

Esses vestígios, como fragmentos de vidro na entrada ou pequenas impressões digitais em uma superfície polida, viabilizam perguntas importantes: de que instrumento provieram as marcas? As digitais correspondem ao morador ou sugerem a presença de outro indivíduo? O objetivo aqui é demonstrar que, mesmo detalhes aparentemente simples, podem servir de elo entre o suspeito e a cena do crime.

Fragmentos de materiais como vidro, tinta, solo ou fibras são frequentemente encontrados em casos de arrombamento, colisão veicular e furtos, cada qual com potencial de individualizar materiais e vincular pessoas a locais ou objetos específicos.

Em um caso de atropelamento com fuga, por exemplo, pedaços do farol do veículo encontrados junto ao corpo da vítima podem ser coletados e posteriormente comparados com automóveis identificados na região, buscando similaridade de composição e estrutura.

Outro exemplo clássico envolve marcas de ferramentas. Se para abrir um cofre um criminoso utilizou um pé-de-cabra, a comparação entre as marcas deixadas no equipamento e as ranhuras presentes na ferramenta apreendida é um dos caminhos mais diretos para confirmar sua utilização no crime. Isso evidencia a importância de coletar, comparar e mensurar até os menores danos, arranhões ou deformidades.

  • Impressões digitais deixadas em armas de fogo: permitem identificar o possível manejador, vinculando o objeto ao autor do delito.
  • Pegadas em solo úmido: a análise pode indicar modelo e tamanho do calçado, além de mostrar a direção da fuga.
  • Fragmentos de tinta após colisão: são essenciais na identificação de veículos envolvidos em acidentes, especialmente quando utilizados em associação com laudos técnicos.
  • Marcas de mordida em alimentos ou pessoas: possibilitam o uso da odontologia legal para identificação de envolvidos.

No contexto da Polícia Federal, a perícia frequentemente emprega vestígios de ordem física para elucidar crimes ambientais, tráfico de drogas, roubos a banco e acidentes de trânsito. Imagine a seguinte situação: após um roubo a caixa eletrônico utilizando maçarico, restos de metal fundido e marcas térmicas na estrutura orientam a equipe pericial na escolha dos exames e na busca por ferramentas que possam ter sido empregadas.

Casos simples, como o encontro de resíduos de solo em calçados de um suspeito, também exemplificam a importância dos vestígios físicos. A comparação entre o solo recolhido e o presente na cena pode reforçar a vinculação daquele indivíduo ao local do delito.

Vestígios físicos — quando bem preservados, documentados e analisados — possuem valor probatório objetivo e são indispensáveis para comprovação da materialidade e auxílio na identificação de autoria.

Perceba que a variedade de aplicações vai além das cenas clássicas de crimes violentos. Seja na análise de fragmentos de vidro em acidentes veiculares, nas impressões digitais extraídas de bilhetes usados em fraudes ou nas marcas de ferramentas identificadas após tentativa de arrombamento, o correto entendimento e uso dos vestígios físicos fortalecem todo o processo investigativo.

Questões: Exemplos introdutórios de aplicação

  1. (Questão Inédita – Método SID) O exame de vestígios físicos, como fragmentos de vidro e marcas de ferramentas, é essencial para vincular indícios a um crime específico e potencialmente identificar o criminoso.
  2. (Questão Inédita – Método SID) Fragmentos de tinta encontrados em uma cena de acidente veicular não possuem relevância para a identificação dos veículos envolvidos, uma vez que podem ser considerados meros resíduos.
  3. (Questão Inédita – Método SID) A presença de impressões digitais em armas de fogo pode ser utilizada para identificar o autor de um crime, estabelecendo uma ligação clara entre o objeto e seu manipulador.
  4. (Questão Inédita – Método SID) Em um caso de atropelamento, a presença de peças do veículo na cena pode ser descartada como evidência devido à sua possível associação com outros eventos não relacionados.
  5. (Questão Inédita – Método SID) A comparação de solo encontrado em calçados de um suspeito durante uma investigação pode ajudar a ligar o indivíduo ao local do crime.
  6. (Questão Inédita – Método SID) Em investigações, as marcas de ferramentas deixadas em objetos danificados não são relevantes, pois não proporcionam informação valorosa sobre a ferramenta utilizada.

Respostas: Exemplos introdutórios de aplicação

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: Vestígios físicos, como fragmentos de vidro ou marcas em ferramentas, desempenham um papel crucial na investigação criminal, pois podem conectar um suspeito à cena do crime e evidenciar sua presença. Isso demonstra a importância da análise meticulosa desses vestígios para elucidação dos fatos.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: Os fragmentos de tinta são fundamentais na análise de acidentes, pois podem ser usados para identificar os veículos implicados, especialmente quando analisados em conjunto com laudos técnicos. Portanto, sua relevância não pode ser subestimada.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: Impressões digitais são uma forma direta de vincular um indivíduo ao uso de uma arma de fogo, pois podem ser comparadas com bases de dados ou coletadas em cena do crime para confirmar a autoria. Assim, elas têm um papel crucial em investigações.

    Técnica SID: SCP

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: Adicionalmente, peças do veículo, como faróis, encontrados na cena de atropelamento são elementos chave que podem ser analisados para identificar o veículo responsável, tornando-se, portanto, evidências significativas no caso.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Certo

    Comentário: A análise do solo pode ser crucial para estabelecer uma ligação entre um suspeito e a cena do crime, evidenciando a importância dos vestígios físicos na investigação. Esse método é uma prática comum em varreduras periciais.

    Técnica SID: PJA

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: As marcas de ferramentas são fundamentais na investigação, pois permitem a comparação com ferramentas apreendidas e podem confirmar a sua utilização em um crime. Portanto, são indícios valiosos a serem analisados.

    Técnica SID: PJA

Classificação e propriedades dos vestígios físicos

Propriedades físicas analisáveis

Na criminalística, as propriedades físicas dos vestígios desempenham papel essencial na identificação, comparação e individualização de materiais encontrados em locais de crime. Essas propriedades dizem respeito a aspectos observáveis e mensuráveis sem a necessidade, num primeiro momento, de análises químicas ou biológicas detalhadas. O domínio desses elementos facilita o trabalho pericial e confere objetividade à investigação.

Algumas propriedades se destacam por permitirem análise técnica imediata, tais como massa, cor, dimensão, forma, textura e dureza. Essas características são avaliadas tanto por inspeção visual direta quanto por instrumentos de medição apropriados, auxiliando na triagem, seleção e posterior encaminhamento de vestígios para exames mais complexos.

As propriedades físicas analisáveis de um vestígio incluem características como tamanho, peso, cor, forma, textura, resistência, opacidade e impressão deixada.

Pense em uma impressão de calçado deixada em solo macio. O perito pode avaliar não apenas a dimensão e a forma do sulco, mas também a textura e a profundidade da marca, comparando com padrões de calçados suspeitos. O mesmo raciocínio vale para fragmentos de vidro, cuja cor, espessura, peso e grau de transparência são analisados para diferenciação entre amostras e possível origem.

  • Massa e peso: fragmentos de metais, pedras ou vidros podem ser comparados por pesagem e balança de precisão.
  • Dimensão: comprimento, largura e espessura são medidos com régua, paquímetro ou escalas fotográficas.
  • Forma: avaliação de bordas, contornos, ângulos e simetria (fundamental em marcas de ferramentas ou impressões digitais).
  • Cor: observação visual, registro fotográfico ou uso de espectrofotômetros para comparar nuances e pigmentações.
  • Textura: toque direto (em situações controladas), análise tátil ou sob microscopia, explorando aspereza, rugosidade ou polidez.
  • Dureza: testes simples como o risco com materiais padronizados ou o uso de escalas específicas (ex: Mohs para minerais).

Em casos de impactos veiculares, por exemplo, a análise da cor e da espessura de tintas presentes nos veículos auxilia na compatibilização dos fragmentos encontrados no local com as amostras dos automóveis envolvidos. De modo semelhante, o estudo da resistência de materiais pode explicar como determinada marca ou deformidade foi produzida, considerando fatores ambientais ou instrumentos utilizados.

Há situações em que mais de uma propriedade física precisa ser analisada em conjunto para se obter maior assertividade pericial. Imagine marcas de ferramenta em portas arrombadas: o formato do sulco, a profundidade, a direção e até pequenos resíduos metálicos associados formam um conjunto de características úteis para confirmar ou descartar o uso de determinado instrumento.

Propriedades físicas bem avaliadas reforçam a credibilidade do laudo pericial, pois baseiam-se em parâmetros concretos, mensuráveis e facilmente demonstráveis em juízo.

Outro ponto importante é a utilização de escalas e padrões internacionalmente reconhecidos para a mensuração dessas propriedades: paquímetros digitais, escalas métricas com fundo fotográfico, microscópios ópticos e luz oblíqua permitem registrar detalhes que, a olho nu, poderiam passar despercebidos. Na análise sistemática, esses recursos conferem padronização ao exame e maior robustez aos resultados apresentados.

Podem surgir dúvidas diante de pequenas diferenças entre amostras — por exemplo, fragmentos de vidro provenientes de diferentes pontos de um mesmo objeto podem variar em espessura ou composição. Nessas situações, o trabalho pericial deverá ser minucioso, comparando conjuntos de propriedades para chegar a conclusões seguras.

  • Opacidade e grau de transparência: vidro translúcido, plástico fosco ou metal polido apresentando diferentes capacidades de refletir e absorver luz.
  • Resistência ou elasticidade: análise de marcas formadas por pressão, tração ou torção (comum em fios metálicos e plásticos).
  • Impressão deixada: marcas de mordida, impressões em cera, solo, argila ou papel.

A correta avaliação das propriedades físicas desde o momento da coleta até a análise laboratorial é condição indispensável para que vestígios físicos cumpram seu papel no processo judicial. Esse cuidado técnico é o que transforma um fragmento aparentemente irrelevante em prova sólida e confiável.

Questões: Propriedades físicas analisáveis

  1. (Questão Inédita – Método SID) As propriedades físicas dos vestígios são essenciais na identificação e comparação de materiais encontrados em locais de crime, ajudando na investigação sem a necessidade de análises químicas imediatas.
  2. (Questão Inédita – Método SID) A análise da dureza de um material é realizada apenas por métodos químicos que determinam sua resistência ao desgaste.
  3. (Questão Inédita – Método SID) A observação da cor de um vestígio pode ser feita por meio do uso de espectrofotômetros, que auxiliam na comparação de nuances e pigmentações.
  4. (Questão Inédita – Método SID) A avaliação da textura de um vestígio pode ser realizada apenas por inspeção visual direta, sem a necessidade de instrumentos de medição adicionais.
  5. (Questão Inédita – Método SID) A análise das propriedades físicas, como massa e dimensão, pode ajudar a triagem de vestígios em uma investigação, facilitando o encaminhamento para exames mais complexos.
  6. (Questão Inédita – Método SID) Impressões deixadas em solo macio, como marcas de calçados, podem fornecer informações sobre a forma e a profundidade, sendo úteis para comparação com padrões de vestígios suspeitos.

Respostas: Propriedades físicas analisáveis

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: As propriedades físicas, como cor, forma e dimensão, são de fato analisadas inicialmente de forma observacional, servindo como base para identificação e comparação antes de análises químicas mais complexas.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: A dureza pode ser avaliada através de testes simples, como o risco com materiais padronizados, sem depender exclusivamente de métodos químicos para sua mensuração.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: Espectrofotômetros são ferramentas eficazes para análise de cor, permitindo uma comparação precisa entre diferentes amostras, o que é crucial para a investigação.

    Técnica SID: SCP

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: Embora a inspeção visual seja uma etapa inicial, a análise tátil ou sob microscopia é frequentemente necessária para determinar características como aspereza ou rugosidade.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Certo

    Comentário: A medição de massa e dimensão é fundamental para a triagem e posterior análise laboratorial, pois essas propriedades fornecem informações iniciais sobre a origem dos vestígios.

    Técnica SID: PJA

  6. Gabarito: Certo

    Comentário: Avaliar características como a forma e profundidade de impressões é essencial na criminalística para associar vestígios a objetos ou indivíduos, contribuindo para investigações.

    Técnica SID: PJA

Diferença entre vestígios físicos, químicos e biológicos

Na perícia criminal, a correta classificação dos vestígios encontrados é crucial para direcionar os métodos de coleta, análise e interpretação. Entre as principais categorias, destacam-se os vestígios físicos, os químicos e os biológicos. Cada um deles possui características próprias, exigindo abordagens e técnicas diferenciadas por parte do perito.

Vestígios físicos estão relacionados a materiais, marcas ou impressões perceptíveis por propriedades físicas observáveis, sem que haja, inicialmente, necessidade de análise de composição molecular ou de organismos vivos. Enquadram-se aqui impressões digitais, marcas de ferramentas, fragmentos de vidro, impressões de pneus, entre outros. São avaliados por inspeção visual, comparação com padrões e mensuração de seus atributos externos.

Vestígios físicos são caracterizados por massa, forma, dimensão, cor, textura, dureza e outras propriedades físicas identificáveis a olho nu ou por instrumentos simples.

Já os vestígios químicos apresentam relevância quando a composição ou reação química do material é determinante para a investigação. Envolvem resíduos de drogas, poluentes ambientais, manchas de sangue já secas e adulteradas, resíduos explosivos, tintas e óleos, entre outros elementos que demandam reagentes, espectrofotometria ou técnicas laboratoriais especializadas para seu reconhecimento.

Vestígios químicos são aqueles cujo exame requer análise laboratorial da composição ou de reações específicas, como identificação de substâncias controladas, solvência, acidez, volatilidade e outros parâmetros químicos.

Os vestígios biológicos, por sua vez, estão relacionados à presença de matéria biológica de origem animal ou vegetal — principalmente materiais que contenham DNA ou elementos celulares. Esse grupo abrange sangue fresco, saliva, sêmen, fios de cabelo com raiz, tecidos, fragmentos de pele e sementes. A análise biológica permite tanto a identificação de espécies quanto, nos casos humanos, a individualização por perfis genéticos.

Vestígios biológicos são definidos como materiais provenientes de organismos vivos, naturais ou de origem recente, passíveis de exame por técnicas genéticas, microscópicas e imunoquímicas específicas.

  • Físicos: impressões digitais, marcas de calçados, fragmentos metálicos ou de vidro.
  • Químicos: resíduos de drogas, solventes, combustíveis, tintas, produtos de explosão.
  • Biológicos: sangue, saliva, sêmen, fios de cabelo, tecidos e sementes.

Em muitos casos, um mesmo local pode apresentar vestígios de todas essas naturezas simultaneamente, exigindo que o trabalho pericial seja multidisciplinar. Por exemplo: em uma cena de homicídio, a arma apreendida pode conter impressões digitais (vestígio físico), resíduo de pólvora (químico) e manchas de sangue (biológico), cada qual demandando análise e interpretação própria.

A correta distinção entre esses tipos de vestígios garante a aplicação dos métodos mais adequados e a integridade dos resultados produzidos, fortalecendo o valor probatório das evidências apresentadas.

Questões: Diferença entre vestígios físicos, químicos e biológicos

  1. (Questão Inédita – Método SID) Vestígios físicos são materiais cujas características podem ser percebidas apenas por propriedades físicas observáveis, e não requerem análises laborais ou de composição molecular para sua identificação.
  2. (Questão Inédita – Método SID) No contexto da perícia, vestígios químicos são totalmente irrelevantes para a investigação, uma vez que se relacionam exclusivamente a análises físicas e não à composição ou reações de substâncias.
  3. (Questão Inédita – Método SID) Vestígios biológicos referem-se apenas a materiais que não contêm DNA ou elementos celulares, como fragmentos de pele, cabelo ou sangue.
  4. (Questão Inédita – Método SID) A análise de vestígios químicos, como resíduos de drogas ou produtos explosivos, é imprescindível para uma investigação criminal, pois requer técnicas laboratoriais para sua correta identificação e interpretação.
  5. (Questão Inédita – Método SID) A presença de impressões digitais, marcas de ferramentas e fragmentos de vidro são exemplos de vestígios biológicos, sendo, portanto, categorizados como tais no contexto pericial.
  6. (Questão Inédita – Método SID) Em uma cena de crime pode-se encontrar simultaneamente vestígios físicos, químicos e biológicos, cada um exigindo uma abordagem analítica específica, o que torna o trabalho pericial multidisciplinar.

Respostas: Diferença entre vestígios físicos, químicos e biológicos

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: A definição apresentada para vestígios físicos está correta, pois esses vestígios são identificáveis a olho nu ou com instrumentos simples, conforme descrito no conteúdo. Sua avaliação ocorre por meio da inspeção visual e comparação com padrões.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmação é errada, pois os vestígios químicos são importantes na investigação e requerem análises laboratoriais para identificação de substâncias. Eles podem fornecer informações fundamentais para o esclarecimento de crimes.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmação é incorreta, pois vestígios biológicos estão relacionados justamente à presença de matéria biológica que contém DNA ou elementos celulares. Isso é fundamental para a identificação de espécies e individualização por perfis genéticos.

    Técnica SID: PJA

  4. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação está correta, evidenciando que a análise de vestígios químicos é crucial para a investigação e que eles demandam métodos laboratoriais adequados para seu reconhecimento e avaliação, o que é mencionado explicitamente no conteúdo.

    Técnica SID: PJA

  5. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmação é errada, pois essas evidências são classificadas como vestígios físicos e não biológicos. Vestígios biológicos se restringem à matéria de origem animal ou vegetal que contém DNA ou células, conforme contido no material.

    Técnica SID: SCP

  6. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação está correta. O conteúdo discute que diferentes tipos de vestígios podem coexistir em um local, requerendo abordagens diferenciadas para cada categoria, o que realmente destaca a natureza multidisciplinar da perícia criminal.

    Técnica SID: SCP

Principais tipos de vestígios físicos

Impressões digitais

Impressões digitais são vestígios físicos com grande valor identificatório, resultantes das cristas papilares localizadas na superfície dos dedos humanos. Cada pessoa possui um desenho único dessas cristas, tornando as impressões digitais um método infalível para individualização em investigações criminais.

Elas podem ser deixadas em superfícies variadas, como vidro, metal, papel ou plástico, a partir do toque direto. A formação dessas marcas ocorre devido à presença de suor e secreções naturais, que depositam resíduos invisíveis ou visíveis sobre os objetos manipulados.

Impressões digitais são definidos como “desenhos formados pelas cristas e sulcos papilares presentes nas pontas dos dedos, únicos para cada indivíduo e utilizados para identificação pessoal”.

Existem três tipos principais de impressões digitais observadas em perícia: impressões visíveis (marcas em substâncias como tinta ou sangue), impressões plásticas (formadas em materiais maleáveis, como cera ou massa) e impressões latentes (invisíveis a olho nu, exigindo técnicas especiais para revelação, como pós, reagentes químicos ou luz ultravioleta).

  • Visíveis: deixadas intencional ou acidentalmente em superfícies sujas de sangue, graxa ou outros resíduos.
  • Plásticas: impressões tridimensionais em argila, sabão ou superfícies moles.
  • Latentes: impressões invisíveis necessariamente reveladas por processos físicos ou químicos.

No âmbito forense, a coleta adequada é fundamental para garantir a integridade do vestígio. Fotografia, levantamento com pós ou fitas adesivas e uso de reagentes específicos fazem parte do procedimento padrão. Após a coleta, as impressões são analisadas por comparação minuciosa entre pontos característicos — chamados de minúcias — como terminações, bifurcações e ilhas das cristas.

Cada impressão digital apresenta entre 60 e 100 minúcias que podem ser confrontadas com padrões armazenados em bancos de dados papiloscópicos.

Em investigações criminais, o encontro de impressões digitais em locais de crime pode estabelecer vínculo direto entre suspeitos e objetos, armas ou ambientes. A identificação papiloscópica tem robusto valor probatório e já levou à elucidação de inúmeros delitos, sendo largamente utilizada em casos de furto, roubo, homicídio, falsificação de documentos e identificação de vítimas em desastres.

O desenvolvimento tecnológico permitiu a automação desse processo, com criação de sistemas informatizados (AFIS) capazes de confrontar milhares de digitais de modo ágil e eficiente. Ainda assim, a perícia manual permanece indispensável para análise detalhada de casos mais complexos ou dúvidas que sistemas automatizados não solucionam.

  • Coleta cuidadosa: sempre evitar tocar ou contaminar a área suspeita.
  • Registro fotográfico: fundamental para preservar a originalidade da marca antes de qualquer procedimento.
  • Utilização correta de reagentes: cada tipo de superfície pede produto revelador específico.

A análise eficiente das impressões digitais exige treinamento, atenção a detalhes e uso de tecnologia adequada, pois qualquer falha pode inviabilizar a prova ou comprometer a busca pela verdade material.

Questões: Impressões digitais

  1. (Questão Inédita – Método SID) Impressões digitais são vestígios físicos resultantes das cristas papilares localizadas na superfície dos dedos humanos, que apresentam desenho único para cada indivíduo, e são amplamente utilizados como método de identificação pessoal em investigações criminais.
  2. (Questão Inédita – Método SID) As impressões digitais podem ser deixadas apenas em superfícies metálicas, pois elas necessitam de texturas específicas para serem reveladas e coletadas corretamente.
  3. (Questão Inédita – Método SID) O número de minúcias presentes em uma impressão digital pode variar entre 60 e 100, sendo essas características essenciais para a comparação e identificação dentro dos bancos de dados papiloscópicos usados em investigações.
  4. (Questão Inédita – Método SID) Impressões digitais latentes são aquelas que são visíveis a olho nu e que não requerem técnicas especiais para sua revelação durante a análise forense.
  5. (Questão Inédita – Método SID) A coleta adequada de impressões digitais em cena de crime requer atenção e técnicas específicas, como o registro fotográfico e o uso de reagentes, para garantir a integridade do vestígio coletado.
  6. (Questão Inédita – Método SID) O desenvolvimento de tecnologias como sistemas informatizados para o confronto de impressões digitais eliminou a necessidade de perícia manual, tornando a análise manual obsoleta em investigações atuais.
  7. (Questão Inédita – Método SID) As impressões digitais são utilizadas exclusivamente para identificação de suspeitos em crimes graves, como homicídios ou roubos, e não possuem aplicação em investigações de delitos menores.

Respostas: Impressões digitais

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: As impressões digitais de fato se caracterizam por serem únicas para cada pessoa, o que garante seu valor identificatório em contextos judiciais e investigativos.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: As impressões digitais podem ser deixadas em diversas superfícies, como vidro, papel e plástico, não se limitando apenas às superfícies metálicas, ampliando assim seu potencial de coleta em diferentes cenários.

    Técnica SID: SCP

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação está correta, pois o número de minúcias identificadas nas impressões digitais é crucial para realizar comparações precisas e buscar correspondências em sistemas de identificação digital.

    Técnica SID: TRC

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: Impressões digitais latentes são invisíveis a olho nu e exigem o uso de técnicas especiais para serem reveladas, como pós e reagentes químicos, não podendo ser observadas diretamente.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Certo

    Comentário: A coleta cuidadosa e as técnicas apropriadas são de extrema importância para manter a integridade das impressões digitais durante a investigação, evitando contaminação e garantindo a validade das provas.

    Técnica SID: PJA

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: Apesar da automação facilitar o processo, a perícia manual continua sendo indispensável para a análise de casos complexos, onde a precisão é requerida, o que enfatiza a importância do trabalho humano na identificação forense.

    Técnica SID: PJA

  7. Gabarito: Errado

    Comentário: As impressões digitais têm aplicabilidade em uma ampla gama de investigações, incluindo casos de furto, falsificação de documentos, e identificação de vítimas em desastres, refletindo sua importância na coleta de evidências.

    Técnica SID: SCP

Marcas de ferramentas

Marcas de ferramentas são vestígios físicos comuns encontrados em locais de crimes contra o patrimônio, como furtos, arrombamentos e roubos. Elas ocorrem quando instrumentos rígidos, como chaves de fenda, alicates ou pés-de-cabra, deixam impressões, ranhuras, sulcos ou deformações em superfícies metálicas, plásticas, de madeira ou vidro durante uma tentativa de violação.

Essas marcas possuem alta relevância pericial, pois cada ferramenta, devido às suas particularidades de fabricação, uso e desgaste, produz padrões únicos e repetíveis. Ao examinar uma fechadura violada, por exemplo, o perito pode identificar detalhes que indicam tanto o tipo de instrumento como formas e dimensões característicos.

Marcas de ferramentas são “impressões produzidas por contato físico de um instrumento, involuntariamente deixadas em superfícies rígidas, revelando padrões passíveis de comparação forense”.

O exame técnico dessas marcas envolve etapas como inspeção visual direta, registro detalhado por fotografia, uso de escalas métricas e, frequentemente, microscopia comparativa. A análise é aprofundada pelo confronto das marcas encontradas com ferramentas apreendidas com suspeitos ou padrões previamente catalogados em laboratório.

  • Ranhuras lineares: deixadas por objetos afiados ou pontiagudos, como facas e chaves de fenda.
  • Impressões de superfície plana: comuns em uso de alicates ou espátulas, causando deformação em superfícies metálicas e plásticas.
  • Deformações irregulares: resultado do uso repetido ou inadequado de ferramentas em portas, cofres, janelas ou veículos.

Exemplo prático: em arrombamentos de residências, é frequente encontrar marcas lineares em portas de madeira, indicando a introdução de objetos metálicos. Quando uma ferramenta é apreendida, o perito busca coincidências entre o padrão microscópico da marca deixada e a superfície de trabalho do objeto suspeito. Esse confronto técnico pode confirmar ou afastar a ligação da ferramenta ao crime investigado.

Cada etapa de coleta demanda cuidados especiais para evitar danos às marcas e preservar seu valor probatório — por isso, fotografar antes de remover qualquer peça é indispensável. Moldagens com materiais específicos auxiliam na reprodução da impressão e permitem análises em laboratório mesmo quando o vestígio não pode ser transportado integralmente.

O levantamento correto das marcas de ferramentas é parte central da reconstrução da dinâmica do crime e da identificação de autoria, sendo também utilizado para correlacionar diferentes ocorrências quando há padrão repetido de uso de determinado instrumento.

Questões: Marcas de ferramentas

  1. (Questão Inédita – Método SID) As marcas de ferramentas são vestígios físicos que podem ser encontrados em locais de crimes contra o patrimônio e são importantes para a investigação, pois cada ferramenta deixa padrões distintivos e únicos nas superfícies que contata.
  2. (Questão Inédita – Método SID) Marcas de ferramentas podem ser deixadas em superfícies de materiais diversos, como metais, plásticos, madeira ou vidro, quando instrumentos rígidos são utilizados durante tentativas de violação.
  3. (Questão Inédita – Método SID) O exame técnico de marcas de ferramentas não envolve o uso de escalas métricas nem a fotografia das impressões, pois a análise se concentra em técnicas microscópicas comparativas exclusivas.
  4. (Questão Inédita – Método SID) As ranhuras lineares deixadas por objetos afiados, como facas, são um dos tipos definidos de marcas de ferramentas, sendo úteis na análise pericial para identificar o tipo de instrumento utilizado.
  5. (Questão Inédita – Método SID) O alerta para preservar as marcas de ferramentas exige que sejam removidas as evidências de qualquer superfície antes da coleta, já que isso não altera as características das impressões deixadas.
  6. (Questão Inédita – Método SID) Durante a investigação de um arrombamento, a identificação de marcas de ferramentas pode reconstituir a dinâmica do crime e validar a autoria, principalmente se houver padrões de uso repetido de uma mesma ferramenta.

Respostas: Marcas de ferramentas

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: É correto afirmar que as marcas de ferramentas são vestígios físicos característicos que revelam padrões únicos de cada instrumento utilizado, o que é crucial para a identificação de ferramentas em investigações de crimes patrimoniais.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação é verdadeira, pois as ferramentas rígidas, ao serem aplicadas em superfícies, deixam marcas que variam conforme o material, revelando características importantes para a perícia.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmação é incorreta, pois o exame técnico das marcas de ferramentas envolve etapas que incluem a utilização de escalas métricas e o registro fotográfico, fundamentais para preservar a integridade das evidências e garantir a precisão na análise.

    Técnica SID: SCP

  4. Gabarito: Certo

    Comentário: É correto afirmar que as ranhuras lineares produzidas por instrumentos afiados são um tipo de marca de ferramentas que podem ajudar na identificação das ferramentas utilizadas em crimes, reforçando a análise pericial.

    Técnica SID: PJA

  5. Gabarito: Errado

    Comentário: Esta afirmação é errada, uma vez que a preservação das marcas exige cuidado e que qualquer remoção deve ser feita somente após a documentação adequada, evitando a degradação das evidências que podem ser cruciais no exame pericial.

    Técnica SID: SCP

  6. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação é verdadeira, pois a análise das marcas deixadas por ferramentas é essencial para entender como o crime ocorreu e para vincular a ferramenta ao suspeito, contribuindo para a elucidação do caso.

    Técnica SID: PJA

Fragmentos de materiais

Fragmentos de materiais são vestígios físicos resultantes da quebra, separação ou desprendimento de partes de objetos durante a prática de um delito. Esses fragmentos incluem pedaços de vidro, tinta, plástico, tecido, metal, madeira, papel, entre outros, e são frequentemente encontrados em locais de arrombamentos, acidentes veiculares e crimes envolvendo violência ou vandalismo.

No contexto forense, a análise desses fragmentos permite a associação entre locais, objetos e pessoas, servindo como elemento valioso para reconstrução da dinâmica dos fatos. A importância está em que cada fragmento pode apresentar características específicas da sua origem, como cor, composição, textura e marcas superficiais, além da possibilidade de encaixe com o objeto de origem.

Fragmentos de materiais: “partes fracionadas de objetos presentes em cenas de crime, aptas à análise comparativa para identificação de origem e conexão de elementos investigados”.

Imagine um acidente de trânsito: fragmentos de vidro encontrados nas roupas de uma vítima podem ser comparados ao vidro de um determinado veículo, apoiando a tese de envolvimento. Em furtos, pedaços de tinta desprendidos de uma janela arrombada podem ser submetidos a análise microscópica para confirmar conexão com a estrutura violada. Cada detalhe observado torna-se relevante para o juízo pericial.

  • Vidros quebrados: frequentemente analisados quanto à composição, espessura e encaixe com outros fragmentos na cena.
  • Tinta, plásticos e fibras: avalia-se cor, tipo de pigmento, estratificação e padrão de desgaste para relacionar o fragmento ao possível objeto ou local de origem.
  • Metais e ligas: fragmentos de metais são examinados em busca de requisitos como dureza, condutividade e composição química.

O processo pericial normalmente envolve coleta cuidadosa, análise microscópica, comparação físico-química e eventualmente testes de encaixe (“encaixe de quebra”), que fortalecem a individualização da evidência. A fotografia forense documenta a posição original e o estado dos fragmentos antes de qualquer movimentação ou coleta.

Destaca-se que, mesmo pequenos fragmentos, podem definir nexos entre partes da ocorrência — um minúsculo pedaço de plástico pode apontar a presença de determinado veículo, enquanto fios de tecido podem ligar vítima e autor em casos de agressão. Por isso, a cadeia de custódia e o correto acondicionamento desses vestígios são indispensáveis ao valor probatório, evitando perdas ou misturas que comprometam a perícia.

A busca atenta e a análise metodológica dos fragmentos de materiais ampliam as possibilidades investigativas, contribuindo de forma segura para elucidação de delitos e responsabilização dos envolvidos.

Questões: Fragmentos de materiais

  1. (Questão Inédita – Método SID) Fragmentos de materiais são elementos que resultam da quebra de objetos, podendo incluir vidro, plástico e metal, e desempenham um papel crucial na investigação de crimes ao permitir a associação de locais e pessoas.
  2. (Questão Inédita – Método SID) Mesmo pequenos fragmentos coletados em cenas de crimes, como um pedaço de plástico ou tecido, podem ser desconsiderados em análises devido ao seu tamanho e à sua dificuldade de associação com objetos de crime.
  3. (Questão Inédita – Método SID) A coleta e a análise de fragmentos de materiais em cenas de crime devem ser realizadas com cuidado, uma vez que uma manipulação inadequada pode comprometer o valor probatório desses vestígios.
  4. (Questão Inédita – Método SID) A análise microscópica de fragmentos, como pedaços de vidro, se limita apenas à avaliação da sua composição química e não inclui aspectos como espessura ou encaixe com outros fragmentos.
  5. (Questão Inédita – Método SID) Na análise pericial, cada fragmento de material pode conter informações específicas sobre sua origem, como cor e textura, que auxiliam na reconstrução da dinâmica dos eventos em investigações de delitos.
  6. (Questão Inédita – Método SID) Fragmentos de materiais não desempenham um papel importante na elucidação de delitos, pois são considerados de menor relevância nas investigações criminalísticas.

Respostas: Fragmentos de materiais

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: Fragmentos de materiais realmente têm importância na análise forense, pois sua origem e características podem ajudar a conectar evidências e pessoas durante investigações criminais.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: Pequenos fragmentos, na verdade, podem ser extremamente relevantes e servir como evidência para estabelecer conexões entre a vítima e o agressor, por isso, sua análise detalhada é fundamental.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: A proteção da cadeia de custódia e o acondicionamento correto são essenciais para garantir que os fragmentos coletados mantenham seu valor na investigação, assim evitando perdas ou contaminações.

    Técnica SID: SCP

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: A análise microscópica não se limita apenas à composição; a espessura e a possibilidade de encaixe com outros fragmentos são igualmente importantes para a identificação de origem e conexões em investigações forenses.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Certo

    Comentário: As características dos fragmentos, como cor, composição e textura, são fundamentais para estabelecer conexões entre os elementos analisados, contribuindo para a compreensão do crime e identificação dos envolvidos.

    Técnica SID: PJA

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: Os fragmentos de materiais têm um papel crucial, pois mesmo pequenos vestígios podem ser decisivos para elucidar crimes, oferecer provas e conectar vítimas e autores durante as investigações.

    Técnica SID: PJA

Impressões de calçados ou pneus

Impressões de calçados ou pneus são vestígios físicos muito relevantes na análise pericial de locais de crime, acidentes ou fuga. Elas surgem quando o solado de um sapato ou a banda de rodagem de um pneu entra em contato com superfícies maleáveis, como lama, terra fofa, areia, ou deixa resíduos em pisos lisos graças à poeira, sangue, graxa ou outras substâncias.

Cada calçado ou pneu possui um padrão exclusivo de desenho, desgaste, cortes e alterações resultantes do uso, tornando essas impressões potencialmente individualizáveis. A identificação dessas marcas oferece pistas valiosas sobre movimentação, número de envolvidos, sentido do deslocamento e até o modelo ou fabricante do item examinado.

Impressões de calçados ou pneus são “marcas deixadas pela sola de sapatos ou pela banda de rodagem de pneus sobre superfícies compatíveis, passíveis de análise comparativa para identificação ou individualização”.

A análise pericial envolve inspeção visual direta das marcas, fotografia forense com escala métrica, levantamento detalhado por moldagem (em solo, argila ou areia) e comparação laboratorial com amostras padrão. O perito observa comprimento, largura, desenho, profundidade do sulco e eventuais danos à estrutura, associando-os aos objetos suspeitos.

  • Sapatos: marcas de sola em cena de roubo, fuga em terra molhada ou manchas de sangue sobre piso cerâmico.
  • Pneus: vestígios em estradas de terra, marcas de derrapagem em asfalto ou impressões em grama após saída brusca de veículo.

Exemplo recorrente: em arrombamentos ou furtos de residência, impressões em solo no entorno revelam o número de pessoas envolvidas, indicam direção de aproximação e fuga, além de facilitarem identificação, caso haja sapatos apreendidos para confronto. Da mesma forma, em acidentes de trânsito, marcas de pneus ajudam a determinar velocidade, distância de frenagem e pontos de impacto.

É importante mencionar que os procedimentos de coleta e documentação das impressões devem ser rigorosos para evitar perda ou contaminação. Moldagens com materiais próprios (gesso, silicone) conservam as características essenciais para perícia futura, mesmo se a marca for destruída posteriormente pela ação climática ou movimentação.

Comparando as marcas coletadas no local do crime com calçados ou pneus suspeitos, a perícia pode confirmar participação de veículos ou pessoas, reconstruir rotas e até associar uma série de crimes mediante padrão repetido. A riqueza de detalhes presentes nessas impressões reforça a robustez dos laudos e acrescenta segurança à identificação de autoria.

Questões: Impressões de calçados ou pneus

  1. (Questão Inédita – Método SID) Impressões de calçados e pneus podem ser consideradas vestígios físicos individuais devido à exclusividade dos padrões de desgaste, cortes e desenhos presentes em cada calçado ou pneu.
  2. (Questão Inédita – Método SID) Em acidentes de trânsito, as impressões deixadas por pneus podem ajudar a determinar a velocidade do veículo e a distância de frenagem, proporcionando informações relevantes para a investigação.
  3. (Questão Inédita – Método SID) A coleta de impressões de calçados e pneus é um procedimento simples que não requer técnicas específicas, tornando a documentação e preservação dessas evidências dispensáveis.
  4. (Questão Inédita – Método SID) Impressões de calçados ou pneus devem ser analisadas por meio de inspeção visual e comparação com amostras padrão para confirmar sua individualização durante a perícia.
  5. (Questão Inédita – Método SID) A moldagem de impressões de calçados e pneus pode ser feita em materiais como argila e gesso, sendo este procedimento considerado indispensável para a conservação das características das impressões.
  6. (Questão Inédita – Método SID) Identificar impressões de pneus em solos ao redor de locais de crime não oferece informações sobre o número de indivíduos envolvidos na ação criminosa.

Respostas: Impressões de calçados ou pneus

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: Isso está correto, pois cada calçado ou pneu possui características singulares que podem ser usadas para identificação em uma análise pericial.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Certo

    Comentário: As impressões de pneus são fundamentais em análises de acidentes, pois permitem a reconstrução das circunstâncias do evento, como velocidade e pontos de impacto.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Errado

    Comentário: A coleta e documentação de impressões são essenciais para evitar perda ou contaminação, e devem seguir procedimentos rigorosos para garantir a integridade das evidências.

    Técnica SID: PJA

  4. Gabarito: Certo

    Comentário: Esse procedimento é fundamental para a validação das impressões como evidências individuais e é parte da metodologia padrão em análises periciais.

    Técnica SID: PJA

  5. Gabarito: Certo

    Comentário: A moldagem é uma prática importante para preservar detalhadamente as marcas, possibilitando futuras análises, mesmo que as impressões originais sejam danificadas.

    Técnica SID: SCP

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: Ao contrário, impressões de pneus podem fornecer pistas sobre o número de pessoas envolvidas, além de indicarem a direção de aproximação e fuga.

    Técnica SID: SCP

Objetos inteiros

Objetos inteiros são considerados vestígios físicos quando permanecem no local do crime ou são apreendidos em posse de suspeitos, sem terem sido fragmentados ou destruídos no evento investigado. Eles mantêm suas propriedades originais e oferecem múltiplas possibilidades de análise, sendo fundamentais tanto para comprovação de materialidade quanto para reforçar o nexo entre pessoas, objetos e fatos.

Esses vestígios podem incluir facas, armas de fogo, ferramentas, celulares, chaves, embalagens, veículos, entre outros itens diretamente relacionados ao delito. O estudo detalhado do objeto permite examinar marcas, impressões digitais, resíduos, padrões de desgaste e alterações específicas, cada qual enriquecendo as hipóteses investigativas.

Objetos inteiros: “elementos recuperados em estado íntegro, portando características físicas, químicas e biológicas relevantes para a identificação, vinculação a crimes e elucidação de dinâmicas delituosas”.

Por exemplo, em um crime de homicídio, uma faca encontrada no local pode ser submetida à análise balística (caso seja uma arma de fogo), avaliação de impressões digitais ou verificação da presença de sangue. Ferramentas apreendidas em furtos são comparadas com marcas deixadas no cenário, enquanto veículos podem ser inspecionados quanto a vestígios biológicos, danos compatíveis ou fragmentos incrustados.

  • Facas: análises de lâmina, resíduos e possíveis impressões digitais.
  • Armas de fogo: confrontos balísticos, verificação de número de série e presença de vestígios de tiro nas superfícies internas.
  • Ferramentas: confronto com marcas em portas, cofres, janelas ou caixas eletrônicos violados.
  • Veículos: perícia em partes estruturais, identificação de avarias, resíduos e eventuais adulterações de chassi.

O valor probatório do objeto inteiro depende do correto registro fotográfico, do acondicionamento seguro e da preservação da cadeia de custódia, para que possíveis análises posteriores não sejam comprometidas. O rigor na documentação garante que propriedades como número de série, inscrições, lacres ou marcas de fabricação possam ser utilizados para individualização e rastreamento.

A localização de objetos inteiros também contribui para a reconstrução do itinerário do crime, o estabelecimento de autoria e a identificação de vínculos entre crimes semelhantes. A análise combinada desse vestígio com outros materiais ou marcas amplia o universo probatório e reforça a robustez das conclusões técnicas.

Questões: Objetos inteiros

  1. (Questão Inédita – Método SID) Objetos inteiros são considerados vestígios físicos somente quando se encontram fragmentados ou destruídos no local do crime.
  2. (Questão Inédita – Método SID) O estudo detalhado de um objeto inteiro apreendido em uma cena de crime é irrelevante para a identificação de possíveis ligações entre pessoas e fatos relacionados ao delito.
  3. (Questão Inédita – Método SID) A localização de objetos inteiros em uma cena de crime é inútil para a reconstrução do itinerário do crime e a identificação de vínculos entre crimes.
  4. (Questão Inédita – Método SID) Quando um veículo é apreendido em uma investigação, sua análise pode fornecer informações sobre resíduos e eventuais danos que contribuam para esclarecer a dinâmica do crime.
  5. (Questão Inédita – Método SID) A análise balística de armas de fogo apreendidas em uma cena de crime é essencial para verificar a autenticidade e a utilização da arma no evento delituoso.
  6. (Questão Inédita – Método SID) O correto registro fotográfico e acondicionamento de objetos inteiros é dispensável, pois não impacta na validade da prova em um processo judicial.

Respostas: Objetos inteiros

  1. Gabarito: Errado

    Comentário: Os objetos inteiros são considerados vestígios físicos apenas quando permanecem intactos e preservam suas propriedades originais. Eles são fundamentais para a análise e comprovação de materialidade em investigações.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: O estudo detalhado de objetos inteiros é crucial para estabelecer nexos entre pessoas, objetos e fatos. Eles podem conter marcas, impressões digitais e elementos que enriquecem as hipóteses investigativas.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Errado

    Comentário: A localização de objetos inteiros é essencial para a reconstrução do itinerário do crime e a identificação de vínculos, pois esses objetos podem evidenciar a dinâmica dos eventos delituosos.

    Técnica SID: PJA

  4. Gabarito: Certo

    Comentário: A análise de veículos apreendidos pode revelar vestígios biológicos e danos que ajudam a entender a dinâmica do crime, além de permitir a individualização através de detalhes do veículo.

    Técnica SID: PJA

  5. Gabarito: Certo

    Comentário: A análise balística fornece informações importantes sobre o uso da arma no crime, sendo crucial para comparar evidências e determinar a autoria do delito.

    Técnica SID: SCP

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: O registro fotográfico adequado e o acondicionamento seguro de objetos inteiros são fundamentais para a preservação da cadeia de custódia e a validade probatória das evidências em um processo judicial.

    Técnica SID: SCP

Marcas de mordida ou impressões dentárias

Marcas de mordida ou impressões dentárias são vestígios físicos de elevada importância em crimes que envolvem violência física direta, como agressões, abusos e até homicídios. Elas ocorrem quando os dentes de uma pessoa deixam impressões reconhecíveis em tecidos humanos, alimentos, objetos plásticos ou outros materiais maleáveis.

Essas marcas apresentam padrões únicos, já que a arcada dentária varia de indivíduo para indivíduo devido ao formato, tamanho, posição e desgastes dos dentes. Por isso, o estudo detalhado desse vestígio pode individualizar ou excluir suspeitos, auxiliando significativamente a investigação criminal e a identificação de vítimas ou autores.

Impressão dentária: “vestígio formado pelo contato da arcada dentária sobre superfícies suscetíveis, resultando em marcas específicas e passíveis de análise comparativa em odontologia legal”.

No exame pericial, as marcas de mordida são fotografadas em alta definição, com escala métrica e iluminação adequada para preservar detalhes. Moldagens em silicone ou gesso podem ser realizadas para capturar a tridimensionalidade da impressão. O confronto entre a marca encontrada e a arcada de suspeitos é feito por sobreposição, análise de pontos anatômicos e padrões de desgaste resultantes da alimentação, idade ou hábitos.

  • Tecidos humanos: em casos de agressão física, abuso sexual ou tentativa de defesa da vítima, com marcas deixadas na pele.
  • Alimentos: marcas visíveis em frutas, sanduíches ou chocolates, indicando quem os manipulou.
  • Materiais maleáveis: impressões em cera, borracha ou objetos plásticos manipulados durante o crime.

Na odontologia legal, a análise das impressões dentárias exige precisão, conhecimento anatômico e respeito aos protocolos de cadeia de custódia. As particularidades de cada marca — espaçamento, alinhamento, presença de dentes ausentes ou restaurados — permitem criar um perfil odontológico comparativo detalhado, elevando o valor probatório desse tipo de vestígio.

Vale destacar que, além do processo de identificação, marcas de mordida podem indicar dinâmica do crime: local de início da agressão, posição relativa entre autor e vítima e tentativa de defesa. Documentar e preservar corretamente esse vestígio é passo fundamental para sua validade científica e jurídica.

Questões: Marcas de mordida ou impressões dentárias

  1. (Questão Inédita – Método SID) Marcas de mordida são vestígios importantes em investigações de crimes violentos, pois elas podem individualizar suspeitos através das características únicas da arcada dentária de cada pessoa.
  2. (Questão Inédita – Método SID) Impressões dentárias podem ser deixadas em alimentos, como frutas ou chocolates, indicando manipulação por indivíduos durante a execução de um crime.
  3. (Questão Inédita – Método SID) No exame pericial, a análise das marcas de mordida deve ser feita através de moldagens em materiais maleáveis, como silicone ou gesso, para garantir a tridimensionalidade das impressões.
  4. (Questão Inédita – Método SID) Marcas de mordida são vestígios que podem indicar a posição entre a vítima e o agressor no momento da agressão, sem necessidade de análise adicional para se definir a dinâmica do crime.
  5. (Questão Inédita – Método SID) As particularidades como o espaçamento e a presença de dentes restaurados em marcas de mordida são analisadas para a criação de um perfil odontológico detalhado que eleva seu valor probatório.
  6. (Questão Inédita – Método SID) O processo de análise das marcas de mordida exige conhecimento técnico em odontologia, independente das condições de cadeia de custódia em que as evidências são coletadas.
  7. (Questão Inédita – Método SID) A documentação adequada e a preservação das marcas de mordida são etapas irrelevantes para a sua validade científica e jurídica em uma investigação criminal.

Respostas: Marcas de mordida ou impressões dentárias

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: As marcas de mordida são significativas na identificação de autores, uma vez que a variação no formato e tamanho dos dentes torna possível distinguir de quem se originaram. Essa característica única é essencial para a individualização em contextos investigativos.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Certo

    Comentário: As impressões dentárias em alimentos podem fornecer evidências sobre quem estava presente na cena do crime, sendo um fator relevante na investigação de ações criminosas. Essas marcas podem auxiliar na identificação dos envolvidos e na reconstrução dos acontecimentos.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: A captura da tridimensionalidade das marcas de mordida é crucial para uma análise detalhada, pois permite melhor comparação entre as impressões encontradas na cena e as arcadas dentárias de possíveis suspeitos. Esse procedimento é vital para assegurar a validade das evidências.

    Técnica SID: PJA

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: Embora as marcas de mordida possam fornecer informações sobre a dinâmica do crime, como a posição relativa entre autor e vítima, uma análise aprofundada é necessária para determinar a agressão e o comportamento associado. A simples presença de marcas não é suficiente para entender totalmente a situação.

    Técnica SID: PJA

  5. Gabarito: Certo

    Comentário: Esses aspectos ajudam os peritos a realizar comparações e a identificar características que podem confirmar ou excluir suspeitos, aumentando a robustez das evidências em contextos legais. O cuidado na análise determina a qualidade do resultado probatório.

    Técnica SID: SCP

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: O respeito aos protocolos de cadeia de custódia é fundamental durante todo o processo, pois qualquer falha pode comprometer a integridade das evidências e a validade dos resultados da análise. O conhecimento técnico em odontologia é necessário, mas não elimina a importância da correta preservação da prova.

    Técnica SID: SCP

  7. Gabarito: Errado

    Comentário: A documentação e a preservação das marcas de mordida são cruciais para garantir que a evidência seja válida tanto do ponto de vista científico quanto jurídico. Qualquer falha nesse processo pode comprometer a eficácia das provas durante um julgamento.

    Técnica SID: PJA

Métodos de exame e análise de vestígios

Inspeção visual e fotografia forense

A inspeção visual é o primeiro e indispensável método no exame de vestígios físicos, permitindo ao perito captar detalhes que orientam todo o processo investigativo. Trata-se da observação minuciosa, direta e sistemática de locais, objetos ou corpos, realizada com treinamento, paciência e espírito analítico.

Nessa etapa, o perito avalia aspectos como posição, estado de conservação, coloração, forma, textura e possíveis relações entre diferentes elementos presentes na cena. Muitas características importantes podem ser percebidas apenas por olhar atento, sem uso imediato de equipamentos avançados. Além do olho humano, lanternas, lentes de aumento e luz oblíqua potencializam a identificação de detalhes sutis.

Inspeção visual: “exame inicial realizado pelo perito, baseado na observação direta e detalhada de vestígios, buscando identificar, descrever e compreender sua natureza e contexto”.

Já a fotografia forense é ferramenta fundamental para o registro fiel dos vestígios e do ambiente do crime. Não se trata de uma fotografia artística, mas sim documental, cujo objetivo primordial é garantir a preservação da cena, evitar discussões posteriores sobre alterações e fornecer ao laudo pericial base visual objetiva para as conclusões técnicas.

No procedimento correto, a fotografia deve ser feita antes de qualquer movimentação de objetos, iniciando com imagens panorâmicas do local e seguindo para registros mais próximos (planos médios) e, finalmente, fotos de detalhes. Todo vestígio deve ser fotografado com e sem escala métrica, sempre com boa iluminação, foco preciso e legenda descritiva.

  • Fotografar antes de coletar: nunca inicie a coleta de vestígios sem o devido registro anterior.
  • Usar escala métrica: permite dimensionar o vestígio na análise posterior e facilita comparações.
  • Registrar vários ângulos: diferentes perspectivas ampliam a compreensão do objeto ou marca observados.
  • Anotar dados essenciais: cada foto deve possuir referência temporal, identificação do local, perímetro e autor do registro.

Em crimes complexos, como arrombamentos ou homicídios, a fotografia forense é o alicerce da reconstrução dos fatos em laudos, audiências e reconstituições. Uma falha no registro pode comprometer toda a investigação, já que a cena pode ser modificada ou perdida após a chegada dos agentes.

No cotidiano pericial, o trabalho conjunto da inspeção visual detalhada e da fotografia criteriosa resulta em documentação robusta, respeitada em instâncias jurídicas e indispensável para a confiabilidade da investigação técnica.

Questões: Inspeção visual e fotografia forense

  1. (Questão Inédita – Método SID) A inspeção visual é considerada o primeiro método no exame de vestígios físicos, pois permite ao perito captar detalhes que orientam o processo investigativo. Este método deve ser realizado com um olhar atento e sistemático, podendo ser melhorado com o uso de equipamentos simples como lanternas e lentes de aumento.
  2. (Questão Inédita – Método SID) A fotografia forense deve ser realizada apenas após a coleta de vestígios, visando garantir um registro adequado do local do crime para a apresentação em um laudo pericial.
  3. (Questão Inédita – Método SID) Durante a inspeção visual, o perito deve observar a posição e a coloração dos vestígios, além de outros aspectos como forma e textura, de forma a compreender a natureza e o contexto do que está analisando.
  4. (Questão Inédita – Método SID) A fotografia forense deve incluir sempre uma escala métrica nas imagens, pois isso favorece a análise e comparação dos vestígios observados.
  5. (Questão Inédita – Método SID) O registro fotográfico no processo de investigação deve ser feito de forma aleatória, focando apenas em detalhes, pois a ordem não influencia na eficiência da documentação.
  6. (Questão Inédita – Método SID) O trabalho conjunto da inspeção visual e da fotografia forense resulta em uma documentação robusta, que é reconhecida em contextos jurídicos e importante para a credibilidade da investigação técnica.

Respostas: Inspeção visual e fotografia forense

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: A inspeção visual é, de fato, o primeiro método, crucial para a captação de detalhes que podem direcionar as investigações. O uso de lanternas e lentes de aumento é eficaz para destacar sutilezas que podem passar despercebidas a olho nu.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: A fotografia forense deve ser feita antes da coleta de vestígios para preservar a cena do crime e evitar alterações. Esse registro inicial é fundamental para que a investigação se baseie em evidências documentais precisas.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: A observação de atributos como posição, coloração, forma e textura é essencial na inspeção visual, pois essas características fornecem informações cruciais sobre os vestígios e o contexto em que foram encontrados.

    Técnica SID: PJA

  4. Gabarito: Certo

    Comentário: A utilização de escala métrica nas fotografias é fundamental para dimensionar vestígios e facilitar comparações em análises técnicas posteriores, assegurando a precisão nas avaliações.

    Técnica SID: TRC

  5. Gabarito: Errado

    Comentário: O registro fotográfico deve ser realizado de maneira sistemática, iniciando com imagens panorâmicas do local e avançando para registros mais próximos. A ordem é crucial para documentar a cena de forma completa e lógica.

    Técnica SID: SCP

  6. Gabarito: Certo

    Comentário: A união entre uma inspeção visual detalhada e uma fotografia cuidadosa proporciona uma documentação fundamental para a investigação e é amplamente aceita em ambientes jurídicos, assegurando a confiabilidade dos dados coletados.

    Técnica SID: PJA

Mensuração e uso de escalas métricas

A mensuração é uma etapa central no exame de vestígios físicos, pois permite avaliar com precisão tamanho, formato, largura, espessura e profundidade de marcas, objetos e fragmentos encontrados em cenas de crime. Utilizar instrumentos adequados e registrar essas dimensões com rigor fortalece a confiabilidade das conclusões periciais e facilita a reconstituição dos fatos.

O uso de escalas métricas — como réguas milimetradas, escalas fotográficas padronizadas e paquímetros — é indispensável para garantir a padronização dos registros e possibilitar comparações futuras. Essas escalas devem ser colocadas ao lado do vestígio durante fotografias e medições, servindo como referência objetiva de proporção e facilitando a análise por outros profissionais que venham a revisar os laudos ou atuar em juízo.

Em perícia, a escala métrica é “instrumento visual ou material utilizado para dimensionar com exatidão o vestígio analisado, permitindo comparação fiel e documentação precisa”.

Diversos vestígios demandam medições específicas: comprimento de impressões de calçados, diâmetro de marcas de mordida, espessura de fragmentos de vidro, largura de arranhões em portas arrombadas, entre outros. Essas informações são cruciais para identificar possíveis autores, instrumentos ou trajetos, além de auxiliar na individualização de vestígios por comparação com amostras padrão.

  • Régua milimetrada: simples, portátil e fundamental para medições em campo.
  • Escala fotográfica: posicionada junto ao vestígio em fotos, garante proporção correta na análise posterior.
  • Paquímetro: permite medições de alta precisão, ideal para pequenas marcas ou fragmentos.

É essencial manter o rigor no alinhamento e na fixação da escala junto ao objeto. A inclinação errada ou o uso de escalas incompatíveis pode gerar distorções nas imagens e prejudicar confrontos técnicos. No caso de vestígios tridimensionais, recomenda-se múltiplas medições e registros fotográficos em diversos planos.

A prática da mensuração também envolve a documentação cuidadosa dos dados: cada medida deve ser anotada com clareza, associada ao local exato e à fotografia correspondente, compondo um conjunto robusto de evidências. Além disso, a cadeia de custódia garante que quaisquer intervenções no vestígio sejam rastreáveis e legítimas para fins processuais.

Ao unir mensuração criteriosa e escalas métricas padronizadas, a perícia assegura maior objetividade ao trabalho técnico, potencializando a robustez das provas apresentadas e contribuindo de forma decisiva para a verdade dos autos.

Questões: Mensuração e uso de escalas métricas

  1. (Questão Inédita – Método SID) A mensuração é uma etapa crucial na investigação de vestígios físicos, uma vez que permite avaliar com precisão as dimensões e formas de marcas e fragmentos encontrados em cenas de crime.
  2. (Questão Inédita – Método SID) As escalas métricas são ferramentas que precisam ser utilizadas ao lado de vestígios durante a sua documentação fotográfica, assegurando a proporção e possibilitando análises futuras.
  3. (Questão Inédita – Método SID) A utilização incorreta de escalas métricas ou a falta de alinhamento adequado podem distorcer as imagens de vestígios, comprometendo a análise pericial.
  4. (Questão Inédita – Método SID) O paquímetro é uma ferramenta de mensuração que deve ser utilizada apenas em vestígios de grandes dimensões, sendo desnecessária para marcas pequenas.
  5. (Questão Inédita – Método SID) A documentação das medições de vestígios deve ser realizada de forma aleatória e sem a necessidade de registro detalhado das dimensões e do local.
  6. (Questão Inédita – Método SID) A cadeia de custódia é um processo que garante que todas as intervenções realizadas em um vestígio sejam rastreáveis e legítimas para fins processuais.

Respostas: Mensuração e uso de escalas métricas

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: A mensuração realmente é fundamental no exame de vestígios, pois proporciona a exatidão necessária para a análise das evidências coletadas, o que é vital para a elucidação dos fatos.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Certo

    Comentário: A aplicação de escalas métricas junto aos vestígios é essencial, pois garante que as medidas sejam comparáveis e que a documentação permaneça fiel, o que é crucial para o trabalho de perícia.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: A distorção causada por uma escala mal posicionada pode levar a erros na interpretação dos dados, tornando fundamental a precisão no seu uso durante a documentação.

    Técnica SID: PJA

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: O paquímetro é precisamente desenvolvido para medições de alta precisão, sendo especialmente útil em vestígios pequenos, onde outros instrumentos poderiam não fornecer a detalhamento necessário.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Errado

    Comentário: Ao contrário do que diz a afirmação, a documentação deve ser meticulosa, garantindo a rastreabilidade dos dados e a correspondência exata entre medições e locais, o que é vital para a integridade das provas.

    Técnica SID: SCP

  6. Gabarito: Certo

    Comentário: A cadeia de custódia é crucial para manter a integridade das evidências periciais, assegurando que qualquer modificação ou manipulação das provas possa ser devidamente rastreada e documentada.

    Técnica SID: PJA

Microscopia comparativa

Microscopia comparativa é uma técnica fundamental da perícia criminal, empregada para analisar vestígios e realizar confrontos detalhados entre materiais suspeitos e amostras de referência. Seu objetivo é detectar semelhanças e diferenças minuciosas, imperceptíveis a olho nu, que fundamentam conclusões sobre vínculo, origem ou exclusão forense.

Para isso, são utilizados microscópios comparadores, instrumentos ópticos ou eletrônicos que permitem examinar simultaneamente dois objetos em campos visuais adjacentes divididos por um traço central. Com esse recurso, o perito pode comparar fragmentos, marcas, impressões e estruturas, alternando rapidamente o olhar entre as amostras e observando pontos de coincidência ou divergência.

Microscopia comparativa: “método que consiste na análise paralela de dois fragmentos ou marcas sob instrumentos ópticos, a fim de identificar compatibilidade estrutural e morfológica entre vestígios de interesse pericial”.

Um uso clássico é na balística forense, ao se comparar projéteis disparados com armas suspeitas — cada cano imprime marcas únicas em balas, de modo que a microscopia revela as estrias compatíveis. Também é frequente na análise de fios, cabelos, fragmentos de vidro ou metal, impressões papilares, grãos de pólvora e arranhões deixados por ferramentas em superfícies violadas.

  • Balística: comparação de projéteis e estojos recuperados com disparos de armas apreendidas.
  • Marcas de ferramentas: confronto das ranhuras produzidas em portas, cofres ou cadeados com instrumentos suspeitos.
  • Fragmentos de vidro e tinta: análise de cor, espessura, padrão de quebra e características internas.
  • Impressões digitais parciais: avaliação de minúcias e continuidade dos desenhos papilares.

O procedimento é rigoroso: as amostras são preparadas, posicionadas em suportes apropriados e o perito registra as imagens-chave, muitas vezes com auxílio de fotografia digital acoplada ao microscópio. O confronto técnico exige atenção a detalhes — como singularidades de arranhões, espaçamentos, profundidades e padrões de desgaste — que podem ser decisivos na atribuição de autoria ou exclusão de material.

A grande vantagem da microscopia comparativa está na objetividade: o exame possibilita documentar, ilustrar e reproduzir para terceiros os pontos observados, agregando confiabilidade aos laudos e aos depoimentos periciais em juízo.

Questões: Microscopia comparativa

  1. (Questão Inédita – Método SID) A microscopia comparativa é uma técnica utilizada na perícia criminal cujo propósito é a detecção de variáveis evidenciais que sustentam ou excluem vínculos de origem entre materiais analisados.
  2. (Questão Inédita – Método SID) A microscopia comparativa utiliza microscópios eletrônicos para analisar simultaneamente dois objetos separados por um traço central, permitindo ao perito observar pontos de coincidência ou divergência entre eles.
  3. (Questão Inédita – Método SID) A análise de projéteis na balística forense é um exemplo clássico de microscopia comparativa, onde as marcas deixadas por um cano são comparadas para determinar a compatibilidade entre o projétil e a arma suspeita.
  4. (Questão Inédita – Método SID) A troca de palavras ou expressões no contexto da microscopia comparativa pode alterar significativamente seu significado, por exemplo, substituir ‘marcas’ por ‘cor’ mudaria o foco da análise.
  5. (Questão Inédita – Método SID) Alterar a expressão ‘analisar vestígios’ para ‘examinar casos’ não comprometeria a precisão do conceito de microscopia comparativa.
  6. (Questão Inédita – Método SID) A microscopia comparativa implica um procedimento rigoroso na preparação das amostras, onde o perito deve registrar imagens-chave para garantir a confiabilidade da análise pericial.

Respostas: Microscopia comparativa

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação está correta, uma vez que a microscopia comparativa realmente objetiva identificar semelhanças e diferenças em vestígios para estabelecer vínculos ou exclusões forenses.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: A técnica idealmente utiliza microscópios comparadores, que podem ser ópticos ou eletrônicos, mas o enunciado sugere erroneamente que ela se restringe a microscópios eletrônicos.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: Correto. A microscopia comparativa é amplamente utilizada na balística para comparar marcas únicas em projéteis disparados com as armas que os dispararam, estabelecendo assim a possibilidade de vínculos.

    Técnica SID: TRC

  4. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação está correta. A substituição de termos-chave pode alterar o entendimento da técnica, pois ‘marcas’ e ‘cor’ referem-se a diferentes aspectos analisados na perícia.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Errado

    Comentário: A substituição proposta modifica o escopo da técnica, pois ‘analisar vestígios’ é específico à função da microscopia comparativa, enquanto ‘examinar casos’ é muito mais amplo e vago.

    Técnica SID: SCP

  6. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação é correta, pois a rigorosidade na preparação e registro das amostras na microscopia comparativa é essencial para a credibilidade dos laudos periciais.

    Técnica SID: PJA

Comparação com padrões

A comparação com padrões é uma das etapas mais críticas na análise forense de vestígios físicos, pois permite ao perito confirmar ou excluir ligações entre materiais suspeitos e fontes conhecidas, como objetos, instrumentos, pessoas ou locais. O procedimento baseia-se em confrontar diretamente o vestígio coletado com uma amostra-padrão representativa da possível origem.

Para realizar a comparação, o perito utiliza critérios técnicos definidos segundo o tipo de material em análise. Elementos como cor, textura, dimensão, perfil geométrico, composição superficial, padrão de desgaste e arranhões são observados e documentados, tanto a olho nu quanto por instrumentos (microscópios, escalas métricas, espectrofotômetros).

Comparação com padrões: “processo pericial destinado a confrontar vestígios encontrados em locais de crime com amostras de referência, buscando estabelecer vínculo de identidade, compatibilidade ou exclusão de origem”.

Esse método se aplica amplamente: marca de ferramenta em porta é comparada com ferramenta suspeita; fragmento de vidro encontrado no chão é confrontado com janela quebrada; tinta automotiva em roupa é analisada frente à pintura de veículos envolvidos; até impressões digitais são examinadas quanto ao número e disposição de minúcias em relação aos bancos de dados papiloscópicos.

  • Vestígios de tinta: além de cor, avalia-se a camada de estratificação e a composição química para garantir compatibilidade.
  • Fragmentos de vidro: encaixe físico e características ópticas reforçam a identidade com o objeto de origem.
  • Marcas de ferramentas: microscopia revela minúcias do sulco produzido, estabelecendo ou excluindo ligação com instrumento suspeito.
  • Impressões digitais: padrões papilares e singularidades confrontadas com base de dados oficial.

O rigor na coleta de padrões é essencial: devem ser preservados, etiquetados e acondicionados conforme protocolos da cadeia de custódia. Todos os exames devem ser devidamente registrados em laudo, com fotos comparativas, gráficos ou tabelas que demonstrem objetivamente o resultado do confronto.

Ao confirmar compatibilidade, a análise por comparação com padrões fortalece a robustez probatória; quando há exclusão, afasta hipóteses equivocadas. Seu emprego criterioso é base na atuação pericial moderna e decisivo para a elucidação de crimes.

Questões: Comparação com padrões

  1. (Questão Inédita – Método SID) A comparação com padrões é um procedimento utilizado na análise forense que possibilita ao perito confirmar ou excluir a ligação entre vestígios coletados e suas fontes conhecidas, como objetos ou locais envolvidos na cena do crime.
  2. (Questão Inédita – Método SID) O rigor na coleta de amostras-padrão não é essencial para a validade da comparação, pois o resultado da análise depende principalmente do exame visual dos vestígios.
  3. (Questão Inédita – Método SID) Na comparação de impressões digitais, a análise do número e disposição das minúcias é capaz de confirmar a identidade do indivíduo em relação a bancos de dados. Essa análise é feita por observação direta apenas.
  4. (Questão Inédita – Método SID) A comparação com padrões de fragmentos de vidro envolve a análise de características ópticas e o encaixe físico, aspectos que são importantes para confirmar a identidade entre o vestígio e o objeto de origem.
  5. (Questão Inédita – Método SID) A técnica de comparação com padrões pode ser aplicada apenas a vestígios de tinta, não sendo relevante para outros materiais, como vidro ou impressões digitais.
  6. (Questão Inédita – Método SID) A documentação dos exames realizados durante o processo de comparação com padrões não requer registro em laudos ou a inclusão de material fotográfico ou gráfico, sendo suficiente o relatório verbal do perito.

Respostas: Comparação com padrões

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmativa está correta, pois a comparação com padrões é uma etapa fundamental na determinação da origem de vestígios, permitindo ao perito estabelecer vínculos de identidade ou compatibilidade.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmativa está errada, pois a coleta rigorosa das amostras-padrão é crucial para assegurar a validade do exame e a preservação da cadeia de custódia, que garante a integridade das evidências.

    Técnica SID: SCP

  3. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmativa está errada, pois, além da observação direta, a análise das impressões digitais pode incluir o uso de tecnologia avançada, como softwares de reconhecimento, e não se limita apenas à observação visual.

    Técnica SID: PJA

  4. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmativa está correta, pois, na análise de fragmentos de vidro, tanto as características ópticas quanto o encaixe físico são essenciais para confirmar a relação entre a evidência coletada e a fonte de origem.

    Técnica SID: TRC

  5. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmativa está errada, pois a comparação com padrões é aplicável a uma ampla gama de vestígios, incluindo tintas, fragmentos de vidro, marcas de ferramentas e impressões digitais, todos essenciais na análise pericial.

    Técnica SID: SCP

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmativa está errada, pois a documentação rigorosa, incluindo laudos, fotografias e gráficos, é fundamental para garantir a reprodutibilidade dos resultados e a validade da análise pericial.

    Técnica SID: PJA

Reprodução de marcas

Reprodução de marcas é uma técnica pericial utilizada para capturar, conservar e analisar impressões, ranhuras, sulcos e deformações observados em superfícies envolvidas em delitos. O objetivo é produzir “réplicas” fiéis das marcas deixadas por ferramentas, calçados, pneus, dentes ou outros objetos, facilitando exames comparativos e análises posteriores mesmo após a alteração ou remoção do vestígio original.

O processo consiste, geralmente, na aplicação de materiais específicos – como silicones, gessos, resinas acrílicas ou massas moldáveis – diretamente sobre a marca. Após a secagem ou endurecimento, esses materiais são removidos, levando consigo um negativo tridimensional da estrutura observada. Isso permite estudar em laboratório detalhes que poderiam se perder com o tempo ou com a manipulação do local.

Reprodução de marcas: “procedimento destinado a copiar fielmente impressões deixadas em superfícies por instrumentos, objetos ou partes do corpo, garantindo a preservação e análise posterior do vestígio”.

Entre as aplicações clássicas estão a reprodução de pegadas em solo úmido, marcas de pneus em lama, mordidas em alimentos ou marcas de ferramentas em portas e cofres. Além da análise direta, as marcas reproduzidas podem ser transportadas para o laboratório, enviadas para outros peritos ou armazenadas como prova processual, mantendo sua integridade por longos períodos.

  • Pegadas de calçado: moldagem em gesso em solo arenoso ou argiloso.
  • Marcas de ferramentas: reprodução com silicone em portas, trancas e mobiliários arrombados.
  • Impressões dentárias: moldes de arcada em silicone para confronto com marcas em vítimas ou objetos.
  • Pneus: reprodução de sulcos em superfícies de terra ou lama para análise de padrões específicos.

O rigor na escolha do material, na aplicação e na documentação da reprodução é peça-chave para sua validade. Fotografias antes, durante e depois da moldagem garantem que o vestígio corresponde fielmente ao local e facilita futuras interpretações. É fundamental, ainda, respeitar as normas da cadeia de custódia: embalar, lacrar e etiquetar os negativos conforme protocolos para garantir sua rastreabilidade e aceitação judicial.

Por permitir análises detalhadas, confrontos com amostras de referência e manter integral o conteúdo informacional das marcas, a reprodução é recurso indispensável em perícias criminais modernas.

Questões: Reprodução de marcas

  1. (Questão Inédita – Método SID) A reprodução de marcas é uma técnica utilizada por peritos para criar réplicas fiéis de impressões deixadas por ferramentas em superfícies, facilitando análises comparativas mesmo após a remoção do vestígio original.
  2. (Questão Inédita – Método SID) A reprodução de marcas somente pode ser realizada em locais onde as impressões são perfeitamente visíveis, sendo desnecessária a utilização de materiais como resinas ou gessos.
  3. (Questão Inédita – Método SID) A reprodução de marcas é um procedimento que permite a moldagem de impressões em diversas superfícies, tais como solo, madeira e metais, sendo fundamental para o estudo de vestígios em investigações criminais.
  4. (Questão Inédita – Método SID) A preservação inadequada de negativos de reprodução de marcas pode comprometer sua validade nas análises periciais, não sendo necessário seguir normas rigorosas de documentação e cadeia de custódia.
  5. (Questão Inédita – Método SID) O uso de materiais como silicones ou gessos na reprodução de marcas é uma etapa crítica que garante a captura fiel da impressão deixada por objetos, sendo irrelevante a documentação fotográfica antes e após o procedimento.
  6. (Questão Inédita – Método SID) A técnica de reprodução de marcas pode ser aplicada em vestígios de mordidas em alimentos, com a utilização de gessos, que geram uma impressão detalhada daquela marca específica.

Respostas: Reprodução de marcas

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação é correta, pois a reprodução de marcas visa garantir que impressões deixadas por instrumentos sejam preservadas e analisadas, permitindo assim sua utilização em investigações. Essa técnica é essencial na perícia, pois permite a comparação com amostras de referência e evita a perda de informações durante o processo de remoção.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmação é incorreta, pois a reprodução de marcas pode ser feita mesmo em superfícies onde as impressões não são claramente visíveis. O uso de materiais como silicones ou gessos é essencial para capturar detalhadamente as marcas e pode ser aplicado em condições que favoreçam a formação de negativos, mesmo que as marcas não estejam em estado ideal de visibilidade.

    Técnica SID: SCP

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação é correta, uma vez que a reprodução de marcas abrange uma variedade de superfícies, permitindo uma análise detalhada de vestígios que podem ser cruciais em investigações criminais. O processo é aplicado em locais como solo, portas e móveis arrombados, garantindo a integridade das evidências para futura análise.

    Técnica SID: TRC

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmação é incorreta, pois a preservação e a documentação adequadas dos negativos são essenciais para garantir a validade das análises periciais. O descumprimento das normas de cadeia de custódia pode levar à perda de integridade das provas e, consequentemente, à sua não aceitação judicial.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmação é incorreta, pois a documentação fotográfica é fundamental para comprovar a correspondência do vestígio original com a reprodução feita. Essa etapa visual é crucial para reforçar a integridade da evidência durante investigações e potencial processo judicial.

    Técnica SID: PJA

  6. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação é verdadeira, pois a reprodução de marcas pode definitivamente incluir a análise de mordidas em alimentos, onde os gessos são utilizados para criar impressões que podem ser analisadas posteriormente em investigações criminais.

    Técnica SID: PJA

Exemplos práticos de análise pericial

Furto com arrombamento

O furto com arrombamento é um dos crimes mais recorrentes analisados pela perícia criminal, exigindo abordagem detalhada do local e dos vestígios físicos deixados. Esse cenário envolve o uso de força física e instrumentos para violar barreiras (portas, janelas, grades) com o objetivo de subtrair bens, geralmente sem contato direto com vítimas.

A análise inicia-se com inspeção visual criteriosa da área arrombada. Marcas de ferramentas — como sulcos, ranhuras ou deformações em portas e fechaduras — são indícios primordiais. Cada uma dessas marcas pode indicar o tipo e formato do instrumento utilizado, colaborando para a identificação dos meios empregados no delito.

Em furto com arrombamento, “marcas deixadas por objetos rígidos em estruturas violadas permitem confrontar ferramentas apreendidas e reconstruir a dinâmica do acesso”.

Fragmentos de materiais, como lascas de madeira, pedaços de metal, vidro quebrado ou resíduos de tinta, também são coletados para análise comparativa. Tais fragmentos podem ser confrontados posteriormente em laboratório com amostras de portas, janelas ou objetos danificados, reforçando o nexo entre local e material apreendido com suspeitos.

  • Impressões digitais: presentes em maçanetas, trincos, cofres ou gavetas reviradas, auxiliam na identificação do autor.
  • Fragmentos: análise do encaixe de lascas e resíduos entre a cena e materiais apreendidos fortalece a autoria material.
  • Marcas de ferramentas: confronto microcomparativo entre ranhuras deixadas e objetos suspeitos de uso.

Fotografia forense registrada em múltiplos ângulos documenta o estado original da cena antes de qualquer manipulação. A mensuração de vestígios — largura de sulcos, diâmetro de perfurações, comprimento de marcas — gera base técnica para comparação fiel em laudo pericial.

O perito, ao encontrar objetos inteiros abandonados (como ferramentas deixadas no local), direciona a análise para possíveis impressões digitais, marcas recentes e sinais de uso, descrevendo e categorizando cada aspecto relevante. Todo procedimento é seguido de rigor na cadeia de custódia, garantindo validade probatória dos vestígios e conclusões alcançadas.

Questões: Furto com arrombamento

  1. (Questão Inédita – Método SID) O furto com arrombamento ocorre quando há utilização de força física para violar barreiras destinadas à proteção de bens, geralmente sem que haja contato direto com as vítimas.
  2. (Questão Inédita – Método SID) A análise pericial de um furto com arrombamento deve ser iniciada pela verificação de sinais de arrombamento, como marcas de ferramentas em portas e janelas.
  3. (Questão Inédita – Método SID) Impressões digitais encontradas em objetos revirados durante um furto com arrombamento são irrelevantes para a identificação do autor do crime.
  4. (Questão Inédita – Método SID) Fragmentos de materiais, como lascas de madeira ou vidro quebrado, podem ser analisados de forma comparativa em laboratório com objetos danificados no local do furto com arrombamento.
  5. (Questão Inédita – Método SID) A fotografia forense é uma etapa desnecessária na documentação da cena de um furto com arrombamento, já que o perito pode confiar em sua memória para elaborar o laudo pericial.
  6. (Questão Inédita – Método SID) Marcas de ferramentas deixadas em estruturas violadas durante um furto com arrombamento não podem ser confrontadas com ferramentas apreendidas posteriormente.
  7. (Questão Inédita – Método SID) A cadeia de custódia é um procedimento que garante a validade probatória dos vestígios coletados na cena do furto com arrombamento.

Respostas: Furto com arrombamento

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: O enunciado caracteriza corretamente o furto com arrombamento, que envolve a subtração de bens por meio da violação de barreiras, sem interação com as vítimas, sendo um crime comum analisado pela perícia criminal.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Certo

    Comentário: A inspeção visual criteriosa do local arrombado é fundamental na análise pericial, pois as marcas deixadas por ferramentas ajudam na identificação dos instrumentos utilizados no crime.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Errado

    Comentário: Impressões digitais são elementos cruciais na perícia, pois podem identificar o autor do delito, sendo uma evidência que auxilia na ligação entre o suspeito e a cena do crime.

    Técnica SID: SCP

  4. Gabarito: Certo

    Comentário: A coleta de fragmentos materiais e a análise comparativa ajudam a estabelecer um nexo entre os vestígios encontrados na cena do crime e os objetos danificados, fortalecendo a autoria material.

    Técnica SID: PJA

  5. Gabarito: Errado

    Comentário: A fotografia forense é essencial, pois documenta fielmente o estado da cena do crime antes de quaisquer manipulações, servindo como prova visual em laudos periciais.

    Técnica SID: SCP

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: O confronto microcomparativo entre as marcas de ferramentas e objetos suspeitos é uma parte crucial da análise pericial, pois pode ajudar a estabelecer a conexão entre o crime e o suspeito.

    Técnica SID: PJA

  7. Gabarito: Certo

    Comentário: A rigorosa manutenção da cadeia de custódia é essencial para assegurar que os vestígios coletados e as análises realizadas mantenham sua validade jurídica em um eventual processo.

    Técnica SID: TRC

Homicídio com arma branca

O exame pericial em homicídios cometidos com arma branca — facas, estiletes, canivetes e instrumentos similares — requer atenção meticulosa aos vestígios presentes no local do crime, na vítima e nos objetos envolvidos. Esses vestígios, em sua maioria físicos, revelam não apenas a dinâmica dos fatos, mas também podem indicar autoria e circunstâncias do delito.

Os principais vestígios analisados incluem a arma branca em si, impressões digitais no cabo ou na lâmina, manchas de sangue, fragmentos de tecido, fios de cabelo, fibras e marcas de luta corporal, além de cortes em mobílias e superfícies próximas. A análise da lâmina permite determinar seu formato, dimensões, presença de resíduos biológicos e compatibilidade com ferimentos observados na vítima.

Em homicídios com arma branca, “o confronto entre padrões de lesões, dimensões da lâmina e vestígios relacionados reforça a capacidade de individualização do instrumento utilizado e esclarecimento da dinâmica criminosa”.

A avaliação dos ferimentos busca identificar número, direção, profundidade, forma e características das lesões, distinguindo cortes, perfurações e possíveis tentativas de defesa pela vítima. Lesões defensivas podem ser evidenciadas em mãos, antebraços ou outras regiões expostas. O exame complementa-se pelo confronto das manchas de sangue presentes na cena com padrões de respingos e arrastos, auxiliando na reconstrução dos movimentos no momento do crime.

  • Arma apreendida: análise de impressões digitais, vestígios biológicos e comparação com lesões na vítima.
  • Fragmentos e fibras: coleta para exame comparativo caso haja resistência entre agressor e vítima.
  • Cortes em objetos próximos: avaliação da compatibilidade com a arma e possível indicação de luta ou resistência.

Toda documentação é realizada por fotografias detalhadas, medições precisas e registros sob diversos ângulos. Cuidados especiais com coleta, acondicionamento e cadeia de custódia garantem a validade probatória dos vestígios para subsidiar laudos conclusivos e identificação de autoria em processos judiciais.

Questões: Homicídio com arma branca

  1. (Questão Inédita – Método SID) O exame pericial em homicídios cometidos com armas brancas, como facas e estiletes, deve focar principalmente na análise de vestígios físicos que podem indicar a dinâmica do crime e a autoria. Essa análise inclui a verificação de impressões digitais, manchas de sangue e fragmentos de tecido.
  2. (Questão Inédita – Método SID) A avaliação de ferimentos em perícias de homicídios com arma branca não inclui a análise da direção e profundidade das lesões, uma vez que esses aspectos não são relevantes para determinar a dinâmica do crime.
  3. (Questão Inédita – Método SID) A análise de cortes em objetos próximos ao local do homicídio, cometidos com arma branca, pode fornecer indícios sobre a luta ou resistência da vítima, além de ajudar a determinar a compatibilidade das lesões com a arma utilizada.
  4. (Questão Inédita – Método SID) O exame pericial em homicídios com armas brancas descarta a coleta de vestígios biológicos presentes na arma, uma vez que esses vestígios não são úteis para a investigação.
  5. (Questão Inédita – Método SID) A utilização de fotografias detalhadas e medições precisas na documentação de uma cena de crime com homicídio por arma branca é desnecessária, já que a reconstrução do crime pode ser feita apenas com relatos das testemunhas.
  6. (Questão Inédita – Método SID) Lesões defensivas, frequentemente observadas em vítimas de homicídios com armas brancas, podem ser identificadas em áreas como as mãos e antebraços, indicando uma tentativa de defesa contra o agressor.

Respostas: Homicídio com arma branca

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação está correta, pois na perícia de homicídios com armas brancas, a análise de vestígios físicos é fundamental para entender como o crime ocorreu e pode ajudar na identificação do autor. A coleta e análise de impressões digitais e manchas de sangue são procedimentos comuns e essenciais nesta investigação.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: A questão está errada, pois a análise da direção e profundidade das lesões é crucial para entender a dinâmica do crime, incluindo a possibilidade de lesões defensivas e o contexto da luta entre agressor e vítima. Esses fatores são indispensáveis para a reconstrução dos eventos e para a identificação de autoria.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmativa é correta, pois cortes em mobílias e superfícies próximas podem indicar resistência da vítima e são usados para verificar se as lesiones são compatíveis com o perfil da arma encontrada. Essa análise é essencial para a elucidação do crime.

    Técnica SID: SCP

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmação é errada, pois a coleta de vestígios biológicos na arma é fundamental para a investigação, pois pode levar à identificação do autor através de impressões digitais e DNA. Ignorar essa etapa comprometeria a validade das evidências encontradas.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmativa está incorreta, pois a documentação rigorosa da cena do crime, incluindo fotografias e medições, é essencial para garantir a validade das evidências em um processo judicial. Depender apenas de relatos pode levar a interpretações falhas e comprometer a investigação.

    Técnica SID: PJA

  6. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação está correta, pois lesões defensivas são indicativas de uma luta entre a vítima e o agressor, e sua localização em partes do corpo que geralmente são expostas, como mãos e antebraços, é um ponto importante na análise da cena do crime.

    Técnica SID: PJA

Atropelamento com fuga

Em situações de atropelamento com fuga, a análise pericial prioriza a busca de vestígios que possam associar o veículo responsável e reconstruir a dinâmica do evento, mesmo sem a presença do autor no local. O estudo meticuloso dos fragmentos, marcas e outros indicativos materiais torna-se ferramenta crucial para o esclarecimento do caso e para subsidiar a responsabilização dos envolvidos.

Os fragmentos de materiais, especialmente peças de vidro, plástico de faróis ou retrovisores, são frequentemente encontrados ao redor da vítima e do ponto de impacto. Esses fragmentos são coletados e encaminhados para comparação detalhada com veículos localizados posteriormente, utilizando microscopia comparativa e análise físico-química, que permitem afirmar compatibilidade ou exclusão.

O confronto entre fragmentos recolhidos na cena e componentes danificados de veículos suspeitos é fundamental para estabelecer o nexo causal no delito de atropelamento com fuga.

Impressões de pneus deixadas no asfalto, solo ou gramado permitem que o perito avalie modelo, largura e possíveis padrões de desgaste, auxiliando na identificação do veículo. Marcas de frenagem, arrasto ou desvio na trajetória são analisadas para estimar a velocidade, direção do impacto e comportamento do condutor antes e depois do atropelamento.

  • Fragmentos de vidro ou plástico: análise comparativa com os componentes dos veículos para identificar o responsável.
  • Marcas de pneus: registro fotográfico e moldagem para possível confronto com pneus suspeitos.
  • Manchas de sangue e tecidos: localização e distribuição contribuem para reconstituir o posicionamento e o movimento da vítima no instante do impacto.

A documentação fotográfica rigorosa da cena, o registro das posições relativas e o recolhimento ordenado dos vestígios garantem a integridade da prova para subsidiar laudos técnicos e dar subsídios à investigação policial e judicial, mesmo na ausência do autor no local.

Esses elementos, aliados às informações de registros de trânsito e eventuais testemunhas, compõem um quadro probatório robusto, permitindo a correta atribuição de autoria e a efetiva persecução penal em casos de atropelamento com fuga.

Questões: Atropelamento com fuga

  1. (Questão Inédita – Método SID) Em casos de atropelamento com fuga, a análise pericial foca na procura de vestígios que possam associar um veículo específico ao ocorrido, mesmo sem a presença do autor no local do acidente.
  2. (Questão Inédita – Método SID) A presença de fragmentos de vidro ou plástico na cena de um atropelamento é irrelevante para a identificação do veículo responsável pela fuga.
  3. (Questão Inédita – Método SID) Impressões de pneus deixadas na cena do acidente são irrelevantes para a análise pericial na identificação de um veículo envolvido em atropelamento com fuga.
  4. (Questão Inédita – Método SID) A documentação fotográfica da cena de um atropelamento com fuga é essencial para garantir a integridade das provas e subsidiar laudos técnicos.
  5. (Questão Inédita – Método SID) A análise de manchas de sangue e tecidos na cena de um atropelamento pode fornecer informações relevantes sobre o movimento da vítima no momento do impacto.
  6. (Questão Inédita – Método SID) A análise comparativa de fragmentos recolhidos na cena de um atropelamento e componentes de veículos suspeitos é desnecessária para estabelecer o nexo causal no delito.

Respostas: Atropelamento com fuga

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: A análise pericial é de fato direcionada à busca de vestígios que possam ligar o veículo ao evento, sendo essa uma estratégia fundamental para o esclarecimento do caso.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: Os fragmentos de materiais, como vidro e plástico, são elementos cruciais que podem ser analisados comparativamente para estabelecer a identificação do veículo responsável pelo atropelamento.

    Técnica SID: SCP

  3. Gabarito: Errado

    Comentário: As impressões de pneus possibilitam ao perito determinar modelo, largura e padrões de desgaste, sendo fundamentais na identificação do veículo que causou o atropelamento.

    Técnica SID: SCP

  4. Gabarito: Certo

    Comentário: A documentação fotográfica rigorosa é vital para assegurar que as evidências sejam preservadas de forma adequada, ajudando na posterior análise e interpretação das provas.

    Técnica SID: PJA

  5. Gabarito: Certo

    Comentário: A localização e distribuição das manchas de sangue e tecidos são fatores que contribuem para reconstituir o posicionamento da vítima, o que é crucial para entender a dinâmica do acidente.

    Técnica SID: PJA

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: O confronto entre os fragmentos encontrados na cena e os componentes de veículos suspeitos é fundamental para determinar a relação entre o veículo e o atropelamento, estabelecendo assim o nexo causal.

    Técnica SID: PJA

Roubo de caixa eletrônico

O roubo de caixa eletrônico é um dos delitos mais complexos e desafiadores para a perícia criminal, pois envolve múltiplos vestígios físicos e métodos especializados de violação. Geralmente, os criminosos utilizam ferramentas pesadas, explosivos ou maçaricos para acessar o compartimento com dinheiro, deixando inúmeros rastros no local.

No exame pericial, as marcas deixadas em estruturas metálicas e compartimentos violados são fundamentais. Sulcos, cortes e deformações em portas, lacres e painéis elétricos possibilitam reconstruir as etapas do arrombamento e sugerir o tipo de instrumento utilizado — como serra, maçarico ou explosivo. A análise detalhada dessas marcas potencializa o confronto com ferramentas encontradas em poder de suspeitos.

Marcas de violação, resíduos térmicos ou fragmentos de ferramentas em caixas eletrônicos são indícios diretos dos métodos empregados e possibilitam individualizar a autoria em roubos do tipo.

Fragmentos de materiais, como pedaços de metal, plástico queimado, vidros ou fiações cortadas, também são coletados para exames físicos e comparativos. Resíduos de produtos químicos, tintas ou explosivos demandam análise laboratorial específica, fortalecendo o laudo com informações técnicas sobre a natureza dos materiais empregados.

  • Cortes e sulcos: registro fotográfico e mensuração em superfícies violadas de caixas e cofres.
  • Resíduos de explosivos ou maçarico: coleta para exame químico e identificação de substâncias.
  • Impressões digitais e fragmentos de luvas: elementos que subsidiam a identificação do(s) autor(es).
  • Fragmentos de instrumentos: confronto microcomparativo com ferramentas apreendidas.

Além de examinar o caixa eletrônico, o entorno é minuciosamente inspecionado para vestígios de fuga — impressões de calçados, marcas de pneus, fios, ferramentas abandonadas ou fragmentos de embalagem de explosivos. O rigor na cadeia de custódia e na documentação fotográfica é essencial para garantir robustez probatória e validade dos achados periciais.

A perícia nesses casos subsidia não só a reconstrução detalhada do evento, mas frequentemente contribui de modo determinante para a elucidação da autoria e para o fortalecimento da investigação policial e processual.

Questões: Roubo de caixa eletrônico

  1. (Questão Inédita – Método SID) O roubo de caixa eletrônico requer uma análise minuciosa do local, pois as marcas deixadas em estruturas metálicas podem ser utilizadas para reconstruir o arrombamento e identificar os instrumentos utilizados no crime.
  2. (Questão Inédita – Método SID) A coleta de fragmentos de materiais, como plástico queimado e fiações cortadas, é irrelevante na investigação de roubos a caixas eletrônicos, pois não traz informações significativas sobre a autoria do crime.
  3. (Questão Inédita – Método SID) A análise de resíduos de explosivos coletados no local de um roubo a caixa eletrônico é essencial para determinar a natureza dos materiais utilizados e pode ser decisiva para comprovar a metodologia criminosa empregada na ação.
  4. (Questão Inédita – Método SID) O exame do entorno do caixa eletrônico, incluindo a busca por marcas de pneus e ferramentas abandonadas, é um procedimento desnecessário, pois a perícia se concentra exclusivamente no aparelho violado.
  5. (Questão Inédita – Método SID) O rigor na cadeia de custódia e na documentação fotográfica durante a análise pericial de um roubo a caixa eletrônico é fundamental para garantir a validade das evidências coletadas.
  6. (Questão Inédita – Método SID) Impressões digitais e fragmentos de luvas encontrados no local do crime não têm relevância na identificação dos autores dos roubos a caixas eletrônicos, uma vez que a maioria dos criminosos utiliza ferramentas para o arrombamento e não deixa essas evidências.

Respostas: Roubo de caixa eletrônico

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação está correta, pois as marcas de cortes e deformações em estruturas violadas são essenciais para determinar o método de arrombamento e o tipo de ferramenta utilizada, contribuindo para a elucidação do crime.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmação é incorreta, uma vez que a coleta de fragmentos e resíduos é fundamental para a análise laboratorial que pode identificar os materiais utilizados, contribuindo para a individualização da autoria dos roubos.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação está correta. A análise de resíduos químicos permite identificar os materiais explosivos utilizados e fornece informações cruciais para o laudo pericial, fortalecendo as provas no andamento do processo investigativo.

    Técnica SID: TRC

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmação é incorreta, já que a perícia deve incluir a análise do ambiente em volta do caixa eletrônico para coletar evidências adicionais que podem ser relevantes para a investigação, como marcas de fuga e ferramentas deixadas para trás.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação está correta, pois a manutenção rigorosa da cadeia de custódia e a documentação adequada são essenciais para assegurar a integridade das provas e a legitimidade do processo judicial.

    Técnica SID: SCP

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmação é incorreta. Impressões digitais e fragmentos de luvas são indícios diretos que contribuem significativamente para a identificação dos autores, sendo importantes para a prova de autoria nos processos judiciais.

    Técnica SID: PJA

Procedimentos de coleta e preservação dos vestígios

Uso de EPIs

O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é etapa indispensável na rotina pericial, especialmente durante a coleta, manuseio e preservação de vestígios físicos. Esses equipamentos atuam como barreira de biossegurança e proteção laboratorial, minimizando riscos ao perito e assegurando a integridade do material analisado.

A seleção de EPIs depende do cenário do local de crime e dos tipos de vestígios presentes. Suas funções principais são evitar a contaminação do ambiente, proteger o profissional contra agentes físicos, químicos e biológicos, e impedir que impressões digitais, fios de cabelo ou fragmentos do próprio perito alterem ou destruam os vestígios reais da cena.

EPIs: “conjunto de dispositivos destinados à proteção do trabalhador e do vestígio, composto por itens como luvas, máscaras, avental, óculos, touca e protetores específicos, a serem utilizados durante todo o procedimento pericial”.

Em locais onde há risco biológico — como cenas com sangue, fluídos corporais ou materiais biológicos — destacam-se luvas descartáveis, máscaras faciais, aventais impermeáveis e óculos de proteção. Para coleta de fragmentos químicos ou manipulação de materiais cortantes, óculos, máscaras e luvas resistentes são obrigatórios. Já sapatos fechados ou propés evitam transporte de resíduos e sujeira entre ambientes.

  • Luvas: protegem o perito e impedem interferência nos vestígios; devem ser trocadas após cada coleta de material diferente.
  • Máscaras: barram a dispersão de gotículas e minimizam o risco de inalação de partículas ou agentes tóxicos.
  • Óculos e viseiras: evitam contato de fragmentos ou splashes com olhos e mucosas.
  • Avental ou jaleco: isolamento do corpo e das roupas do perito durante as operações.
  • Toucas e protetores de calçados: impedem deposição de fios ou outros vestígios corporais na cena.

O uso correto e contínuo dos EPIs preserva tanto a saúde do perito quanto a confiabilidade dos vestígios coletados, sendo requisito indispensável para validade do exame pericial e aceitação dos resultados nos autos judiciais.

Questões: Uso de EPIs

  1. (Questão Inédita – Método SID) O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é fundamental durante a coleta e preservação de vestígios físicos para minimizar riscos ao perito e garantir a integridade dos materiais analisados.
  2. (Questão Inédita – Método SID) A troca de luvas durante a coleta de diferentes materiais é considerada uma prática dispensável, pois as luvas oferecem proteção contínua contra todos os tipos de vestígios.
  3. (Questão Inédita – Método SID) O uso de máscaras faciais durante a coleta de vestígios é necessário apenas em locais com grande concentração de partículas visíveis, não sendo relevante em condições normais de operação pericial.
  4. (Questão Inédita – Método SID) Em cenas de crime com risco biológico, a utilização de aventais impermeáveis, luvas descartáveis e óculos de proteção é imprescindível para evitar contaminações e garantir a segurança do perito.
  5. (Questão Inédita – Método SID) O uso de sapatos fechados ou propés em ambientes de coleta e manipulação de vestígios é uma recomendação opcional, pois não contribui significativamente para a limpeza do local.
  6. (Questão Inédita – Método SID) A função dos EPIs é apenas proteger o perito durante o trabalho pericial, sem impacto na validade dos vestígios analisados em um exame pericial.

Respostas: Uso de EPIs

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: Os EPIs atuam como uma barreira de biossegurança, sendo essenciais para a proteção do perito e a preservação da evidência no ambiente pericial. Sua correta utilização é vital para manter a integridade do material coletado e a saúde do profissional.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: A troca de luvas após cada coleta é essencial para evitar a contaminação do vestígio e garantir que traços de outros materiais não interfiram na análise. Essa prática é fundamental em procedimentos periciais.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Errado

    Comentário: Máscaras faciais são necessárias sempre que houver risco de inalação de partículas ou agentes tóxicos, independentemente da visibilidade das mesmas, garantindo a segurança do perito e a confiabilidade do exame.

    Técnica SID: SCP

  4. Gabarito: Certo

    Comentário: A utilização desses EPIs é essencial em locais com risco biológico, ajudando a prevenir contaminações e protegendo a saúde do perito durante o manuseio de material potencialmente contaminado.

    Técnica SID: PJA

  5. Gabarito: Errado

    Comentário: O uso de sapatos fechados ou propés é fundamental para evitar o transporte de resíduos entre ambientes, garantindo maior controle da contaminação e preservação da cena do crime.

    Técnica SID: SCP

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: Os EPIs têm um papel crucial não somente na proteção do perito, mas também na preservação da integridade dos vestígios, o que é essencial para a validade dos exames periciais e aceitação dos resultados nos autos judiciais.

    Técnica SID: PJA

Acondicionamento e etiquetagem

O acondicionamento e a etiquetagem dos vestígios são etapas fundamentais na preservação da prova física coletada em uma cena de crime. Elas garantem que cada material mantenha suas características originais e esteja devidamente identificado desde a coleta até a análise laboratorial e eventual apresentação em juízo.

O acondicionamento refere-se à escolha da embalagem adequada para cada tipo de vestígio. Fragmentos de vidro, metais ou objetos volumosos exigem caixas rígidas, enquanto papéis, tecidos ou fios são armazenados em envelopes próprios. É importante evitar que vestígios diferentes entrem em contato, o que pode gerar contaminação cruzada ou perda de informações.

Acondicionamento correto: “procedimento de proteção e separação dos vestígios para manter suas características, integridade e rastreabilidade durante todo o processamento pericial”.

As embalagens devem ser limpas, secas e, sempre que possível, lacradas logo após o depósito do material, impedindo acesso indevido e alterações não autorizadas. Para vestígios biológicos, a preferência é por embrulhos com papel, já que embalagens plásticas podem reter umidade e acelerar decomposição.

  • Caixas rígidas: ideais para vidro, ferramentas ou peças volumosas, com fixação interna para evitar deslocamento.
  • Envelopes e sacos de papel: utilizados para tecidos, fios, cabelos ou vestígios leves e facilmente dispersáveis.
  • Frascos herméticos: recomendados para líquidos, amostras químicas ou vestígios odoríferos.
  • Moldes protegidos: marcações em gesso ou silicone devem ser envoltas de forma a evitar danos e deformações.

Já a etiquetagem consiste no preenchimento completo de etiquetas afixadas em cada invólucro. Devem constar dados essenciais: número do vestígio, descrição resumida, local de coleta, data e hora, nome do responsável, identificação do inquérito ou laudo e, quando necessário, observações sobre estado de conservação ou riscos. Essas informações garantem a rastreabilidade e a correta vinculação do objeto à cadeia de custódia.

The rigor in packaging and labeling is essential for the legal validity of the evidence, enabling safe and transparent transit from the scene to the laboratory, throughout processing, and even in the event of a future judicial dispute. Neglect in these steps can lead to exclusion of evidence or compromise of the entire forensic investigation.

Questões: Acondicionamento e etiquetagem

  1. (Questão Inédita – Método SID) O acondicionamento de vestígios coletados em uma cena de crime é destinado exclusivamente a vestígios biológicos, como sangue e secreções, assegurando sua preservação.
  2. (Questão Inédita – Método SID) A escolha da embalagem para acondicionamento deve ser feita de forma a evitar a contaminação cruzada dos vestígios, assegurando que materiais diferentes não entrem em contato.
  3. (Questão Inédita – Método SID) A etiquetagem dos invólucros dos vestígios deve conter apenas o número do vestígio e a descrição do material, desconsiderando a informação sobre o responsável pela coleta.
  4. (Questão Inédita – Método SID) Embalagens plásticas são recomendadas para vestígios biológicos, pois elas são capazes de reter a umidade e, assim, evitar a decomposição dos materiais.
  5. (Questão Inédita – Método SID) O acondicionamento correto de vestígios envolve a escolha de embalagens rigorosamente limpas e secas, preferencialmente lacradas logo após a coleta, para evitar acesso não autorizado.
  6. (Questão Inédita – Método SID) A preservação da cadeia de custódia é garantida apenas pelo acondicionamento correto, não sendo necessária uma etiquetagem adequada dos vestígios.

Respostas: Acondicionamento e etiquetagem

  1. Gabarito: Errado

    Comentário: O acondicionamento não se limita a vestígios biológicos, mas também envolve a proteção de fragmentos de vidro, metais e objetos volumosos, que exigem embalagens adequadas para manutenção de suas características. Este procedimento é crítico para garantir a integridade e a rastreabilidade de todos os tipos de vestígios.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Certo

    Comentário: O acondicionamento busca evitar que os vestígios se contaminem mutuamente, o que é essencial para a preservação da integridade das provas coletadas. Isso é uma prática fundamental para a qualidade da investigação pericial.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Errado

    Comentário: A etiquetagem adequada deve incluir diversas informações essenciais, como o número do vestígio, descrição, local, data e hora da coleta, além do nome do responsável. Esses dados são indispensáveis para assegurar a rastreabilidade e a correta vinculação à cadeia de custódia.

    Técnica SID: SCP

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: Pelo contrário, embalagens plásticas não são recomendadas para vestígios biológicos, pois podem reter umidade e acelerar a decomposição. O ideal é utilizar embrulhos de papel que favorecem a preservação desses materiais.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Certo

    Comentário: O acondicionamento deve envolver procedimentos que garantam a limpeza e secura das embalagens, além de lacrá-las para impedir qualquer alteração não autorizada, fundamentais para a manutenção da integridade dos vestígios.

    Técnica SID: PJA

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: Tanto o acondicionamento quanto a etiquetagem são essenciais para garantir a cadeia de custódia dos vestígios. A ausência de uma etiquetagem correta pode comprometer a validade das provas em um processo judicial.

    Técnica SID: PJA

Fotografia e registro

A fotografia e o registro dos vestígios são etapas essenciais da perícia criminal moderna, pois garantem a documentação detalhada e imparcial da cena do crime e de todos os elementos coletados. Registrar imagens antes de qualquer intervenção é a melhor forma de preservar o estado original do local e das provas.

O procedimento inicia-se com fotos panorâmicas da cena, avançando para planos médios e, por fim, registros de detalhes. Cada imagem deve ser acompanhada de escalas métricas e legendas, assegurando proporção e identificação clara do ponto fotografado. Luz adequada, foco preciso e ângulos diversos são indispensáveis para revelar características muitas vezes imperceptíveis ao olhar comum.

“A fotografia forense é o método de registro visual que assegura precisão e fidelidade aos vestígios, permitindo revisão detalhada por peritos, investigadores e autoridades judiciais.”

Além das imagens, o perito deve preencher fichas de registro que descrevem cada vestígio: localização, data e hora da coleta, condições ambientais, nome do responsável e eventual vínculo com outras evidências. Seguir esse padrão facilita a reconstrução dos fatos e fortalece a cadeia de custódia.

  • Fotografias panorâmicas: fornecem visão geral do ambiente e do contexto do crime.
  • Planos médios e close-ups: revelam relações entre objetos, detalhes de marcas e fragmentos específicos.
  • Registros escritos: garantem identificação e rastreabilidade em todas as etapas, do campo ao laboratório.
  • Escalas métricas: posicionadas junto aos vestígios, permitem mensuração exata durante a análise posterior.

A confiabilidade do laudo pericial depende da clareza, do rigor e da organização das fotografias e registros, pois essas informações constituem base sólida para esclarecimento dos fatos em fases investigativas e judiciais.

Questões: Fotografia e registro

  1. (Questão Inédita – Método SID) A fotografia forense garante a documentação detalhada e imparcial da cena do crime, devendo ser realizada em diferentes planos e ângulos para evidenciar características que não seriam visíveis ao olhar comum.
  2. (Questão Inédita – Método SID) Todo registro fotográfico realizado em perícia criminal deve ser acompanhado de legendas e escalas métricas, garantindo a identificação clara e a proporção exata dos elementos fotografados.
  3. (Questão Inédita – Método SID) O processo de coleta e preservação de vestígios não demanda cuidados especiais com a iluminação e o foco durante a fotografia, já que qualquer imagem pode ser analisada posteriormente.
  4. (Questão Inédita – Método SID) Fotografias panorâmicas são as primeiras a serem realizadas em uma cena de crime, pois oferecem uma visão geral e contextual do ambiente em que os vestígios foram encontrados.
  5. (Questão Inédita – Método SID) O registro detalhado da fotografia forense pode ser feito sem a necessidade de especificar as condições ambientais, pois essas informações não têm relevância para a análise posterior.
  6. (Questão Inédita – Método SID) Para garantir a rastreabilidade dos elementos coletados em uma cena de crime, é importante que o perito preencha fichas detalhadas com informações sobre a localização, data e condições em que os vestígios foram coletados.

Respostas: Fotografia e registro

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: A fotografia forense realmente deve ser realizada em diferentes planos e ângulos, pois isso assegura que informações cruciais e características sutis dos vestígios sejam documentadas de forma adequada, contribuindo para uma análise mais precisa posteriormente.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Certo

    Comentário: A presença de escalas métricas e legendas nos registros fotográficos é fundamental para assegurar que os elementos sejam bem identificados e que suas proporções sejam mantidas, o que é crucial para análises posteriores.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Errado

    Comentário: A iluminação adequada e o foco são essenciais na fotografia forense, pois garantem que detalhes importantes sejam evidenciados e que a análise das imagens seja eficaz. Ignorar esses aspectos compromete a qualidade do registro.

    Técnica SID: SCP

  4. Gabarito: Certo

    Comentário: As fotografias panorâmicas, sendo os primeiros registros fotográficos, oferecem uma visão abrangente da cena do crime e são fundamentais para contextualizar os vestígios coletados posteriormente.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Errado

    Comentário: As condições ambientais são relevantes para a interpretação dos vestígios e a confiabilidade da análise pericial, por isso devem ser sempre documentadas nos registros.

    Técnica SID: PJA

  6. Gabarito: Certo

    Comentário: Procedimentos de documentação rigorosos e detalhados são fundamentais para a rastreabilidade dos vestígios, fortalecendo a cadeia de custódia e a validade das evidências no decorrer da investigação.

    Técnica SID: PJA

Protocolos da cadeia de custódia

Os protocolos da cadeia de custódia consistem em um conjunto sistemático de procedimentos adotados para garantir o controle, a rastreabilidade e a integridade dos vestígios coletados em uma investigação criminal. Seu objetivo maior é assegurar que cada vestígio se mantenha íntegro e inalterado desde a coleta até o laudo pericial e eventual apresentação em juízo.

A cadeia de custódia começa no momento da identificação do vestígio no local do crime. Todo objeto deve ser descrito, fotografado e acondicionado em embalagens apropriadas, recebendo etiqueta individualizada e número de registro. O responsável pela coleta deve anotar data, hora, condições ambientais e circunstâncias do encontro, estabelecendo o primeiro elo desse processo contínuo.

Cadeia de custódia: “sequência de procedimentos documentados em cada transferência, manuseio, análise e armazenamento de um vestígio, garantindo autenticidade e legitimidade da prova”.

Ao longo de toda a tramitação, cada mudança de responsável, transporte, abertura de embalagem ou exame laboratorial deve ser registrada em formulários específicos (ficha de cadeia de custódia). Essa ficha acompanha o vestígio, permitindo a reconstrução detalhada de sua trajetória e evitando questionamentos sobre sua autenticidade ou manipulação indevida.

  • Registro detalhado: toda movimentação do vestígio é anotada, com identificação de pessoas, locais, datas e horários.
  • Lacração e selagem: as embalagens são lacradas após cada acesso, com numeração sequencial e selo inviolável.
  • Documentação ininterrupta: fichas, laudos e relatórios são integrados, formando um dossiê único por vestígio.
  • Rastreamento total: desde a cena do crime até arquivo ou descarte final, tudo é rastreável e auditável.

O descumprimento dos protocolos de cadeia de custódia pode levar à invalidação da prova no processo, comprometendo toda a investigação. Por isso, o rigor, a transparência e a padronização são considerados princípios inegociáveis na rotina pericial.

Esses protocolos estão previstos em legislação e normas técnicas nacionais e internacionais — sua observância reforça a credibilidade da perícia e a efetividade do sistema de justiça criminal.

Questões: Protocolos da cadeia de custódia

  1. (Questão Inédita – Método SID) Os protocolos da cadeia de custódia são um conjunto de procedimentos que têm como finalidade garantir a integridade e a autenticidade dos vestígios coletados durante uma investigação criminal.
  2. (Questão Inédita – Método SID) A cadeia de custódia inicia-se com a descrição e fotografia do vestígio, sendo que a acondicionamento e etiquetação são feitos posteriormente.
  3. (Questão Inédita – Método SID) Cada movimentação dos vestígios na cadeia de custódia deve ser registrada em formulários específicos, os quais são imprescindíveis para garantir a autenticidade das provas no processo judicial.
  4. (Questão Inédita – Método SID) A falta de controle rigoroso na cadeia de custódia pode resultar na validação efetiva da prova durante um processo penal, desde que o vestígio tenha sido coletado corretamente.
  5. (Questão Inédita – Método SID) O processo de lacração e selagem das embalagens dos vestígios é uma etapa que garante a segurança e integridade das provas, sendo necessário realizar a numeração sequencial a cada acesso.
  6. (Questão Inédita – Método SID) A documentação da cadeia de custódia deve ser interrompida em algum momento, caso a evidência não seja utilizada em procedimentos legais imediatos.
  7. (Questão Inédita – Método SID) Na cadeia de custódia, não é necessário registrar as condições ambientais no momento da coleta dos vestígios, pois isso não influencia sua integridade.

Respostas: Protocolos da cadeia de custódia

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: Os protocolos de cadeia de custódia realmente visam assegurar que os vestígios permaneçam inalterados e autênticos desde a coleta até a sua apresentação em juízo, tornando correta a afirmação.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: A cadeia de custódia é estabelecida desde o momento da identificação do vestígio, o que inclui a descrição, fotografia e acondicionamento adequado logo em seguida, tornando a afirmação incorreta.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: A documentação das movimentações, incluindo transferências e manuseios, é fundamental para evitar questionamentos sobre a autenticidade das provas, confirmando a veracidade da afirmação.

    Técnica SID: SCP

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: O não cumprimento dos protocolos de cadeia de custódia pode levar à invalidação das provas, comprometendo a investigação, sendo essa afirmação incorreta.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Certo

    Comentário: O processo de lacração e numeração sequencial é essencial para manter a inviolabilidade dos vestígios, o que confirma que a afirmação é verdadeira.

    Técnica SID: PJA

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: A documentação deve ser contínua e ininterrupta, independentemente do uso imediato da evidência, para garantir a rastreabilidade e auditabilidade, tornando a afirmação falsa.

    Técnica SID: PJA

  7. Gabarito: Errado

    Comentário: As condições ambientais são cruciais para a coleta e preservação dos vestígios, portanto, devem ser registradas, confirmando a incorreção da afirmação.

    Técnica SID: PJA

Importância e cuidados técnicos com vestígios físicos

Comprovação de materialidade

A comprovação de materialidade é um dos pilares da investigação criminal e assegura que o fato delituoso realmente ocorreu, em vez de ser mera suposição ou denúncia infundada. Na prática pericial, isso se materializa com a apresentação de vestígios físicos objetivos, documentados e analisados tecnicamente pelos órgãos competentes.

Vestígios físicos — fragmentos, marcas, objetos, impressões digitais, resíduos de armas ou substâncias — constituem a estrutura concreta da materialidade. Eles devem ser coletados, acondicionados e encaminhados corretamente ao laboratório, acompanhados de relatórios e registros fotográficos detalhados. Somente com base nesses elementos é possível afirmar, em laudo, que houve crime e qual sua dinâmica principal.

Comprovação de materialidade: “demonstração objetiva da existência e ocorrência de um delito mediante apresentação e análise de vestígios físicos, reconhecidos e validados por autoridade pericial”.

Em crimes de furto ou roubo, pode ser a apresentação da porta arrombada, a ferramenta apreendida ou digitais em objetos subtraídos. Em homicídios, a arma do crime, projéteis, perfurações em tecidos ou fragmentos corpóreos. Já em delitos ambientais, resíduos, espécimes animais, exemplares vegetais e laudos laboratoriais fundamentam a acusação.

  • Relatório pericial: discrimina e interpreta tecnicamente cada vestígio relacionado à materialidade do crime.
  • Registro visual documentado: fotografias, vídeos e medições conferem respaldo irrefutável à prova material.
  • Acondicionamento e etiquetagem corretos: garantem identidade e rastreabilidade dos vestígios apresentados.

Essa objetividade blinda o processo contra conjecturas ou nulidades processuais. A ausência de materialidade reconhecida pode acarretar absolvições, arquivamentos ou devolução de inquéritos para diligências suplementares. Por isso, o perito age com total rigor técnico do início ao fim, zelando para que cada vestígio traduza, sem dúvidas, a existência real do fato investigado.

Questões: Comprovação de materialidade

  1. (Questão Inédita – Método SID) A comprovação de materialidade garante que um fato delituoso foi efetivamente realizado, assegurando que se trata de uma situação real e não de uma mera suposição ou rumor.
  2. (Questão Inédita – Método SID) Vestígios físicos, como impressões digitais e objetos apreendidos, não são considerados relevantes para a comprovação da materialidade de um crime.
  3. (Questão Inédita – Método SID) O acondicionamento adequado e a etiquetagem de vestígios são etapas cruciais para garantir a identidade e a rastreabilidade destes elementos durante uma investigação criminal.
  4. (Questão Inédita – Método SID) A análise de um laudo técnico pericial deve incluir a alteração das características dos vestígios coletados durante a investigação, permitindo uma interpretação mais abrangente dos fatos.
  5. (Questão Inédita – Método SID) Em investigações de homicídios, a ausência de resíduos balísticos ou fragmentos já permite à autoridade pericial afirmar a inexistência de crime.
  6. (Questão Inédita – Método SID) O registro visual documentado com fotografias e vídeos é uma forma eficiente de fornecer evidências às investigações. Porém, não é imprescindível para a comprovação de materialidade de um crime.

Respostas: Comprovação de materialidade

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação está correta, pois a comprovação de materialidade é fundamental na investigação criminal e é essencial para a validação dos atos processuais. Ela evita que um simples boato conduza a acusações infundadas.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: Os vestígios físicos são essenciais para a demonstração da materialidade de um crime, pois oferecem evidências concretas que suportam a ocorrência do delito e ajudam na definição de sua dinâmica.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: O acondicionamento e etiquetagem corretos são fundamentais para que os vestígios físicos sejam reconhecidos como prova válida e confiável, assegurando que não ocorram contaminações ou perdas de evidências.

    Técnica SID: SCP

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: Um laudo técnico deve descrever os vestígios coletados de forma precisa e objetiva, sem alteração de suas características, garantindo a integridade e a fidedignidade da prova.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Errado

    Comentário: A ausência de determinados vestígios, como resíduos balísticos, não implica automaticamente na inexistência de crime, pois outras evidências podem corroborar a ocorrência do delito. A análise deve ser abrangente e considerar todos os vestígios disponíveis.

    Técnica SID: PJA

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: O registro visual é considerado fundamental na comprovação de materialidade, pois fornece respaldo irrefutável às provas apresentadas, garantindo a fidelidade das evidências coletadas.

    Técnica SID: PJA

Relacionamento de autoria

O relacionamento de autoria diz respeito à capacidade da perícia criminal de estabelecer vínculo técnico e objetivo entre vestígios encontrados na cena do crime e pessoas envolvidas, sejam elas autores, vítimas ou testemunhas. Esse processo é central na investigação, pois fundamenta a atribuição de responsabilidade penal com base em elementos materiais concretos, e não apenas em indícios subjetivos ou relatos testemunhais.

Impressões digitais, marcas de calçados, fragmentos de fibras, DNA, marcas de ferramentas e resíduos específicos são exemplos de vestígios que permitem associar o suspeito à prática criminosa. Essas evidências são analisadas em laboratório e sistematicamente confrontadas com padrões de referência coletados de possíveis autores para identificar semelhanças, compatibilidades ou exclusões.

Relacionamento de autoria: “processo técnico-científico de vinculação dos vestígios materiais ao(s) possível(is) autor(es) do delito, a partir da comparação detalhada com características individuais, registros e bancos de dados”.

Imagine as digitais encontradas em uma arma de fogo recuperada, cuja comparação papiloscópica com digitais do suspeito pode confirmar o manuseio. Da mesma forma, marcas de mordida, impressões de calçados ou objetos pessoais abandonados na cena, se individualizados e comparados corretamente, contribuem para o desenlace da autoria no processo penal.

  • DNA nuclear e mitocondrial: análise genética de amostras biológicas para identificação de indivíduos com alta precisão.
  • Marcas de ferramentas: confronto entre vestígios em portas/fechaduras e ferramentas apreendidas.
  • Fragmentos e fibras: correspondência entre tecidos da cena do crime e vestimentas de suspeitos.
  • Padrão de desgaste em sapatos: comparação com impressões coletadas no local.

O sucesso do relacionamento de autoria depende do rigor na coleta, acondicionamento, etiquetagem e documentação dos vestígios, além da correta aplicação de técnicas de análise laboratorial e comparação com padrões. Essa cadeia robusta de procedimentos eleva o valor probatório das perícias e reforça a justiça na persecução penal.

Questões: Relacionamento de autoria

  1. (Questão Inédita – Método SID) O relacionamento de autoria refere-se à capacidade da perícia criminal de estabelecer um vínculo técnico entre vestígios encontrados em uma cena de crime e pessoas envolvidas, incluindo autores e vítimas.
  2. (Questão Inédita – Método SID) Impressões digitais, marcas de calçados e DNA são exemplos de vestígios que podem ser utilizados para estabelecer conexão entre suspeitos e a prática criminosa através de análises laboratoriais.
  3. (Questão Inédita – Método SID) O sucesso na investigação criminal é garantido pela mera coleta de vestígios, independentemente da forma como estes são analisados ou documentados.
  4. (Questão Inédita – Método SID) A comparação de impressões de calçados coletadas na cena do crime com os padrões de desgaste dos sapatos de um suspeito não pode ser considerada um elemento de prova no processo penal.
  5. (Questão Inédita – Método SID) O relacionamento de autoria é caracterizado pela comparação detalhada dos vestígios com características individuais e padrões coletados dos possíveis autores.
  6. (Questão Inédita – Método SID) Análises de DNA mitocondrial são geralmente menos precisas do que análises de DNA nuclear quando se busca identificar indivíduos com alta segurança.

Respostas: Relacionamento de autoria

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: A definição apresentada reflete precisamente a essência do relacionamento de autoria, que se baseia no estabelecimento de vínculos entre materiais coletados e indivíduos, sendo este um aspecto fundamental para a atribuição de responsabilidade penal.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Certo

    Comentário: Os exemplos citados são relevantes para o relacionamento de autoria, pois esses vestígios são analisados para identificar características que associam o suspeito ao crime, suportando a investigação com evidências concretas.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Errado

    Comentário: O sucesso na investigação depende não apenas da coleta, mas de um rigoroso processo de acondicionamento, documentação e análise dos vestígios para assegurar sua validade probatória no sistema judicial.

    Técnica SID: PJA

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: A comparação de impressões de calçados é um método válido e frequentemente utilizado para estabelecer um vínculo entre o suspeito e a cena do crime, contribuindo assim para a construção da autoria no processo penal.

    Técnica SID: PJA

  5. Gabarito: Certo

    Comentário: O processo de relacionamento de autoria se fundamenta na comparação rigorosa entre vestígios e padrões de referência, permitindo a identificação de semelhanças que vinculam os suspeitos aos crimes, conforme descrito na prática pericial.

    Técnica SID: SCP

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: O DNA nuclear é geralmente considerado mais preciso para a identificação individual em comparação com o DNA mitocondrial, que, embora útil, apresenta limitações no que diz respeito à especificidade na identificação.

    Técnica SID: SCP

Reconstituição da dinâmica dos fatos

A reconstituição da dinâmica dos fatos consiste no uso dos vestígios físicos coletados para entender, de forma objetiva e lógica, como um evento criminoso transcorreu do início ao fim. Essa etapa é essencial na investigação pericial, pois possibilita ao perito reconstruir, com base em provas concretas, as ações, movimentações e interações entre os envolvidos no crime.

Marcas de sangue, impressões digitais, pegadas, fragmentos dispersos e arranhões, entre outros vestígios, são analisados em conjunto para revelar o encadeamento dos acontecimentos: trajetos de fuga, ponto de entrada e saída, posições relativas de autores e vítimas, uso de instrumentos ou armas e até possíveis tentativas de defesa ou ocultação de provas.

“A correta interpretação da distribuição, orientação e sequência dos vestígios físicos é fundamental para reconstituir fielmente a dinâmica dos fatos e dissipar dúvidas quanto à versão apresentada pelas partes.”

Exemplo prático: em casos de homicídio, a análise do padrão e dispersão de manchas de sangue pode indicar a posição da vítima e do agressor, a direção dos golpes e a sequência dos eventos. Em arrombamentos, os tipos e locais das marcas de ferramentas auxiliam na determinação do ponto e método de entrada, tempo de permanência e até número de envolvidos.

  • Manchas e respingos de sangue: interpretação do padrão para identificar movimentações e mecanismos de lesão.
  • Pegadas e impressões de pneu: reconstituição de trajetos, rotas de fuga e veículos utilizados.
  • Fragmentos e objetos espalhados: pistas sobre luta corporal, resistência ou tentativa de fuga.
  • Sequência e sobreposição de marcas: elucidação da ordem dos acontecimentos e exclusão de versões incompatíveis.

A reconstituição da dinâmica é frequentemente ilustrada por esquemas, fotografias, maquetes ou simulações computacionais. Esse trabalho minucioso confere robustez às conclusões periciais, subsidiando julgadores, investigadores e partes no esclarecimento técnico de crimes complexos.

Questões: Reconstituição da dinâmica dos fatos

  1. (Questão Inédita – Método SID) A reconstituição da dinâmica dos fatos é uma etapa fundamental na investigação pericial que se baseia na coleta de vestígios físicos para entender o transcurso de um evento criminoso. A análise desses vestígios permite ao perito reconstruir as ações e interações entre os envolvidos no crime.
  2. (Questão Inédita – Método SID) A interpretação da dispersão de manchas de sangue em uma cena de crime fornece informações irrelevantes sobre a posição da vítima e do agressor durante o evento criminoso.
  3. (Questão Inédita – Método SID) O uso de pegadas e impressões de pneu na reconstituição de crimes é essencial para traçar rotas de fuga e identificar veículos utilizados, contribuindo para a elucidação dos fatos investigados.
  4. (Questão Inédita – Método SID) Marcas de ferramentas em cenas de arrombamentos não oferecem informações sobre o ponto de entrada e método utilizado pelos criminosos, sendo irrelevantes para a investigação.
  5. (Questão Inédita – Método SID) Uma análise minuciosa da sequência e sobreposição de vestígios físicos pode contribuir para a exclusão de versões incompatíveis apresentadas pelas partes envolvidas em um crime.
  6. (Questão Inédita – Método SID) Em uma cena de crime, a utilização de esquemas e fotografias para ilustrar a dinâmica dos fatos não contribui significativamente para a robustez das conclusões periciais.

Respostas: Reconstituição da dinâmica dos fatos

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação está correta, pois a reconstituição da dinâmica dos fatos realmente envolve o uso de vestígios físicos, os quais são analisados para entender a sequência dos eventos e a relação entre as partes no crime. É vital para um laudo pericial eficaz.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmação é errada, uma vez que a análise do padrão de manchas de sangue é crucial para entender a dinâmica dos eventos, incluindo as posições dos envolvidos e a direção dos golpes. Portanto, essa interpretação é relevante e não irrelevante.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: A declaração está correta, pois a coleta e análise de pegadas e impressões de pneus são importantes na investigação para reconstruir os trajetos dos criminosos, permitindo uma melhor compreensão do evento e das ações dos suspeitos.

    Técnica SID: TRC

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmação é incorreta, pois as marcas de ferramentas são fundamentais para identificar como ocorreu o arrombamento, ajudando a esclarecer o método de entrada, o que é crucial para o trabalho investigativo.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação é correta, pois a interpretação dos vestígios ajuda a esclarecer a verdade dos fatos, possibilitando a exclusão de versões que não se sustentam com as evidências coletadas.

    Técnica SID: PJA

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmação é errada. A utilização de esquemas e fotografias é fundamental para a visualização e compreensão da dinâmica do crime, adicionando valor às conclusões do laudo pericial e facilitar o entendimento por parte de julgadores e investigadores.

    Técnica SID: SCP

Cuidados fundamentais para evitar contaminação

Evitar a contaminação dos vestígios físicos é um requisito indispensável à validade da perícia criminal. A presença de resíduos externos, contato indevido ou trocas de materiais entre vestígios e profissionais podem comprometer os resultados, gerar dúvidas sobre a autoria e até invalidar o material probatório em juízo.

O primeiro cuidado é o uso contínuo e correto de EPIs. Luvas, máscaras, toucas e aventais descartáveis atuam como barreiras, impedindo que cabelos, suor, saliva ou outros elementos do perito sejam depositados sobre a prova. A troca de luvas entre coletas e a manipulação cuidadosa dos vestígios previnem tanto a adição quanto a transferência de resíduos.

Evitar contaminação: “adotar práticas e protocolos rigorosos para impedir a introdução, alteração ou troca de elementos estranhos aos vestígios originais, mantendo sua integridade para exame pericial”.

Outros cuidados incluem o acondicionamento individualizado de cada vestígio, utilizando embalagens apropriadas, limpas e secas. Fragmentos de diferentes naturezas não devem ser misturados, nem coletados com os mesmos instrumentos. Todo material coletado deve ser devidamente lacrado, etiquetado e transportado conforme as normas da cadeia de custódia, sem contato desnecessário.

  • Evitar tocar nos vestígios diretamente: sempre utilizar pinças, espátulas ou instrumentos apropriados.
  • Coletar, embalar e lacrar um vestígio de cada vez: minimizando o risco de mistura de resíduos.
  • Descartar instrumentos descartáveis a cada coleta: evitando reutilização entre amostras diferentes.
  • Fotografar antes de coletar: registro visual prévio garante referência em caso de alteração acidental.
  • Manter área de coleta isolada: restringindo acesso apenas a profissionais autorizados e equipados.

Tais procedimentos são reforçados por treinamentos frequentes dos peritos, fiscalização constante e padronização nas rotinas laboratoriais e de campo. O respeito a esses cuidados é o que diferencia a perícia científica confiável e robusta, permitindo laudos irrefutáveis no âmbito processual e contribuindo para a justiça criminal.

Questões: Cuidados fundamentais para evitar contaminação

  1. (Questão Inédita – Método SID) A contaminação dos vestígios físicos compromete a validade da perícia criminal, pois a presença de resíduos externos ou trocas de materiais pode invalidar o material probatório em juízo.
  2. (Questão Inédita – Método SID) O uso de EPIs, como luvas e máscaras, é opcional no manuseio de vestígios físicos, visto que a contaminação pode ser minimizada apenas pela troca de instrumentos durante a coleta.
  3. (Questão Inédita – Método SID) A coleta e o acondicionamento de vestígios físicos devem ser realizados de forma que cada vestígio seja manipulado individualmente, evitando a mistura de diferentes tipos de elementos.
  4. (Questão Inédita – Método SID) Para garantir a integridade dos vestígios coletados, é aceitável o descarte de instrumentos apenas em coletas de amostras diferentes que apresentem características físicas semelhantes.
  5. (Questão Inédita – Método SID) O registro visual de vestígios por meio de fotografias deve ser realizado antes da coleta, pois permite ter uma referência segura sobre as condições dos vestígios, mesmo após a coleta.
  6. (Questão Inédita – Método SID) Ao coletar vestígios físicos, é importante manter a área de coleta acessível a todos os membros da equipe de investigação, a fim de agilizar o processo de coleta.

Respostas: Cuidados fundamentais para evitar contaminação

  1. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação é correta, pois a contaminação pode comprometer a integridade dos vestígios, gerando dúvidas quanto à autoria e levando à invalidação como prova nos processos judiciais.

    Técnica SID: TRC

  2. Gabarito: Errado

    Comentário: Essa afirmação é errada, pois o uso contínuo e correto de EPIs é essencial para evitar a contaminação, agindo como barreiras que protegem os vestígios de resíduos do perito.

    Técnica SID: TRC

  3. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação está correta, pois o acondicionamento individualizado de cada vestígio é fundamental para manter a integridade e evitar contaminações cruzadas.

    Técnica SID: PJA

  4. Gabarito: Errado

    Comentário: A afirmação é errada, pois deve-se descartar instrumentos descartáveis a cada coleta, independentemente das características das amostras, para evitar qualquer risco de contaminação.

    Técnica SID: SCP

  5. Gabarito: Certo

    Comentário: A afirmação está correta, visto que fotografar os vestígios antes da coleta é um procedimento que assegura a documentação visual, importante para qualquer futura análise ou impugnação.

    Técnica SID: PJA

  6. Gabarito: Errado

    Comentário: Essa afirmação é errada, pois manter a área de coleta isolada e restrita apenas aos profissionais autorizados é crucial para evitar contaminações e preservar a qualidade do material coletado.

    Técnica SID: SCP